“Ethan Hayes”
Cinco semanas. Mais de um mês se passou desde que o sequestro aconteceu, desde que eu quase perdi a mulher que amo.
O sol começa a iluminar a cidade enquanto termino de preparar a bandeja com o café da manhã de Mia. Panquecas com frutas vermelhas, suco de laranja e café forte. O toque final? Um pequeno cupcake com uma vela solitária e uma rosa vermelha ao lado.
Olho para o relógio: 6h45. Tenho quinze minutos antes que Mia desperte. Perfeito.
Pego a bandeja e sigo pelo corredor até o quarto. Ela ainda dorme tranquilamente, deitada de lado, uma posição que teria sido impossível nas primeiras semanas. Certamente nem percebeu que saí da cama.
Coloco o café da manhã na mesinha de cabeceira e me permito admirá-la. Seu rosto relaxado, a respiração tranquila, os cabelos espalhados pelo travesseiro…
Sorrio, grato. Há algumas semanas, quase a perdi para sempre. Agora, Mia está aqui, respirando calmamente, melhorando a cada dia.
Me sento na beira da cama, inclinando-me para beijar sua testa.
— Feliz aniversário, perdição — sussurro contra sua pele.
— Hmm? — ela murmura sonolenta, piscando algumas vezes antes de abrir um sorriso. — É hoje, não é?
— Sim. Hoje é oficialmente seu dia — confirmo, afastando uma mecha de cabelo de seu rosto. — Como se sente sendo um ano mais velha e muito mais sábia?
— Me sinto ótima — responde, sorrindo ainda mais.
Ela se espreguiça cuidadosamente, outro movimento que teria sido impossível semanas atrás, e se senta com facilidade.
Pego a bandeja e a coloco sobre seu colo.
— Um café da manhã especial para uma mulher especial.
Mia observa o cupcake por um longo instante, seus olhos fixos na vela acesa.
— Você lembrou…
— Claro que lembrei. Você me disse uma vez que sua mãe sempre colocava um cupcake no seu café da manhã de aniversário. — Pego o isqueiro que deixei na bandeja e acendo a vela. — Faça um pedido.
Mia me olha, sorrindo como uma criança que acabou de ganhar um presente. Então, fecha os olhos por um instante e assopra a vela.
— Não vai me perguntar o que pedi? — ela provoca, já mordendo o cupcake.
— E arriscar que não se realize? Jamais.
— Um dia também vou ser assim… tão despreocupada. — Mia revira os olhos, me fazendo rir.
Tomamos café juntos na cama, um hábito dos fins de semana que hoje tem um significado especial.
Observo minha mulher comendo com vontade, outro sinal de que está melhorando a cada dia.
— Algum plano para hoje? — pergunta, levando a xícara de café aos lábios.
— O dia é seu, faremos o que você quiser. Mas pensei em um passeio no parque e depois um almoço tranquilo em algum lugar. — Faço uma pausa, observando-a. — A menos que tenha outros planos.
Retribuo o beijo sem hesitação, saboreando cada segundo. Não há mais receio, apenas o desejo mútuo que nos consumiu desde o primeiro dia.
Quando nos afastamos, vejo o desejo estampado em seu olhar escuro.
— Sabe o que eu realmente quero de presente de aniversário? — ela pergunta, se sentando no meu colo.
— O quê? — questiono, embora tenha quase certeza da resposta.
A confirmação vem no instante em que Mia rebola devagar, e meu pau responde no mesmo ritmo. Cinco semanas sem a tocar assim… não vou mentir, está sendo um teste de resistência.
O médico nos liberou na última consulta, com a ressalva de irmos com calma, atentos a qualquer sinal de desconforto.
Para mim, isso basicamente soou como: “se você exagerar, sua namorada volta para o hospital.”
— Talvez devêssemos esperar mais um pouco — murmuro, mesmo quando cada centímetro do meu corpo grita o contrário. — Não quero que se machuque.
Mia estreita os olhos antes de, lentamente, se levantar.
A toalha desliza.
E minha perdição volta a se sentar no meu colo, nua, quente, disposta a me levar ao limite.
— Não aguento mais esperar, Ethan — diz, rebolando de novo, me fazendo prender o ar. — É meu aniversário, e eu decido meu presente. E eu escolho você. — Ela morde minha orelha, sussurrando. — Quero você todinho dentro de mim.

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