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Proibida Para o CEO romance Capítulo 59

“Mia Bennett”

Uma semana.

Sete dias, dezesseis horas e aproximadamente quarenta minutos desde que Ethan decidiu por nós.

Não que eu esteja contando, claro. Só que cada minuto parece durar uma eternidade quando você precisa fingir que alguém é apenas seu chefe. Fingir que essa pessoa nunca te beijou, te tocou ou te fez sentir coisas que você nunca sentiu antes.

Mas estou me saindo bem. Melhor do que esperava, na verdade. Descobri que é mais fácil lidar com Ethan quando foco apenas no trabalho. Relatórios, reuniões, e-mails… tudo é simples quando você se ocupa ao ponto de não conseguir pensar.

Exceto quando ele está perto demais. Ou quando seu perfume invade meus sentidos. Ou quando preciso entrar em sua sala e encontro Miranda por lá, sempre com aquele sorriso que grita vitória.

Ela está se esforçando, claramente. Desde que nos viu no estacionamento, no dia da minha crise, parece ter decidido que sua missão de vida é esfregar na minha cara o quanto é íntima de Ethan. Parece que criou uma competição que só existe na cabeça dela.

— Está tudo bem? — Gabriel pergunta, me trazendo de volta à realidade.

Naquele dia, depois que saí da reunião e fui para o banheiro chorar, foi difícil evitar dar uma explicação quando Gabriel me viu com o rosto vermelho.

Claro, contar a ele que o motivo do meu choro era Ethan não era uma opção, então usei uma meia verdade: que estava sentindo falta da minha antiga vida, uma onde um chefe arrogante e mal-humorado não existia.

Agora, sempre que me vê divagando, ele se encarrega de tentar me animar.

— Estou bem, não se preocupe — respondo, sorrindo. — Me diga, como foi o cinema com a Tori ontem?

— Ela odiou o filme, mas a pipoca estava boa o suficiente para compensar — diz, rindo. — E você? Parece que está precisando de um bom cinema também.

— Cinema não resolveria — brinco, tentando aliviar o clima. — Mas agradeço a sugestão.

— Quem sabe a gente não arruma um tempo para sair juntos um dia desses? Você, eu, Tori e... Mia, preciso te apresentar para algum amigo — ele sugere, me fazendo rir.

— Passo, mas obrigada pela tentativa — respondo, balançando a cabeça.

Volto minha atenção para a pilha de papéis na minha mesa, enquanto Gabriel retorna à dele. Ele se preocupa, eu sei, mas não é algo que posso dividir com ele, mesmo que a quase namorada dele saiba.

Pouco depois, ajeito os papéis e encaro o relógio. Quase hora da reunião com o jurídico. Uma oportunidade perfeita para passar uma hora inteira longe da sala de Ethan e fingir que ele não existe.

Levanto, pego os documentos necessários e sigo para a sala de reuniões. Meus passos são rápidos, como se fugir do meu próprio chefe fosse algo normal.

Quando entro, vejo James gesticulando animadamente enquanto conversa com alguém. Sua risada ecoa pela sala, mas não é isso que me faz parar por um segundo. É o homem ao lado dele.

Theo.

— Nada de mais — James responde, sem perceber a tensão no ar. — Estávamos apenas conversando sobre o estágio de Theo.

— Estágio? — Ethan pergunta, desviando o olhar para Theo, como se tivesse acabado de ouvir algo completamente absurdo.

— Sim, oficializamos o que já era praticamente certo — James explica, descontraído. — Como conversamos sobre isso em Malibu. Theo é um talento nato, não podemos desperdiçar.

— Bem, pelo menos ele já conhece a maioria de nós, certo? — o CEO comenta, sarcástico. — Agora podemos começar a reunião ou continuaremos falando sobre o estágio do garoto prodígio?

— Claro, vamos ao que interessa — James responde, se levantando.

A reunião segue com a apresentação de James, falando sobre algo que me esforço para ouvir. Tento me concentrar nas minhas anotações, mas a presença de Ethan à minha frente e a maneira como seu olhar se fixa em mim e depois em Theo tornam isso quase impossível.

Quando finalmente termina, na hora do almoço, todos começam a se levantar para sair. Antes que eu consiga fazer o mesmo, Theo se aproxima novamente.

— O que acha de almoçarmos antes do tour pela empresa? — ele sugere enquanto segura a porta para mim.

— Eu… — começo, mas antes que possa responder, Ethan se aproxima.

— Srta. Bennett, minha sala. Agora — ele interrompe, sério.

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