Entrar Via

Proibida Para o CEO romance Capítulo 86

“Ethan Hayes”

Acordo com a claridade que entra pela janela que esquecemos de fechar. Mia dorme tranquilamente ao meu lado, os cabelos castanhos espalhados pelo travesseiro. Não resisto à vontade de me virar para admirá-la.

Diferente da primeira vez que amanhecemos assim, não há ninguém para abrir a porta e interromper o momento. E, diferente da segunda, não precisamos tomar café da manhã às pressas antes de voltarmos à realidade.

Aqui, finalmente, posso admirar cada detalhe dela sem pressa. É incrível como ela parece ainda mais bonita assim, tão serena, tão… minha.

Minha.

Essa palavra, que em outros contextos poderia soar errada, é a única que faz sentido quando penso nela. Não por posse ou controle, mas porque, de alguma forma inexplicável, ela pertence a mim tanto quanto pertenço a ela.

Deslizo os dedos suavemente por seu rosto, admirando cada detalhe. Seus cílios longos, o nariz levemente arrebitado, os lábios entreabertos… Como alguém pode ser tão linda até mesmo dormindo?

— Você está me encarando — ela murmura, de repente, ainda de olhos fechados, esboçando um pequeno sorriso.

— Impossível não encarar — confesso, continuando a acariciar seu rosto.

Mia abre os olhos lentamente, o azul deles ainda mais intenso sob a luz do sol que invade o quarto.

— Há quanto tempo está acordado?

— O suficiente para decorar cada sarda do seu rosto.

— Para com isso — diz, escondendo o rosto no meu pescoço.

— Com o quê? — pergunto, deslizando os dedos por suas costas nuas.

— De me olhar assim.

— Como?

— Como se eu fosse a coisa mais preciosa do mundo.

— E se você for?

Seguro seu rosto entre minhas mãos, forçando-a a me encarar. Seus olhos se arregalam, surpresa com minhas palavras.

Sem dizer nada, ela se aproxima, roçando o nariz no meu antes de me beijar suavemente. O beijo é lento, quase preguiçoso, enquanto nossas mãos passeiam em nossos corpos sem pressa.

O momento é interrompido pelo som do telefone vibrando na mesa de cabeceira. É o serviço de quarto, confirmando o café da manhã que pedi.

— Hora do café da manhã — murmuro, deixando o telefone de lado.

— Você pensou em tudo…

Mia sorri ao ver o carrinho sendo trazido até a varanda. Os funcionários arrumam a mesa discretamente enquanto continuamos enrolados nos lençóis.

Quando finalmente ficamos sozinhos, me levanto, vestindo apenas a calça do pijama.

— Vem tomar café comigo? — estendo minha mão para ela.

Mia abre um sorriso malicioso, sentando-se na cama. Com calma, pega minha camisa do chão e a veste, sem desviar o olhar de mim por um segundo sequer.

A visão dela assim, com os cabelos bagunçados e usando apenas minha camisa, me faz engolir em seco. Como alguém pode ser tão naturalmente sexy?

Mia finalmente segura minha mão, e seguimos para a varanda. Seus olhos brilham ao ver a mesa montada diante da vista deslumbrante.

— O quê? — diz, com falsa inocência, beijando meu pescoço. — Só estou sugerindo que poderíamos ficar agarradinhos na cama, assistir a um filme…

— Se continuar assim, não vamos sair desse quarto hoje.

— Tentador… — ela ri, se levantando. — Mas precisamos conhecer a cidade. Vou tomar banho.

Observo enquanto Mia segue em direção à porta, mexendo os quadris de um jeito que deixa claro que está fazendo de propósito.

— Quer vir comigo? — pergunta, olhando por cima do ombro, sorrindo.

— Achei que queria conhecer a cidade.

— E quero. Mas um banho juntos não vai atrapalhar nossos planos, vai?

Mia sorri, maliciosa, antes de voltar a andar, rebolando ainda mais. Quando chegamos ao banheiro, ela liga o chuveiro, deixando a água aquecer enquanto me aproximo por trás, envolvendo sua cintura com minhas mãos.

Com calma, desabotoo os botões da minha camisa em seu corpo, meus olhos fixos nos dela. Sua pele se arrepia sob meus dedos quando deslizo o tecido pelos ombros, deixando-o cair no chão.

Ela sorri, entrelaçando os braços ao redor do meu pescoço antes de me puxar para um beijo lento, preguiçoso. Rapidamente, a pego no colo e caminho até o box, onde a coloco no chão com cuidado, a água quente envolvendo nossos corpos.

Começo a ensaboar seu corpo, deixando minhas mãos percorrerem cada curva lentamente.

— Isso é tão bom… — Mia murmura, relaxando quando deslizo os dedos pela sua nuca, massageando-a. — Vou acabar ficando mal acostumada.

— Não vejo problema nisso — respondo, virando-a para mim e segurando seu rosto. — Já te disse, me afastar de você não está mais nos meus planos. Confia em mim, Mia.

— Ethan… — Ela solta um longo suspiro, seus olhos azuis me encarando com intensidade. — Há algo que preciso te contar.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Proibida Para o CEO