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Proibida Para o CEO romance Capítulo 87

Observo sua expressão tensa e é fácil entender o que Mia quer dizer. Provavelmente tem relação com o padrasto, com aquele encontro na cafeteria. E, embora eu esteja curioso, preocupado até, não posso deixar que isso estrague nosso momento.

Coloco um dedo sobre seus lábios, impedindo que continue.

— Agora não — murmuro. — Esses dias são nossos, só nossos. O que quer que seja, pode esperar até voltarmos.

— Mas…

— É sério — a interrompo com um beijo. — Chicago, nossos problemas, nossos impedimentos… tudo isso fica lá. Aqui é só sobre nós, ok?

Ela me encara por alguns segundos antes de assentir, esboçando um pequeno sorriso.

Volto a ensaboar seu corpo enquanto ela fecha os olhos. Lentamente, sinto seu corpo relaxar contra o meu, como se o peso do que ela queria dizer tivesse evaporado temporariamente.

Termino de ensaboar suas costas, massageando seus ombros. Ela solta pequenos suspiros de satisfação, que me fazem sorrir.

— Você é ótimo nisso — murmura, inclinando a cabeça para me dar acesso ao seu pescoço.

— Em te dar banho?

— Em me fazer esquecer de tudo.

— Esse é o plano, perdição. Te fazer esquecer de tudo, menos de nós. — Beijo seu ombro suavemente. — Agora vamos terminar o banho, ou vou me esquecer de que precisamos conhecer a cidade.

— Não seria uma péssima ideia — Mia solta uma risada leve e se vira para me encarar. — Obrigada, Ethan. De verdade.

Sem me deixar responder, ela fica na ponta dos pés e une nossos lábios em um beijo. Pouco depois, entre beijos e provocações, finalmente terminamos o banho.

Enquanto ela se arruma, me sento na cama e a observo se vestir. Mia opta por um biquíni vermelho, talvez o mesmo que usou em Malibu, e eu preciso desviar o olhar antes que meus planos para o dia sejam abandonados por algo mais tentador.

— Pronto — Mia diz ao terminar de vestir a saída de praia. — Vamos?

— Para onde você quiser.

Empolgada, Mia segura meu pulso, me puxando para levantar. Em pouco tempo, estamos caminhando pela praia de mãos dadas.

Mia, descalça, deixa as ondas molharem seus pés enquanto decidimos nossos próximos passeios.

É diferente vê-la assim, longe de Chicago. Seu sorriso é mais fácil, suas risadas são mais frequentes. De vez em quando, ela para e observa algo: uma concha na areia, uma gaivota no céu. A simplicidade desses momentos me faz sorrir.

— Vamos ali? — ela diz, empolgada.

Mal assinto, e Mia me puxa para uma área mais reservada da praia, onde algumas rochas criam uma espécie de abrigo natural. Quando chegamos, ela solta minha mão para se abaixar e pegar algo na areia.

— Olha isso, Ethan! — diz, maravilhada, mostrando uma concha em tons de rosa e branco.

— Bonita — respondo, mas meus olhos estão nela.

— Bonita? — repete, revirando os olhos. — Isso é incrível! As cores, o formato… nunca vi uma assim. É única.

— Concordo. — Ela chega mais perto, sem tirar os olhos de mim. — Totalmente única.

Solto sua mão apenas para poder envolver sua cintura, puxando-a para mais perto.

— Como você me faz esquecer de tudo — ela continua, agora olhando para o oceano. — Como me faz querer arriscar, mesmo sabendo o que está em jogo.

— E você não tem medo de nada disso? — pergunto, fazendo círculos suaves em sua cintura.

— Não — admite, virando-se para me encarar. — Talvez seja loucura, mas… você faz valer a pena todo o risco.

— Você não existe — murmuro, aproximando meu rosto do dela.

— Existo sim — ela provoca, roçando seus lábios nos meus. — E você está preso comigo agora.

— Não vejo problema nenhum nisso.

Mia sorri antes de me beijar, me puxando para mais perto. Assim, com o gosto de sal em seus lábios e o som das ondas ao fundo, tenho certeza de que não me importo em estar preso a alguém. Não se for com ela.

— Vamos continuar andando? — sugiro quando nos separamos. — Ainda há muito para conhecer.

Mia assente, pegando minha mão enquanto voltamos a caminhar pela areia. Mas, após alguns passos, sinto seus dedos apertarem os meus com mais força.

— O que foi? — pergunto, notando sua mudança repentina.

— Aquele homem — ela murmura, tentando não olhar diretamente. — Acho que está tirando fotos nossas.

Olho discretamente na direção que ela indica e encontro um homem na orla com uma câmera profissional, que parece virada em nossa direção.

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