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Proibida Para o CEO romance Capítulo 206

“Ethan Hayes”

Observo Mia do outro lado da sala, rindo enquanto Vitória narra, com gestos exagerados, como ela e Theo acabaram se aproximando durante as visitas ao hospital.

Há algo na forma como seus olhos brilham, no jeito que j**a a cabeça para trás quando ri sem reservas, que ainda me deixa completamente rendido.

— Você está com aquela cara de novo — Lauren comenta, surgindo ao meu lado com uma taça de champanhe.

— Que cara?

— A cara de homem completamente apaixonado. É meio nauseante, para ser honesta — provoca, mas sei que é puro hábito.

— Olha quem fala… Você deveria se olhar no espelho e dizer “James” — rebato. — Vai ver que ficará com a mesma cara.

Ela revira os olhos, mas o rubor em suas bochechas entrega tudo.

— Pelo menos a Mia não ficou brava por termos escondido isso dela — desconversa, desviando o olhar para minha mulher.

Sorrio. Lauren tem razão, claro. Ver a surpresa no rosto de Mia quando encontrou a festa que preparamos fez valer a pena cada mentira do bem. Não há culpa que supere essa alegria.

— Ethan! — James me chama do sofá, gesticulando. — Vem aqui ouvir essa novidade.

Peço licença à minha irmã e caminho até onde James e Alec estão sentados, cada um com um copo de whisky na mão.

— O que houve? — pergunto, acomodando-me na poltrona em frente a eles.

Alec ri, trocando um olhar com James, como se decidissem quem daria a notícia. Então, ele se vira para mim, e há algo diferente no seu olhar.

— Emma está grávida — anuncia, um misto de felicidade e incredulidade na voz. — Descobrimos no início da semana.

Arqueio as sobrancelhas, pego de surpresa. Alec Crawford, o homem que jurou que nunca teria filhos, agora estava prestes a se tornar pai.

— Uau… — finalmente digo, estendendo a mão para ele. — Nunca pensei que veria esse dia. Meus parabéns.

— Ainda estou tentando processar — ele responde, apertando minha mão com força. — Vou ser pai, dá para acreditar? Um pequeno Crawford a caminho.

— Deus nos ajude — comento, fazendo-os rir. — Quando vão contar para todo mundo?

— Hoje é o dia da Mia — Alec sacode a cabeça. — Não queremos roubar os holofotes dela. Estamos contando só para os mais próximos por enquanto. Emma ainda está com seis semanas.

James dá um tapa em seu ombro, rindo.

— Bem-vindo ao clube — comenta. — Nada te prepara para segurar seu filho pela primeira vez. É uma sensação única.

Por alguns minutos, a conversa gira em torno da novidade. Mas Alec, sendo Alec, logo muda de assunto.

— Já que vocês dois fizeram as pazes, preciso perguntar algo — diz, esboçando um sorriso debochado. — Ethan, você chama James de cunhado ou de sogro agora?

James engasga com o whisky, tossindo violentamente. Dou tapinhas em suas costas, lançando um olhar irritado para Alec.

— Ela é como a mãe nesse aspecto — James comenta. — Sarah tinha essa mesma resiliência. Essa capacidade de enfrentar tudo e sair mais forte.

Alec lança um olhar para Emma do outro lado da sala, observando-a conversar animadamente com Mia.

— Às vezes me pergunto de onde vem essa força das mulheres em nossas vidas — reflete, num tom mais suave que o habitual. — Talvez seja isso que mais me assuste sobre ser pai. E se for uma menina? Como vou protegê-la neste mundo maluco?

— Você vai descobrir o caminho — James responde, com a sabedoria de quem já passou por isso.

— Só preciso me lembrar de manter meus melhores amigos bem longe da minha filha — Alec provoca, nos fazendo revirar os olhos.

— Para sua sorte, seus melhores amigos estarão velhos e muito bem casados quando ela crescer — retruco, rindo.

— Um brinde a isso! — ele exclama.

Apesar do tom brincalhão, erguemos nossos copos num brinde silencioso. À vida, às suas mudanças inesperadas, às pessoas que amamos.

Quando baixo meu copo, meus olhos encontram os de Mia do outro lado da sala. Ela sorri, aquele sorriso reservado só para mim, e murmura um “obrigada”.

Não preciso perguntar pelo quê. Sei que se refere ao aniversário, à festa, por estar ao lado dela durante a recuperação. Talvez por tudo.

Respondo com um aceno sutil, nesse diálogo silencioso que desenvolvemos ao longo dos meses.

Mais tarde, quando estivermos sozinhos, terei tempo para mostrar exatamente o quanto ela significa para mim.

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