Proibida Para o CEO romance Capítulo 81

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Minha mão treme enquanto sinalizo para um táxi que se aproxima. Talvez seja resultado da conversa com David, ou da culpa por mentir para Ethan, mas meu coração b**e forte enquanto guardo o celular e observo o carro estacionar à minha frente.

Pouco depois, estou indo em direção ao apartamento de Ethan, me preparando para o que quer que seja. O motorista tenta puxar assunto, mas minha mente está longe demais para manter uma conversa.

Quando ele estaciona em frente ao prédio, não saio do carro imediatamente. Apenas olho para cima e observo as luzes acesas no apartamento de Ethan, imaginando-o lá em cima, provavelmente me esperando para conversar.

Talvez seja sobre Seattle, ou talvez ele tenha descoberto que menti. Mas, agora, estando aqui, sinto minha coragem se esvaindo. Não tenho condições de conversar agora. Não quando posso colocar tudo a perder.

— Pode continuar a viagem, por favor? — peço ao motorista. — Me leve até o Navy Pier.

O velho motorista franze as sobrancelhas, confuso, ao me observar pelo retrovisor. Então, assente e volta a dirigir. Apoio a cabeça no vidro, vendo a cidade passar sem realmente ver.

Vinte minutos depois, estou sentada em um dos bancos do píer, observando o lago Michigan. As luzes da cidade refletem na água escura, criando um espetáculo que me encantou quando vim aqui com Vitória. Hoje, parece não ter graça.

O vento frio de Chicago me faz abraçar os joelhos. Fecho os olhos e logo minha mente divaga para alguns meses atrás. Lembranças de momentos felizes, aqueles que acreditamos que nunca acabarão.

As memórias vêm rapidamente: minha mãe e eu fazendo cookies nos finais de semana. Nós duas cantando juntas no caminho para a escola. Seu sorriso orgulhoso na formatura. Os planos para todas as minhas férias durante a universidade…

“Não importa se você está aqui ou a milhares de quilômetros de distância, eu sempre estarei aqui”, ela disse, tocando meu coração enquanto me acalmava durante meu choro.

A ideia de me afastar da nossa casa me dava medo, mas, mesmo com seu instinto protetor, minha mãe me incentivava antes mesmo da carta de admissão para Harvard.

— Sinto tanto a sua falta, mãe — murmuro, enxugando as lágrimas enquanto sinto meu celular vibrar.

Olho para a tela e encontro outra mensagem de Ethan, mas é a de David que chama minha atenção. Dez mil dólares. Como vou conseguir tanto dinheiro? Um emprego extra não será suficiente, não no prazo que ele deu.

Talvez Ethan me ajudasse sem pensar duas vezes, mas sei que não posso fazer isso sem uma justificativa. E, se eu contar, ele certamente falaria para James…

Balanço a cabeça, afastando esse pensamento. Não posso arriscar perder a única família que me resta.

Peço outro táxi e volto para casa. São quase nove da noite quando entro, esperando encontrar James já em seu escritório, como de costume. Mas ele está na sala, sentado no chão, com várias caixas e álbuns espalhados ao seu redor.

— Oi, filha — ele sorri ao me ver. — Estava esperando você chegar.