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Proibida Para o CEO romance Capítulo 180

“Mia Bennett”

O mundo parece desacelerar quando Ethan atende o telefone.

Observo sua expressão mudar da irritação inicial por sermos interrompidos para confusão. Depois, preocupação.

— Calma, Lauren. Respire — Ethan pede, voltando ao quarto. — Qual hospital?

Hospital.

A palavra é suficiente para me fazer sentar na cama, puxando o lençol para cobrir meu corpo enquanto tento entender o que está acontecendo.

— Ok, estamos a caminho — ele diz antes de desligar.

Ethan me encara brevemente, e há uma mistura estranha de preocupação e incredulidade em seu olhar.

Antes que eu possa perguntar, ele se afasta e vai até o closet.

— O que aconteceu, Ethan? — pergunto, já preocupada. — Quem está no hospital?

— É seu pai. Não sei direito o que aconteceu — responde, vestindo a camisa. — Lauren estava… histérica.

Terminamos de nos vestir em tempo recorde enquanto minha mente cria os piores cenários.

Pouco depois, estamos no carro, a caminho do hospital.

Após tudo o que aconteceu hoje, terminar esse dia nos braços do meu amor era a opção perfeita. Agora, nem sei mais como esse dia vai acabar.

— O que eles poderiam estar fazendo para irem parar no hospital? — Ethan murmura, quase para si, enquanto dirige.

Estreito os olhos para ele, que percebe a insinuação.

— Não, não foi isso que quis dizer! — protesta, embora um sorriso mínimo o contradiga. — Estava pensando em… outras possibilidades.

— Bem, eles iam jantar, então… — começo, antes de perceber que estamos especulando sobre a vida sexual do meu pai. — Podemos mudar de assunto, por favor?

Ethan abre a boca para retrucar, mas se cala quando o letreiro luminoso do hospital surge à nossa frente.

Ele estaciona às pressas e abre a porta para mim.

Na recepção, uma atendente nos informa que meu pai deu entrada há cerca de quarenta minutos na emergência.

— Somente familiares são permitidos no momento — ela informa, olhando para Ethan.

— Sou a filha dele — digo rapidamente. — E… ele é meu marido.

Meu namorado me lança um olhar surpreso, mas não me contradiz.

Seguimos por um corredor branco até a sala de espera da emergência, onde avisto Lauren imediatamente.

Ela anda de um lado para o outro, visivelmente preocupada. Seus cabelos curtos, normalmente impecáveis, estão uma bagunça, como se tivesse passado as mãos por eles inúmeras vezes.

— Lauren! — chamo, e ela se vira, visivelmente aliviada.

— Graças a Deus, vocês chegaram! — Ela corre até nós, parecendo prestes a desabar. — Eu não sabia… estávamos apenas…

— Lauren, respire. — Ethan segura os ombros da irmã. — O que aconteceu exatamente?

— Morangos! — ela responde, como se essa única palavra explicasse tudo.

— Morangos? — repito, enquanto Ethan solta um suspiro pesado. Ele certamente sabia disso.

Os olhos inchados, como se tivesse perdido uma briga de bar, e os lábios… bem, parecem dois marshmallows.

— Pai? — chamo suavemente, me aproximando. — Como está?

— Como todo meu corpo tivesse sido picado por abelhas — responde, sua voz ligeiramente alterada pela língua inchada. — Definitivamente, não foi como planejei a noite.

— Por que nunca mencionou ser alérgico a morangos? Isso poderia ter te matado!

— Não sou do tipo de homem que anuncia suas fraquezas em um jantar.

— Morangos dificilmente contam como uma fraqueza, pai.

Me sento na cadeira ao seu lado e ele me olha com uma expressão que seria severa, se não fosse pelos lábios cômicos.

— O que você e Ethan estão fazendo aqui, afinal? — pergunta, mudando de assunto. — Achei que Lauren ligaria para o Ivan ou algo assim.

— Ela ficou preocupada — explico. — E talvez um pouco em pânico. Aparentemente, ver você inflando feito um balão não estava nos planos dela para um encontro.

Um pequeno sorriso aparece em seu rosto inchado.

— Encontro — ele repete, como se estivesse testando a palavra. — Sim, estávamos em um encontro.

Há algo quase vulnerável na maneira como ele diz isso, tão diferente do homem confiante que conheço.

— Você e Lauren… — Não posso evitar um pequeno sorriso. — Confesso que isso é… inesperado.

— Sei que é complicado entender, mas… aconteceu.

— Parece familiar — comento. — Quase como… sei lá… seu melhor amigo se apaixonar pela sua filha?

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