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Proibida Para o CEO romance Capítulo 162

“Mia Bennett”

As batidas na porta interrompem nossa conversa. Ethan me encara, talvez com as mesmas suspeitas que eu: James.

Antes que possamos responder, a porta se abre, revelando Pearson, com sua expressão de permanente tédio.

— Srta. Bennett, estamos esperando pelos documentos da Vertum. — Seus olhos passam de mim para Ethan, e um pequeno sorriso aparece em seus lábios finos. — Sr. Hayes, não sabia que estava no departamento.

Ethan o encara e percebo sua postura mudar instantaneamente. De repente, ele não é mais meu namorado preocupado, mas sim o CEO da Nexus Group.

— Arthur Pearson, certo? — Sua voz sai fria, cortante. — A Srta. Bennett estará com vocês em alguns minutos. Temos assuntos pendentes a resolver.

Pearson hesita, claramente dividido entre a autoridade de Ethan e as ordens de James.

— O Sr. Bennett foi bastante específico quanto à urgência…

— E eu estou sendo bastante específico quanto aos próximos cinco minutos. — Ethan não eleva a voz, mas o tom não deixa espaço para discussão. — Já disse, a Srta. Bennett se juntará a vocês em breve.

Com um aceno tenso, Pearson recua e fecha a porta.

— Isso vai te causar problemas — digo assim que ficamos sozinhos novamente.

— Não me importo nem um pouco.

— Percebi. — Tento sorrir para amenizar seu mau-humor, mas sai mais como uma careta. — Então, o que achou dela?

— Quem?

— Amy Frazier. Sua nova assistente — pergunto, tentando disfarçar a insegurança na voz, mas falhando miseravelmente.

Ethan me encara, e vejo em sua expressão uma mistura de surpresa e… diversão.

— Sério, Mia? É isso que te preocupa agora?

— Preocupada que James tenha escolhido alguém perfeitamente compatível com seu histórico de mulheres? Talvez um pouco.

Ele se aproxima, segurando meu rosto entre as mãos.

— Perdição, olhe para mim — pede, seus olhos cravados nos meus. — Amy poderia ser a mulher mais deslumbrante do planeta e, ainda assim, eu só teria olhos para você. Não é uma questão de aparência, meu amor. É você. Apenas você.

— Sei disso, mas… — Fecho os olhos por um momento. — James passou um bom tempo fazendo insinuações sobre seu passado, sobre como isso entre nós é apenas uma fase.

— E você acredita nele?

— Claro que não. — Respondo sem hesitação. — Mas ele sabe exatamente quais inseguranças atingir. É irritante.

Um pequeno sorriso surge nos lábios de Ethan.

— Meu histórico com mulheres é… questionável, admito. Mas nunca, em momento algum, traí alguém com quem estivesse em um relacionamento. — Ele acaricia minha bochecha, os olhos firmes nos meus. — E nunca senti por ninguém o que sinto por você. Nem perto disso.

Ethan se inclina para me beijar, como se quisesse apagar qualquer resquício de dúvida. Sei que é bobo me sentir assim, mas, às vezes, é difícil ignorar.

Quando nos separamos, estou sem fôlego e consideravelmente mais calma.

— Bom, já que não posso simplesmente fugir para sua sala e fingir que James não existe… — faço uma careta, pegando as pastas sobre a mesa. — Melhor eu ir antes que Pearson volte com reforços.

Respiro fundo e entro na sala, onde três advogados juniores aguardam com expressões idênticas de tédio educado. James não está presente, o que é um alívio temporário.

— Como eu explicava — Pearson diz, apontando uma cadeira para mim —, os contratos de fusão seguem uma estrutura específica que…

Tento prestar atenção, realmente tento. Mas minha mente continua voltando à conversa com Ethan. Ele está certo em querer lutar contra isso, enquanto eu…

O que estou fazendo exatamente? Aceitando passivamente as manipulações de James? Não. Estou sendo prática.

Uma batalha direta com James não nos levaria a lugar algum. Só nos desgastaria e, eventualmente, acabaria com qualquer possibilidade de reconciliação.

— Srta. Bennett? — A voz de Pearson me puxa de volta à realidade. — Algum problema com o contrato?

Olho para o documento à minha frente, percebendo que não li uma única palavra.

— Não, apenas… processando as informações.

Ele suspira, como se eu tivesse acabado de confirmar suas baixas expectativas.

— Talvez seja melhor começarmos com algo mais simples.

O insulto implícito me irrita o suficiente para focar.

— O contrato da Vertum está ótimo, obrigada. — Puxo o documento para mais perto. — Na verdade, tenho algumas perguntas sobre a cláusula de indenização na página três.

A expressão de Pearson muda sutilmente. Surpresa, talvez até um relutante respeito. Os outros advogados também parecem reavaliar sua primeira impressão.

Talvez eu possa sobreviver a isto, afinal.

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