Sequestrada Por Um Demônio romance Capítulo 46

Sarah

Lion está demorando a voltar e estou com falta dele, nunca pensei que sentiria isso.

Sariel —papaa.... mamaa..— meu elfozinho tentando falar é a coisa mais fofa do mundo.

Kali —não sei como consegue ter paciência para cuidar dessa coisa.— ela está falando igual o irmão agora.

—essa "coisa" pode acabar se tornando seu futuro marido no futuro.— falo e ela sai brava do cômodo.

(...)

Quando Lion volta a primeira coisa que ele faz é vir em minha direção e me beijar, fixamos assim por bastante tempo até Sariel começar a chorar.

Dantalion —esse garoto adora atrapalhar nosso relacionamento.— diz normalmente, mas ainda assim fico brava.

—ele só quer um pouco de atenção do pai.— falo e Lion fica me olhando.

Dantalion —quer que eu faça papel de pai não é?— diz me prendendo contra a parede, consigo sentir o calor por trás da roupa dele.

—ele não vai ser um problema no futuro para você pois não é seu descendente então não vai poder tirar seu trono, querido.— falo enquanto ele chupa meu pescoço.

Lilith —tem como vocês guardarem esse fogo para o quarto?— diz e nós dois nos separamos.

—desculpa por isso.— falo envergonhada enquanto minha sogra pega Sariel no colo.

Lilith —apaguem esse fogo. Dantalion, você precisa assinar documentos importantes.

Dantalion —mas que droga, não tenho um dia de paz.—diz se afastando de mim.

Vejo que ele vai até Sariel e passa a mão na cabeça dele, pelo menos está tentando.

(...)

Entro na banheira e fico lá até ver Lion entrar também.

—quando ia me contar sobre a Vânia no porão.— falo e ele para na minha frente.

Dantalion —eu precisava tortura-la e ouvir ela pedir perdão pelo que fez com a gente. Sei que pode achar isso errado e desumano, mas....

—eu não me importo, por culpa dela os meus gêmeos morreram.— falo e ele entra na banheira tirando sua cueca box, sinto quando ele me abraça.

Dantalion —você é a melhor destinada que eu poderia ter, ratinha.— encosto minha cabeça no abdômen dele e fico assim.

Kira

Eu adorei fazer essas mechas roxas, tão um bom contraste com o preto natural do meu cabelo.

Está sendo legal viajar e ficar sendo paquerada, consegui esquecer todos os meus problemas e estou fazendo minhas próprias pesquisas sobre a destinação, talvez eu até consiga arrumar um jeito de quebra-la.

Depois da separação dos meus pais as histórias de amor perderam a cor para mim, para que acreditar e desejar algo que no futuro vai dar errado?

As coisas pareciam tão diferentes e felizes quando eu era uma criança iludida...

Luana —eu nunca imaginei que fosse começar a ser rebelde depois da adolescência.— diz em um tom mais brincalhão.

—acho que não existe idade para começar a ser ou fazer algo.— falo me deitando na grama enquanto minha mãe continua em pé como a rainha que é.

Ela é sofisticada e decidida, gosta de riqueza e de se vestir bem, mas uma coisa nunca entrou na minha cabeça.

—por que o meu pai? Você sabia que ele era o completo oposto de você e ainda assim o quis.— pergunto e ela fica pensativa.

Luana —eu adorava tacar na cara da minha irmã que ela era uma iludida por ser apaixonada pelo Derick, mesmo depois de tudo que ele fez e do que ela descobriu sobre ele não mudou os sentimentos dela. Não entendia até começar a me apaixonar pelo seu pai, foi tão intenso, eu me sentia nas nuvens nos braços fortes dele, por um minuto queria estar para sempre em seus braços, mas contos de fadas não existem e não se deixe levar pela paixão, amor não existe, é só química reprodutiva.— nossa, espero que ela não fique amargurada.

—eu já entendi mamãe, amor é algo que quero ficar longe agora, não estou afim de quebrar a cara ainda.— falo e ela senta ao meu lado.

Luana —o amor é maravilhosa, mas dói muito também, não quero que sinta isso.— é a primeira vez que vejo minha mãe assim, sem o orgulho dela.

—acha que você é o papai vão conseguir passar o natal juntos?— pergunto e ela me olha estranho.

Luana —não vou passar o natal naquela alcatéia nunca mais, odeio árvore e mosquitos, eu que devo sugar sangue e não ser sugada.— era amor que deixava ela lá mesmo.

—eu não quero sempre precisar decidir entre vocês.—falo e ela respira fundo.

Luana —não se importe comigo, sei que gosta mais do seu pai e da natureza.— isso não é exatamente verdade..

—eu te amo mãe.— falo e ela ri.

Luana —eu detestava você quando nasceu, era chata e não parava de chorar, precisava de colo sempre, mas não conseguia deixar te amar você minha lobinha fofa e carinhosa.— diz me abraçando.

A forma dela te dizer eu te amo é estranha, mas é compreensível, existe mulheres que não nasceram para ser mães.

Luana —sabe que pode me contar qualquer coisa né?— diz me olhando.

—meu destinado me encontrou e me beijou na antiga frança, eu não consigo aceitar ter gostado do beijo.— falo e ela ri.

Luana —por que não aproveita um pouco ele? Viva e transe com ele, mas não case, casar é um baita problemão.— rio do comentário dela.

—eu não quero casar, gosto de viajar e te usar roupas chamativas.— falo e ela bagunça meu cabelo.

Luana —essa é a minha filha, sabia que tinha puxado um pouco de mim.

(...)

Caio na cama exausta da festa de hoje, bebi e sai bastante, mas tive a impressão de que tinha alguém me olhando. Mesmo sem ter certeza acho que era Kailan.

Não consigo odia-lo, pois ele sempre me salvou desde criança.

Não gosto de ingratidão, mas ele tinha que ter me contado sobre tudo.

Preciso dormir e tirar ele da cabeça de uma vez por todas, nem o conheço direito, mas posso dizer que é um idiota.

Só queria entender por que parece que sou tão importante para ele.

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