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Proibida Para o CEO romance Capítulo 88

“Mia Bennett”

Sinto meu coração disparar enquanto Ethan, sem pensar duas vezes, solta minha mão sem desviar o olhar do homem.

— Fique aqui — ele diz, já se afastando.

Engulo em seco enquanto observo a cena, e a inquietação me faz seguir os passos de Ethan. Mesmo estando a quilômetros de Chicago, a simples ideia de sermos flagrados faz meu estômago revirar.

O homem, percebendo nossa aproximação, começa a andar em direção à rua enquanto mexe em sua câmera, mas Ethan o alcança rapidamente.

— Com licença — diz, num tom sério. — Posso dar uma olhada nas fotos que estava tirando?

Paro ao lado dele e observo o homem, que parece nervoso enquanto nos encara. Então, ele limpa a garganta e vira a câmera na nossa direção. Mas, ao contrário do que imaginamos, há apenas fotos do mar, das ondas quebrando contra as rochas, das gaivotas…

— Sou fotógrafo profissional — o homem magro explica, mostrando mais algumas fotos. — Especialista em fotografia marinha.

— Estou me sentindo uma idiota… — murmuro, sentindo meu rosto esquentar de vergonha.

— Não, tudo bem — ele sorri, compreensivo. — Não é a primeira vez que alguém se preocupa. As pessoas ficam tensas quando veem alguém com uma câmera profissional. Se quiserem, posso tirar algumas fotos de…

— Não é necessário — Ethan diz, segurando minha mão enquanto força um sorriso para o homem. — Me desculpe por isso. Bom dia!

Sem esperar por respostas, ele me leva para longe. Permaneço em silêncio, envergonhada, mas, inevitavelmente, torço mentalmente para que tudo realmente não passe de um mal-entendido.

Não é que eu desconfie do homem, mas esse pequeno susto parece ter servido como um lembrete irônico de que nossa realidade está sempre à espreita, pronta para nos puxar de volta.

— Desculpe — finalmente digo, quebrando o silêncio. — Acabei estragando nosso momento.

— Ei — Ethan para de andar, me fazendo parar também. — Você não estragou nada. É normal ficarmos preocupados.

Assinto, tentando me convencer disso. Ele me puxa para perto, beijando minha testa antes de voltarmos a andar.

— Tem um lugar incrível aqui perto — comenta, claramente tentando me distrair. — A melhor comida da cidade.

— É? — tento entrar no clima, forçando um sorriso. — Estou ansiosa.

Em poucos minutos, estamos em frente ao restaurante acolhedor à beira-mar. Escolhemos uma das mesas de madeira dispostas em uma varanda que tem a vista perfeita para o mar. O cheiro de peixe grelhado faz meu estômago roncar.

— Gostou? — ele pergunta enquanto puxa a cadeira para que eu me sente.

— Amei — respondo sinceramente. — É exatamente o tipo de lugar que eu escolheria.

Ethan sorri, parecendo satisfeito por ter acertado. Um garçom simpático nos traz os cardápios e, enquanto escolhemos, ele mantém sua mão sobre a minha na mesa. É um gesto tão simples, mas que em Chicago seria quase impossível.

Levanto o olhar, encontrando aquele sorriso malicioso que facilmente faz meu corpo reagir. Em dois passos, ele para na minha frente, segurando minha cintura.

— Bem… não é só por isso, mas… — começo, com a voz baixa. — Você parece ter saído de alguma propaganda de cuecas. Irresistível.

Ethan solta uma risada espontânea, jogando a cabeça para trás. É impossível não sorrir ao vê-lo assim, tão à vontade, tão… meu. Só meu. Ainda me pego sem acreditar que tudo isso realmente está acontecendo.

Após tomarmos nosso banho sem pressa alguma, nos acomodamos na varanda, aproveitando a tranquilidade do momento.

Ele senta em uma das espreguiçadeiras e me puxa para seu colo, me envolvendo em seus braços. Ele brinca com meus dedos distraidamente enquanto o sol vai se pondo no horizonte, pintando o céu em tons de laranja e rosa.

— Não queria voltar — confesso baixinho. — Queria ficar aqui para sempre, só nós dois.

— Eu também — ele beija meu ombro, me puxando mais para perto. — Mas prometo que vamos voltar. Quantas vezes você quiser.

Ficamos em silêncio enquanto o sol continua a se pôr, e me perco por um instante em meus próprios pensamentos.

— Como vai ser quando voltarmos? — pergunto após alguns minutos. — Porque será ainda mais difícil te ver o dia todo e não poder te beijar sempre que eu quiser.

— Prometo que daremos um jeito nisso. Por enquanto, temos essa noite inteira para compensar — murmura, me virando de frente para ele. — E podemos começar agora.

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