No dia seguinte, Nicole levantou bem cedo, saiu da cama devagar para não acordar Alexander e foi para o banho. Como aquela manhã parecia mais quente, ela optou por um vestido de alças finas de viscose, um pouco mais solto na cintura. Fez uma trança lateral e deixou alguns fios caírem ao lado do rosto.
Após ajudar Alex a se preparar para escola. Foi até a cozinha e preparou o lanche enquanto o filho comia o cereal e bebia suco de manga. O menino parecia mais animado do que na noite anterior.
O aroma de lavanda e os móveis brancos desgastados a lembraram das vezes em que confessou a Alexander sobre como seria a cozinha. Ele mandou reformar do jeito que ela queria. Nicole acomodou-se na cadeira e fitou o pão francês, ficou quieta por um momento e engoliu em seco.
― Mãe! ― A criança despertou-a do devaneio. ― Eu já acabei de comer.
― Pegou a mochila?
― Não, está em cima da minha cama.
― Vá lá no seu quarto ― beijou a testa do filho ―, pegue sua mochila e volte rápido porque a sua tia Jenny vai levar você para escola.
Alex correu até a porta da cozinha e abraçou Jenny que adentrava o ambiente com tons suaves nas cerâmicas e nos móveis com detalhes em madeira entalhada. Lana abraçou os ombros da amiga pouco antes de sentar ao lado de Nicole.
― Bom dia! ― Lana segurou-lhe a mão. ― Como você está?
― Oi, bom dia! ― Esboçou um sorriso contido. ― Me sinto bem!
Rosa aproximou-se, meneou a cabeça para as visitantes e serviu-lhes o café.
― Onde está o Alexander? ― Jenny levou um pedaço do croissant à boca.
― Ele ainda está dormindo!
― Deu algum calmante natural para ele?
Jenny esboçou uma careta irônica e mordeu um pedaço do pão de massa em formato de meia-lua.
― Baby, pare de implicar com a Nicky! ― Lana estreitou o olhar para a companheira. ― Não é hora para esse tipo de brincadeira.
― Eu só falei a verdade! O Alexander só fica calmo quando a Nicky está perto.
― Não tem calmante melhor do que a minha esposa. ― A voz rouca e aveludada interveio na conversa. ― Só ela me traz paz!
Nicole refletiu sobre o que Alexander falou, entendia bem aquela necessidade de unir-se a ele e sentir-se protegida e amada nos braços que a acalmava e trazia alguma paz.
― Bom dia, meu anjo! ― Fitou os olhos amendoados. ― Eu senti a sua falta!
Jenny se conteve, mas não evitou a contração involuntária dos músculos da face. Lana beliscou o braço da companheira embaixo da mesa ao vê-la fazer uma careta.
Alexander atravessou a porta da cozinha, beijou o rosto de Nicole e acariciou-lhe a barriga. Afundou na cadeira próximo a ela enquanto falava sobre o evento que seria realizado para arrecadar fundos para as clínicas que em breve seriam inauguradas em algumas comunidades do Rio de Janeiro.
― Quando será o evento? ― Lana bebeu um gole do café.
― Na próxima semana!
Nicole se remexeu na cadeira, parecia incomodada com aquela conversa.
― Tia Jenny, peguei a mochila. ― Alex entrou na cozinha e correu até a madrinha. ― Estamos atrasados.
― Você parece a sua mãe falando! ― Jenny levantou.
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