Sequestrada Por Um Demônio romance Capítulo 37

Sarah

Coloquei o berço do Sariel no meu quarto para ficar mais fácil cuidar dele.

Estou lendo livros de como educar e criar filhos pois estou com medo de ser uma péssima mãe, quero criar ele direito.

Pelos livros preciso educar sem nenhum tipo de violência, se a criança fizer merda preciso colocar de castigo ou tirar algo que ela goste muito como punição.

Está escrito que não posso dar muita atenção ou mimar demais depois que a criança completar 10 anos. O estranho é que está falando que nessa idade é preciso tratar a criança como escrava, mandar fazer as coisas para criar responsabilidade.

Eu até ia rebater mas é um livro escrito por especialistas.

Sariel —Uaa...— ele tentando falar é uma fofura.

—hora de tomar banho, solzinho.—falo pegando ele no colo.

Escuto a porta do quarto abrir, vejo Kali entrar animada.

Kali —nossa.... você está horrível, parece que não tem tempo nem para pentear o cabelo.— já piorou meu dia com esse comentário.

—o chifrudo do seu irmão mais velho tirou toda a ajuda que eu tinha com a criança. Acho que o relacionamento só tem a ver com sexo pois se eu não faço ele quer me punir por isso.

No início eu sei que queria passar mais tempo com Sariel, mas ele deveria entender, eu estava animada por ter um bebezinho no meu colo depois de perder os meus......

Kali —essa é a verdade que ninguém conta sobre o casamento, ele só funciona se a esposa transar com o marido, caso ela não faça isso eles sentem que podem trair porque a mulher não está cumprindo com o dever. Amor e paixão só no início, pois depois é só dor de cabeça e filhos indesejados. Ainda bem que nunca fui iludida em acreditar no "felizes para sempre"— ela consegue piorar qualquer relacionamento com esse comentário.

—então não pensa em casar?— pergunto olhando para ela enquanto fico distraindo meu elfinho fofo.

Kali —não, nenhum casamento é para sempre, todos se separam e eu não quero passar de livre para pertence do marido com a obrigação de servir ele como empregada.

—certo....— não sei nem o que dizer....

Kali —Deixa eu cuidar do Sariel enquanto você toma um banho quente na banheira, assim quando ele começar a perturbar vou perder completamente a vontade de ter filhos no futuro. Você está falando com o Dantalion?—pergunta pegando meu solzinho no colo.

—não quero falar com ele, não preciso do Lion para nada, espero que ele fique trabalhando o mês inteiro assim posso cuidar do Sariel em paz, posso dar atenção para um, mas não para dois. Sabe dar banho em bebê?— pergunto com medo que ela afogue a criança.

Kali —eu cuidei dos meus irmãos mais novos, pode ficar tranquila.

(...)

Tinha esquecido como era bom cuidar somente de mim, Kali parece estar gostando da criança, mas só percebi agora que a marca no braço dela é igual a dele.

Kali —você não sente falta de só se preocupar com si mesma? Ter a liberdade de sair por aí sem se preocupar com esse bebê?— a voz dela está estranha.

—só para tirar uma dúvida, Kali, você não está aqui para matar acidentalmente o Sariel por ele ser seu destinado não né?— pergunto sem nem mesmo notar.

Kali —não...— a forma que ela falou não trouxe muita segurança não.

—a destinação é de vida?— pergunto já meio preocupada com Sariel nos braços dela.

Kali —não, mas não vou ficar sem poder sentir nada enquanto ele viver.— entro em pânico instantâneamente quando vejo ela pegar alguma coisa na cintura.

—pare!— falo usando meu poder de controle que funciona as vezes, quando percebo que ela travou, pego meu solzinho nos braços e saio dali.

Corro até a sala do Lion, vejo ele assinando algumas coisas, ele olha para mim sem entender por que estou ofegante e com Sariel no colo.

—sua irmã... Ela quer matar meu bebê!— falo cansada de correr pois o castelo é enorme.

Dantalion —por que ela faria isso?— pergunta sem acreditar.

—o Sariel é destinado dela provavelmente... Por favor, Lion, ele já é meu filho.— falo quase implorando.

Vejo Kali entrar na sala um pouco irritada, abraço mais forte meu bebezinho que está sem entender nada.

Kali —Lion, por favor, não vai fazer diferenç......

Dantalion —não vai tocar no bebê, isso é uma ordem, se tentar de mando para o último nível do inferno.— esse último nível deve ser horrível pela forma que todos falam.

Kali —eu sou sua irmã! Não pode fazer isso!— ela parece brava.

Dantalion —quer mesmo testar minha paciência? É a única irmã que não me odeia e sabe o motivo, nunca fez nada para eu ter que tratar você como os outros.— monstros, cada vez mais me arrependo de estar no inferno...

Kali —espero que se afunde cada vez mais na solidão, você não merece nada.— diz saindo do cômodo brava.

Dantalion —melhor fazer isso que fiz valer a pena, pois agora todos os meus irmãos me odeiam. Ela não vai mais se aproximar de você, sai.— diz me expulsando da sala.

Kailan

Vejo Kali brava destruindo plantas, é raro ver ela sem paciência.

—o que foi?— pergunto curioso.

Kali —se lembra que eu te falei que não estava sentindo mais prazer com meu namorado?— diz destruindo rosas.

—sim.— falo sentando no banco, ela é minha irmã mais nova e preciso ouvir e cuidar dela.

Kali —aquele bebê que Sarah trouxe tem a mesma marca no braço que apareceu em mim a um mês. Se ela não tivesse percebido eu poderia me livrar do criança e.....

—ele é bebê, você não pode matar um bebê, ainda mais sendo o filho adotivo da Sarah.— falo e ela parece ainda mais brava.

Kali —ele nem deveria ter nascido, a mãe biológica não o queria, parece que as pessoas tem filhos para estragar a vida dos outros. Por que eu? Deus é um filho da puta cruel, por isso papai odeia ele.— ela está bem brava.

—para tudo tem um motivo, talvez quando ele crescer...

Kali —eu não sou você, eu entendo que esta vivo por causa da sua destinada, mas eu não pretendo me matar, pretendo viver, agora nem prazer posso sentir.— ela está muito brava.

—Lion não vai permitir nunca que machuque os sentimentos da Sarah matando o filho dela.— falo e ela senta no chão brava.

Kali —acho que tudo que posso fazer agora é esperar que a criança morra.

Kira

Meus pais devem estar a discutir agora, estou na alcatéia do Klaus.

Odeio ficar sendo supervisionada, espero que logo tudo passe.

Minha mãe sempre disse para eu ver o lado bom das coisas.

Se eles acabarem se separando terei duas casas, apesar disso não quero a separação.

Meus pais se amam, não concordam na maioria das vezes, mas se amam.