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Proibida Para o CEO romance Capítulo 84

“Mia Bennett”

Após a conversa com James, senti como se um peso tivesse saído dos meus ombros. Foi como se suas palavras tivessem acalmado meus pensamentos tumultuados.

A tristeza pelo que aconteceu ainda está aqui, mas de alguma forma, incrivelmente mais leve.

Tão leve que dormi como uma pedra e agora acordo desorientada, sem entender de imediato por que meu quarto está tão claro. Demoro alguns segundos para me situar, até que meu olhar para no relógio digital na mesa de cabeceira.

— Oh, meu Deus! — murmuro ao ver que já passa das dez. — Dormi demais…

Sento na cama, pego o celular rapidamente. Um sorriso surge quando vejo uma mensagem de Ethan: “Sinto sua falta…” Mordo o lábio, sentindo meu coração acelerar com suas palavras.

Talvez eu devesse ter ligado ontem, nem que fosse só para saber o que ele queria ou para tranquilizá-lo.

“Também sinto sua falta. Me desculpe por faltar.”

Respondo à mensagem e, ainda sorrindo, me levanto para ir ao banheiro. Quinze minutos depois, já de banho tomado, desço as escadas.

— Bom dia! — cumprimento Carmen, que está na cozinha.

— Bom dia, dorminhoca — a governanta responde, sorrindo. — Quer café da manhã?

— Sim, por favor.

— Então sente-se, menina — diz, começando a preparar meu café.

— Meu pai comentou por que não me chamou? — pergunto, me sentando em uma das cadeiras da bancada.

— O Sr. Bennett achou melhor que você descansasse — responde, colocando uma xícara de café na minha frente. Então, me encara por um instante antes de sorrir. — Fico feliz em te ouvir chamá-lo assim.

— Eu também — digo, retribuindo o sorriso.

Alguns minutos depois, termino meu café e subo de volta para o quarto. Sento na cama, pego o celular e encaro o contato dele. Meu dedo paira sobre a tela por alguns segundos antes de criar coragem para ligar.

Um toque. Dois toques.

— Bom dia, Mia — sua voz grave faz meu coração disparar.

— Bom dia — respondo baixinho.

— Como você está? — ele pergunta, num tom suave que me faz relaxar instantaneamente.

— Bem… acho que estou melhor. Me desculpe por não te encontrar ontem, estava conversando com…

— Eu sei — ele me interrompe gentilmente. — James me contou que você finalmente conseguiu falar sobre sua mãe.

— Foi… intenso — murmuro, relembrando a conversa.

— Imagino que sim — ele faz uma pausa. — Mia, me encontra mais tarde?

— Sim… eu… estou com saudades — confesso, sentindo o calor subir pelo meu rosto. Ele ri suavemente do outro lado da linha.

— Eu também, perdição. Nos vemos mais tarde então. Ah, e venha preparada para a viagem — Ethan avisa, com um tom divertido que quase consigo visualizar o sorriso em seu rosto. — Até logo.

— Até — digo, sorrindo antes de encerrar a ligação.

— Os beijos… — murmura, aproximando-se novamente. — As provocações… minha perdição andando pela minha sala, me tirando o juízo…

Sorrio, boba com suas palavras. Me levanto apenas para me sentar em seu colo, com uma perna de cada lado de seu corpo.

— Acho que vou ter que te recompensar — sussurro antes de unir nossos lábios.

Seus braços me envolvem pela cintura, me apertando contra ele enquanto o beijo se intensifica. Minhas mãos encontram seus cabelos, arrancando um gemido baixo quando puxo de leve.

Ficamos assim por um tempo, perdidos um no outro, até que a necessidade de ar nos obriga a desacelerar. Os beijos tornam-se mais suaves, mais lentos, até que Ethan encosta sua testa na minha.

— Como você está? — ele pergunta, acariciar meu rosto. — A conversa com James… você parece diferente. Mais leve.

— E estou — respondo com um suspiro, apoiando minha cabeça em seu ombro. — Foi difícil falar sobre ela, sobre aquela noite… mas meu pai foi incrível. Tão diferente do que eu imaginava.

— Não quero te pressionar, Mia. Mas… — ele faz uma pausa, hesitando, como se avaliasse o que dizer. — Deixa para lá. Depois conversamos sobre isso com mais calma.

Assinto silenciosamente, e Ethan beija minha têmpora enquanto suas mãos acariciam minhas costas.

— Então… — mordo o lábio, mudando de assunto. — Que horas saímos para Seattle?

— Não vamos para Seattle — ele diz, um sorriso enigmático surgindo em seus lábios.

— Não?

— Não — ele se inclina, roçando os lábios no meu pescoço, me arrepiando. — Mudei os planos. Achei que merecemos um tempo só nosso. Pelos próximos três dias… eu e você… em Carmel.

— Carmel? — repito em um sussurro, incrédula.

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