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Proibida Para o CEO romance Capítulo 83

“Ethan Hayes”

Chego cedo à empresa após uma noite praticamente em claro. O sumiço de Mia, que ignorou completamente o meu convite para ir à minha casa. A mensagem curta e fria dela “amanhã conversamos”… Tudo isso contribuiu para minha insônia.

O escritório ainda está praticamente vazio, o que é melhor. Preciso colocar alguns papéis em ordem antes que todos comecem a chegar. Antes que ela chegue.

Abro meu notebook, mas não consigo me concentrar. Automaticamente, pego o celular pela milésima vez, mas não há nenhuma mensagem dela.

Normalmente, Mia já teria mandado um “bom dia”, seguido de alguma reclamação sobre o tempo.

— Afinal, o que está acontecendo com você? — murmuro, passando a mão pelos cabelos.

Quando o relógio marca oito e meia, meia hora após seu horário habitual, ouço a porta se abrir. Meu corpo enrijece enquanto desvio o olhar, mas, para minha surpresa, não é Mia. É James.

— Bom dia — ele me cumprimenta, parecendo exausto, como se também não tivesse dormido. — Vim avisar que Mia não vem hoje.

— Aconteceu algo? Você está com uma cara péssima — comento, tentando esconder a preocupação.

— Aconteceram várias coisas, Ethan — James suspira, fechando a porta atrás de si. — Desde Mia me chamando de pai pela primeira vez até ela finalmente me contando sobre a morte de Sarah e o que veio depois.

Observo enquanto ele se senta e passa a mão pelo rosto. Por mais que eu queira fazer mil perguntas, sei que pressioná-lo pode levantar suspeitas. Me recosto na cadeira e espero que ele continue, o que não demora a acontecer.

— Você estava certo — ele começa, inquieto. — Mia realmente se culpa pela morte de Sarah.

James começa a relatar a conversa, explicando os detalhes que a levaram a carregar essa culpa. Enquanto ele fala, a imagem de Mia ontem, na cafeteria, volta à minha mente. Então, quando ele menciona o padrasto, algo começa a fazer sentido.

— Mia estava com ele ontem — murmuro, mais para mim do que para James. Ele me encara, surpreso.

— O que você disse?

— Posso estar errado, mas a vi na cafeteria aqui perto, acompanhada de um homem mais velho — tento manter o tom profissional, como se estivesse apenas relatando um fato. O rosto de James empalidece e suas mãos se fecham em punhos sobre a mesa.

— Aquele desgraçado está em Chicago? — ele vocifera, externando uma raiva que nunca vi em seus olhos antes.

— James… — começo, sem saber exatamente o que dizer.

— Te devo uma — ele diz, levantando-se. — Bem, vamos trabalhar. Nós nos falamos depois.

Assinto, observando-o sair. Quando a porta se fecha, solto um suspiro pesado, incapaz de afastar Mia da minha mente. Como deve ter sido carregar tudo isso sozinha?

Meus punhos se fecham involuntariamente ao imaginar aquele homem encostando nela, a machucando. Como alguém pode ter coragem de fazer isso? De agredir uma pessoa que deveria proteger?

— Preciso descobrir o que ele quer com ela… — murmuro, pensativo. — Não. Primeiro, preciso saber como Mia está.

Pego o celular e abro nossa conversa. Dessa vez, deixo as palavras fluírem sem filtro.

“Sei que você precisa realmente descansar, mas também sinto sua falta. Podemos nos ver mais tarde?”

Envio a mensagem e me recosto na cadeira, sentindo uma mistura de frustração e preocupação. Mia precisa de um tempo agora, mas James está certo: Seattle definitivamente não é uma opção, especialmente com Miranda por perto.

Um sorriso involuntário surge em meus lábios enquanto uma ideia toma forma.

— Já sei de outro lugar — murmuro para mim mesmo. — E será perfeito.

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