Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 286

A vida e a morte já não importavam, o que importava era que ela queria ver Juliana a escolhendo antes que ela morresse.

Ela queria saber que não esperou em vão todos esses anos, que ambas estavam escolhendo uma à outra.

O que ela queria era o amor verdadeiro de Juliana, não apenas palavras vazias de amor.

Os olhos de Patrícia estavam vendados, então ela não conseguia ver a expressão de Juliana, e isso a deixava ansiosa e inquieta.

Ela já perdeu para Mariana uma vez e não queria perder pela segunda vez.

Juliana não respondeu por um longo tempo, mas a sequestradora, impaciente, disse:

- O que está acontecendo, a escolha entre sua filha biológica e sua enteada está sendo tão difícil para você? Nesse caso, deixe-me tomar a decisão por você. Cortem as duas cordas.

- Não! - Juliana gritou. - Eu escolho a Mari.

Todos no local ficavam perplexos.

- Estou com zumbido nos ouvidos? Ela escolheu a enteada?

- Existe mesmo uma mãe que não ama sua própria filha? Estou chocada.

- Vocês jovens não entendem, todos têm suas razões, ela se casou com Pedro Freitas e tem que considerar os interesses da família Freitas, senão como ela vai viver de agora em diante?

- Será que ela não se sentirá culpada por sacrificar a vida de sua própria filha em prol de seu futuro?

- Como a filha biológica deve se sentir ao ser abandonada por sua própria mãe?

Embora ninguém pudesse sentir a dor de Patrícia, eles conseguiam imaginar o que ela estava passando. Patrícia deixou finalmente cair as lágrimas que estava segurando quando ouviu a declaração de Juliana.

- Por que... Por que sempre sou a abandonada?

- Desculpe?

Patrícia sorriu com desdém.

- Eu não quero ouvir essas palavras. Eu quero ser merecedora do perdão. Lembro-me de você dizendo isso antes de partir, você pediu desculpas, você também não tinha escolha. Então, quanto a mim? Eu tenho alguma escolha? Se pudesse, eu preferiria nascer em uma família humilde, mas com uma mãe amorosa, ao invés de ser abandonada de novo por você. Eles têm razão, eu sou uma criança bastarda sem mãe, o que mais eu poderia esperar?

- Paty, eu realmente te amo, mas a Mari é diferente, ela perdeu a mãe desde pequena...

- Que ironia! Deixar sua própria filha para consertar a ausência de amor de outra pessoa.

As pessoas ao redor ouviram com choque essas palavras, que tipo de mulher era ela?

Satisfeita com as respostas, a sequestradora apontou o canhão para Teófilo e disse:

- Sr. Teófilo, entre a nova paixão e o antigo amor, você tem que escolher. Prefiro ouvir a sua resposta do que a da Sra. Freitas.