Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 287

Quando essas palavras foram pronunciadas, todos os olhares se voltaram para Teófilo.

Mariana ainda gritava sem parar do outro lado, e a voz de Rodrigo soava gelada:

- O que mais há para hesitar? Diga a ela, você escolhe Mari.

Pedro deu um tapinha no ombro de Teófilo, dizendo:

- Essa é uma decisão que você deve tomar por si mesmo, eu não vou te culpar, não importa quem você escolher.

Em algum momento, a sequestradora colocou uma ampulheta no chão.

- Você tem um minuto para decidir. Se você não fizer uma escolha, eu vou escolher por você.

A areia da ampulheta escorria rapidamente, assim como o tempo passava.

Teófilo permaneceu em silêncio, olhando com calma para as duas mulheres.

Mariana continuava implorando, enquanto Patrícia permanecia em absoluto silêncio.

No momento em que Juliana fez a escolha, pelo menos ela poderia ter dito algo, lutado um pouco por si mesma. Mas agora, será que ela não tinha nada a dizer?

Teófilo viu diante de seus olhos a cena do inverno passado, uma noite em que a neve caía como penas de ganso do céu.

Patrícia e Mariana caíram no mar naquela noite, e a primeira coisa que lhe veio à mente foi o sacrifício de Hélio para salvá-lo.

Mariana estava grávida dele e Gabriel também pulou no mar. Teófilo tinha certeza de que poderia salvar Patrícia, por isso ele não hesitou em salvar Mariana.

No entanto, ele não sabia que a perna de Patrícia ficaria presa em uma rede de pesca, atrasando o resgate e resultando em um parto prematuro.

Tudo isso era algo que ele não queria ver.

Ele nunca explicou nada a Patrícia, mas em seu coração, só havia lugar para ela desde o início.

A situação agora era diferente daquela noite.

Não havia um caminho que garantisse a salvação de ambas.

Não se podia enganar todos e tudo.

Não se podia satisfazer a todos e a si mesmo.

Ele fechou os olhos e podia ver o sorriso de Hélio, mesmo sangrando e morrendo, dizendo:

- Não chore. O general... Não pode morrer. Eu estou disposto a morrer por você. Por favor, cuide da minha... Minha esposa e filho.

Tudo deveria terminar agora, ninguém a escolheria.

Em vez de implorar por misericórdia, era melhor enfrentar a morte com dignidade.

Ela já havia passado por isso uma vez e uma experiência como essa era o suficiente.

Um minuto parecia interminável.

Assistindo à areia escorrendo até o fim, a sequestradora riu e disse:

- Sr. Teófilo, o tempo acabou. Parece que você fez sua escolha.

- Use minha vida em troca das delas. - Teófilo respondeu, ficando de pé com as mãos atrás e mantendo a calma, escondendo qualquer indício de suas emoções.

Mas sua resposta pegou todos de surpresa.

Em vez de escolher uma das duas mulheres, ele escolheu ambas.

Se ele tinha que desapontar alguém, ele preferia ser o desapontado.

- Eu morro para que elas vivam, o que acha?