Proibida Para o CEO romance Capítulo 80

“Mia Bennett”

As palavras de David ecoam em minha mente enquanto tento controlar o tremor das minhas mãos.

Se James soubesse o que aconteceu, como ele reagiria?

Afinal, a morte da minha mãe conseguiu transformar o homem que era minha figura paterna em um monstro desconhecido que quase me matou. Então, se James descobrisse como ela morreu, como tudo aconteceu…

E se ele também me culpasse, como David me culpa? Se ele passasse a me olhar com o mesmo desprezo que vejo nos olhos de David?

Se eu perdesse tudo que estou construindo aqui… James, Ethan, essa nova vida que consegui criar longe de todo pesadelo…

Talvez isso me destruiria de vez.

— O silêncio nunca foi seu forte, filhinha — David interrompe meus pensamentos, sarcástico. — O que foi? Está imaginando a reação do seu novo papaizinho quando souber que você…

— Eu não matei a minha mãe… — consigo rebater, apesar da voz trêmula.

— Não? — ele levanta uma sobrancelha, abrindo um sorriso debochado. — Acredito que você não bateu a cabeça e perdeu a memória. Sarah só estava naquele carro por causa de uma vagabunda desobediente.

— Você sabe que não tive culpa — digo, odiando como minha voz falha. — Mesmo assim, me acusou, me espancou e, depois de semanas me culpando pela morte dela, você tentou me matar.

— E foi uma pena não ter conseguido — ele dá de ombros, como se estivesse falando sobre algo trivial. Então, seu olhar muda, sombrio, trazendo de volta todas as memórias dolorosas. — A morte seria pouco para você, Mia. Perdi o amor da minha vida por sua causa. Você acabou com a minha reputação quando fez aquela m*****a denúncia. Destruiu minha vida!

Minhas mãos tremem sobre a mesa, o nó na minha garganta se apertando até quase me sufocar. Por mais que eu tente ser forte, as palavras de David têm o poder de me arrastar de volta para o passado, para o terror que pensei ter superado.

Quando percebo, uma lágrima escorre pela minha bochecha. Raiva, mágoa, tristeza. Minha visão fica turva, mas seguro o choro.

— Você destruiu sua vida sozinho, David — digo, com a voz mais firme do que sinto por dentro. — Não fui eu quem transformou tudo num inferno. Não fui eu quem se afundou no álcool e usou as mãos para lidar com os próprios fracassos.

— Cuidado com o tom, garotinha — ele estreita os olhos, desfazendo o sorriso cínico. — Esqueceu com quem está falando?

Engulo em seco, mas não desvio o olhar. Sei que ele quer que eu tenha medo, que eu volte a ser aquela garota submissa e fácil de controlar.

Mas o que ele não sabe é que ela, sim, morreu naquela noite.

— Esqueci, sim — rebato, surpresa com a força na minha voz. — Esqueci porque não preciso mais me lembrar. Você não é ninguém para mim, David. E nunca mais vai ser.

— Ah, filhinha, é tão fácil dizer isso agora, não é? — David solta uma risada baixa, como se minha resposta fosse a coisa mais divertida que já ouviu. — Pena que isso não muda absolutamente nada.

— Afinal, o que você quer? Me chamou aqui apenas para me torturar um pouco mais?

80. Não Vou Ceder Ao Desespero 1

80. Não Vou Ceder Ao Desespero 2

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