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Proibida Para o CEO romance Capítulo 213

“Poucos meses depois… Ethan Hayes.”

Ajusto a gravata de James pela terceira vez em quinze minutos. Nunca vi meu melhor amigo assim, tão nervoso.

— Pelo amor de Deus, James. Fica parado — ordeno, dando um último puxão no tecido. — Se continuar se mexendo, vai parecer que uma criança fez esse nó.

— Não estou me mexendo — ele rebate, apenas para imediatamente tocar o colarinho e entortar a porra da gravata de novo.

Alec solta uma risada do outro lado da sala, terminando seu próprio nó.

— Nunca pensei que veria o dia em que James Bennett, o advogado mais frio de Chicago, estaria suando como um réu no tribunal — comenta, servindo-se de um dedo de whisky.

— Vá se foder, Alec — James responde no automático, verificando o relógio pela sétima vez.

Alec ri de novo, balançando a cabeça. Pelo menos a presença dele mantém James distraído do nervosismo.

— Alguém falou com a Lauren? — James pergunta, servindo-se de uma dose de uísque. — Ela não respondeu às minhas mensagens.

— Talvez porque ela esteja ocupada se preparando para o próprio casamento? — respondo, verificando meu traje no espelho antes de me virar para encará-lo. — Relaxa, porra.

— Falei com Emma, que disse que Lauren está surpreendentemente calma — Alec continua. — O oposto do nosso amigo aqui.

James lança para Alec um olhar que já intimidou inúmeros adversários em tribunais. Sem efeito, obviamente. Quase dezenove anos de amizade criam uma certa imunidade.

— Faltam doze minutos — James anuncia, conferindo o relógio pela oitava vez.

— Obrigado por nos avisar pela vigésima vez — provoco, sem conter uma risada. Vê-lo assim, tão perto do descontrole, é algo raro.

Enquanto ele olha para o relógio pela nona vez, penso em como chegamos aqui. Uma ironia do destino, para dizer o mínimo.

O homem que me bateu, que provavelmente fantasiou inúmeras torturas quando soube do meu relacionamento com sua filha, agora está se tornando oficialmente meu cunhado.

O universo tem um senso de humor questionável.

— Poderia ser pior — observo, ajustando minhas abotoaduras. — Você poderia estar se preparando para seu julgamento em vez do seu casamento.

James ri, relaxando um pouco.

— Meu julgamento não levaria tantos anos para acontecer — ele retruca, balançando a cabeça. — Mas, se você machucar minha filha, isso ainda pode virar uma possibilidade.

— Isso nunca vai acontecer — respondo, dando de ombros.

E realmente não vai. Mia se tornou parte de mim, e machucá-la seria o mesmo que me destruir no processo. Quatro anos e o efeito dela sobre mim não diminuiu. Pelo contrário.

Após três anos de relacionamento à distância, os últimos dois meses com ela de volta a Chicago foram… mágicos. A presença constante, a rotina compartilhada que não termina num domingo à noite.

— Três minutos, senhores — um dos organizadores anuncia, colocando a cabeça para dentro da sala.

James inspira profundamente, passando a mão pelo cabelo meticulosamente penteado.

Seguindo as orientações de um dos organizadores, tomamos nossas posições sob o gazebo elegantemente decorado. Os convidados começam a se acomodar, e o burburinho de conversas se transforma em um murmúrio contido.

Faço um rápido escaneamento dos rostos à nossa frente: elite de Chicago, parceiros de negócios, familiares, amigos. Aproximadamente duzentas pessoas. Lauren soube exatamente como organizar o evento do ano.

A música muda, sinalizando o início da cerimônia. James endireita a postura ao meu lado, toda a provocação anterior dando lugar a uma formalidade quase militar.

Então, Mia aparece, caminhando pelo corredor de flores.

É impossível não sorrir quando nossos olhares se encontram. Vestindo um modelo azul-claro, com os cabelos presos em um coque impecável, minha mulher está… não existem palavras para descrevê-la.

Extraordinária é o mínimo.

Quando ela toma seu lugar do outro lado do gazebo, a música muda novamente.

Lauren surge na entrada do jardim, de braço dado com nosso pai. Seu vestido branco, simples e elegante, reflete perfeitamente sua personalidade. Meu pai exibe um orgulho contido, mas seus olhos brilham com emoção.

Quando olho para James, sua expressão se transforma. Toda a ansiedade se dissipa num instante, substituída por algo que só pode ser descrito como clareza absoluta.

É um olhar que reconheço.

Porque é exatamente assim que me senti no momento em que decidi que Mia Bennett seria minha esposa.

E agora, mais do que nunca, essa ideia nunca pareceu tão certa.

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