Christian andava de um lado para o outro, a luz dourada do pôr do sol fazendo seus cabelos brilharem como fogo. Seu coração estava acelerado. Evitava a cena lá embaixo no jardim: o Conselho reunido em volta do corpo de Alex, dois homens haviam- no posto em um grande saco preto de couro.
Correra para a varanda para ver. Podia ver seu pai entre eles, conversando seriamente. James estava mais distante, Christian notou que o Conselho toda vez que passava por James inclinava a cabeça em uma reverência, e a Elliot, apenas apertavam sua mão.
Suas mãos tremiam um pouco, parou e segurou o parapeito de pedra com força, os nós dos dedos ficando brancos como osso. A pouco havia tirado a camiseta cheia de sangue e jogado na lareira do escritório do pai. Agora sem camisa podia ver as marcas avermelhadas da agressão de Alex.
Alex, o cara que foi legal com ele nos primeiros dias de aula. O cara que o apresentou a pessoas legais. Mas também foi o cara que o fez conhecer as prostitutas e a bebedeira, até mesmo as drogas. Agora Alex estava morto, fora morto por aquelas mãos, que apertavam a pedra com força.
— Querido— Christian olhou para trás, James vinha acompanhado de um membro do Conselho. Um homem magro e baixo de olhar severo— Esse é Raull Smith.
— Senhor Christian— O homem deu um sorriso mínimo— Vim para avisar que tudo estará resolvido até o amanhecer. O corpo será levado e descartado de uma forma que ninguém nunca o achará, e nem vão precisar: um membro do Conselho irá implantar uma carta falsa na casa da família do rapaz informando que ele decidiu ir embora, virar um andarilho. A polícia certamente não estará envolvida.
Christian arregalou os olhos.
— O que? Como assim? Mas... eu matei uma pessoa... eu...
— James, poderia pedir um instante a sós com o Dominador?— James lançou um olhar solidário ao filho e saiu da varanda— Sr. Smith, entenda a situação: Quando um jovem Smith esta passando pela transição do Ritual, ele é valiosíssimo para nós, você é O Dominador. O líder no atual momento.
— Eu? Não. Não pode ser.
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