Ponto de vista de Carolina.
A passos apressados, voltei para o clube.
Quando cheguei ao balcão do bar, Alexandera estava atendendo um cliente. Verifiquei o horário e vi que ainda tinha alguns minutos antes do meu intervalo terminar.
Alexandera me viu e lançou-me um olhar estranho, o qual eu apenas ignorei e fui me sentar em um banquinho.
"DOM Moore estava procurando por você, você o viu?" Ela falou sem olhar para mim.
“Quem é DOM Moore?'' Perguntei confuso.
Ela parou o que estava fazendo e me encarou.
"Não aja como se você não o conhecesse." Ela estava diante de mim com uma expressão desgostosa.
"Não sei do que você está falando."
Ela riu e cruzou os braços.
"Hoje é o seu primeiro dia e você já está atraindo a atenção dos grandes DOMs." Ela comentou com um sorrisinho.
"Não estou interessada em coisas deste tipo, só estou aqui para trabalhar." Falei com firmeza.
Ela revirou os olhos incrédula e riu com malícia antes de me responder.
"Todos nós já dissemos isso."
"Bem, Carolina, sou diferente." Eu disse com convicção e coloquei meu crachá de volta, pronta para voltar ao trabalho.
Então, ela veio até mim, com uma expressão irritada e parou na minha frente.
"Você está nos julgando?" Ela inquiriu brava. Olhei para Alexandera e senti que ela poderia me causar problemas, então decidi que seria melhor evitá-la.
"Não é isso, só não gosto de BDSM." Expliquei de maneira amigável.
Ao ouvir minha resposta, ela sorriu e colocou as mãos no meu ombro.
"Você tem medo de cordas e correntes?" Ela perguntou com um tom provocante.
Apesar de saber que ela estava zombando de mim, não levei a sério suas palavras e seu tom sarcástico.
"Pode se dizer que sim." Eu respondi com indiferença.
Ela riu baixinho.
"Não se preocupe querida, nem todos os DOMs usam correntes e cordas." Ela deu mais um sorriso travesso e saiu.
Ótimo, que bela maneira de começar o meu primeiro dia. Eu me perguntei se Lilian também tinha passado por uma situação semelhante.
Sentei-me e tudo o que havia acontecido há poucos minutos passou pela minha cabeça.
Toquei meu pescoço e percebi que ele ainda estava dolorido. Que tipo de homem reagiria daquela maneira só por causa de um simples toque.
Quanto a DOM Karl, pensei que deveria denunciá-lo ao gerente. Eu tentei imaginar o que ele teria feito comigo se não fosse por aquele DOM misterioso que me salvou.
Eu ainda estava imersa em pensamentos quando o avistei entrar pela porta.
Ele olhou fixamente para mim, lançando-me um olhar zangado, o que fez meu corpo estremecer.
"Uma garrafa de Don Iris." Uma voz me chamou, tirando minha atenção do olhar dele.
"Só um minuto." Eu disse a ela e fui pegar a bebida.
A moça pegou a bebida e pagou com o cartão.
"Esta bebida é muito forte?" Ela perguntou nervosa.
Arqueei as sobrancelhas e a analise melhor, então percebi que ela era uma submissa.
"Não, por que você pergunta?"
Ela sorriu timidamente e disse:
"Queria perguntar ao mestre se posso tomar uma bebida com ele, mas estou com medo que ele não me permita." Ela falou isso como se fosse uma criança, e considerando sua aparência, ela deveria ter vinte e poucos anos.
"Basta perguntar a ele, se ele não permitir, provavelmente ele deve ter um bom motivo." Assim, ela me deu um sorriso e foi embora.
"Ótimo, ótimo, ótimo." Murmurei para mim mesma.
Olhei em volta e notei que o homem misterioso já havia partido.
Suspirei aliviada e continuei trabalhando.
As horas se passaram e já era meia-noite, meu turno havia terminado.
Depois de encerrar o meu turno, fui me encontrar com Lilian no bar em que ela estava trabalhando.
"Você já encerrou o expediente?" Ela perguntou com um sorriso. Parecia que ela tinha tido um ótimo dia, ao contrário de mim.
"Sim, e você já encerrou?" Perguntei olhando ao redor.
"Sim, me dê um minuto." Lillian pegou suas coisas e saiu do bar.
Saímos do clube e nos deparamos com a rua deserta.
"Parece que teremos de caminhar até em casa." Lilian comentou.
"Sim, não estamos tão longe." Eu concordei.
Depois de um tempo caminhando, um carro parou atrás de nós.
Ao nos virarmos vimos uma Mercedes preta estacionada na esquina.
Então, um homem mascarado saiu do carro e sorriu para Lilian.
"Vocês estão indo para casa?" Ele perguntou.
"Sim." Lillian respondeu com um sorriso.
"Deixe-me levá-las para casa."
"Não, está tudo bem." Eu balbuciei.
Ele deu alguns passos e ficou diante de mim.
Ele estendeu a mão e tentou acariciar meu cabelo, mas hesitou e recolheu a mão.
"Como você está, minha querida?" Ele falou como se me conhecesse há muito tempo, o que era estranho, porém não dei importância.
"Estou bem, senhor, como você encontrou o meu endereço?" Perguntei, pois não me recordava de ter dito onde morava para ele.
"Ah, isso. Consegui seu endereço no hospital." Ele respondeu.
No mesmo instante que ele falou isso, lembrei-me de ter dado meu endereço quando dei entrada com ele no hospital.
"Que bom, você quer entrar?" O convidei, esperando que ele dissesse não, já que nosso apartamento era pequeno.
"Não será necessário, minha querida." A maneira como ele enfatizava a palavra 'querida', até parecia que ele estava falando sério.
"Vim aqui para te convidar par o meu aniversário, você ajudou a salvar a minha vida e eu adoraria que você fosse." Ele falou enquanto me entregava um convite.
"Quando vai ser?" Eu perguntei.
"Amanhã.''
"Farei questão de ir, mas não poderei ficar muito tempo, pois tenho que trabalhar."
"Isso não será um problema, apenas certifique-se de estar lá." Suas palavras soaram como promessa.
"Definitivamente estarei lá." Eu assegurei a ele.
Ele me observou por um bom tempo, até dava a sensação de que ele queria me dizer algo, mas se conteve.
"Então, nos vemos amanhã." Ele se despediu e foi embora.
Quando entrei no apartamento, encontrei Lilian me encarando com curiosidade.
"O que é isso na sua mão?” Ela se levantou e pegou o convite que eu segurava.
"Ele está nos convidando para a festa de aniversário dele." Ela murmurou lendo o cartão.
"Sim, prometi que estarei lá, mas não ficarei muito." Eu respondi.
Ela analisou o convite por um momento e depois me encarou com um sorriso travesso.
"Por que você está sorrindo deste jeito?" Perguntei intrigada.
"Você não está esquecendo de nada?" Ela perguntou com malícia.
Fiquei olhando-a, ainda confusa, tentando compreender o que ela estava querendo dizer, mas logo desisti.
"Fala logo." Eu disse impaciente.
"Ele vai estar lá também!" Ela murmurou animada.
"Quem?" Eu perguntei confusa.
"Ethan." Ela sussurrou com um sorriso malicioso no rosto.
"M*rda!"

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