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Proibida Para o CEO romance Capítulo 53

“Mia Bennett”

Enquanto me enxugo, meus olhos se fixam na pia e as lembranças do que aconteceu há pouco me arrancam um suspiro. Quando olho para o lado, vejo meu reflexo no espelho.

Me aproximo, passando a toalha no vidro para conseguir enxergar melhor. Mais uma vez, Ethan deixou suas marcas pelo meu corpo. Meus seios, meu pescoço, meus ombros… Um sorriso satisfeito surge em meus lábios.

— Está sorrindo para as marcas ou para a bagunça que fizemos? — A voz rouca de Ethan me faz virar. Encontro-o parado na porta do banheiro, com os braços cruzados e um sorriso malicioso no rosto.

— Acho que os dois — respondo, sorrindo ainda mais.

— Você gosta desse perigo, não é? A possibilidade de alguém ver essas marcas e querer saber como elas foram parar aí…

— Não há perguntas se ninguém perceber. — Dou de ombros. — Consigo esconder tudo isso com os cabelos e a blusa, graças ao frio de Chicago.

— Então deveria vestir isso antes que eu decida adicionar mais algumas. — Ele se aproxima, com aquele sorriso que faz meu coração acelerar, e me entrega outra camisa sua.

— Vestir isso pode significar outras marcas, não? — pergunto, mordendo o lábio sem perceber. — Foi assim que essas vieram parar aqui.

— E ainda assim, você vai colocá-la de novo. — Ele balança a cabeça, rindo baixo.

Sinto meu rosto esquentar, mas não desvio o olhar. Visto a camisa e fecho os botões lentamente, tentando provocá-lo ao máximo enquanto sinto o cheiro dele impregnado no tecido.

— Acho que você gosta de me ver usando suas camisas — provoco, fechando o último botão.

— Gosto do que fica por baixo — ele rebate, me dando um olhar intenso.

Sorrio e passo por ele, sentindo seu olhar me seguir enquanto saio do banheiro. Vou direto para a sala e me sento no sofá, tomando a liberdade de ligar a televisão, tentando voltar ao filme.

Poucos minutos depois, Ethan aparece, usando apenas uma calça, exibindo um tanquinho impossível de ignorar. Ele se senta ao meu lado, revirando os olhos ao olhar para a televisão, antes de pegar o celular na mesinha de centro.

Minha atenção volta para ele, tão próximo, tão irresistível, mas dessa vez, nem penso em resistir. Me arrasto pelo sofá até me sentar em seu colo, passando meus braços ao redor do pescoço dele.

— Atrevida, como sempre — murmura, deixando o celular de lado.

— O suficiente para você não resistir — provoco, roçando nossos lábios.

Ethan sorri, entrelaçando os dedos nos meus cabelos úmidos antes de me puxar para um beijo intenso. Suas mãos agarram minhas coxas, me puxando para mais perto com possessividade, como se o que fizemos há pouco jamais pudesse ser o bastante.

Minhas unhas arranham suas costas quando ele desliza os lábios pelo meu pescoço, dessa vez com mais cuidado, como se estivesse se controlando para não deixar novas marcas.

Um gemido suave escapa dos meus lábios, mas, antes que eu possa me perder completamente, um som alto e irritante nos interrompe.

O celular dele.

— Tenho certeza — reforço, desviando o olhar por um momento. — Só acho que… precisamos voltar logo. Vou trocar de roupa.

Me levanto rapidamente e pego minha blusa na poltrona, saindo antes que ele diga mais alguma coisa. Vou até o banheiro, pegando o restante das minhas roupas antes de começar a me vestir. Quando termino, olho para o espelho e tento arrumar os cabelos.

Minha mente está uma bagunça. Tento focar no gesto simples de alinhar os fios, mas tudo parece uma desculpa para evitar o que realmente estou sentindo.

Confusão? Frustração? Talvez os dois. Mas arrependimento? Isso, definitivamente, não.

— Por que tudo tem que ser tão complicado? — murmuro, respirando fundo antes de sair do banheiro.

Quando volto à sala, Ethan está em pé, em frente à janela, vestido impecavelmente. Franzo as sobrancelhas. “Demorei tanto assim?”, penso.

Ele percebe minha presença sem nem se virar.

— Pronta? — pergunta, num tom neutro, enquanto finalmente se vira para me encarar.

— Sim.

Ethan assente e seguimos para o elevador. Quando saímos do apartamento e seguimos para o carro, ainda não falamos muito. Mas, de alguma forma, o silêncio não é desconfortável. Por agora, apenas isso parece suficiente.

Talvez seja mais fácil não prometer nada do que encarar a certeza de que vamos falhar novamente.

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