Resumo de Capítulo 7 – Uma virada em Só Teu! Volume II da Trilogia Doce Desejo. de Yana Shadow
Capítulo 7 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Só Teu! Volume II da Trilogia Doce Desejo., escrito por Yana Shadow. Com traços marcantes da literatura Erótico, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
Em casa, Nicole fez um coque no alto da cabeça e, em seguida, ligou a cafeteira para fazer o café. Embora o dia estivesse nublado, o dia parecia mais abafado.
Alexander esperava o filho chegar do passeio com o avô para se despedir. Ele enviou uma mensagem e encaminhou-se até o pequeno muro revestido de cerâmica verde-água que separava a sala da cozinha.
Ela despejou o líquido preto sobre as xícaras e sentiu os braços torneados por músculos envolvê-la.
― Eu não vou te deixar sozinha, eu prometo! — Segurou-a pela mão, girou para si e a segurou nos braços. — Eu quero você!
Levantou-lhe o queixo com o dedo indicador e sentiu a textura enquanto acariciava os lábios curvos. Encostou os lábios contra a testa de Nicole.
― Eu sinto falta do seu corpo ― sussurrou ao beijá-la no rosto.
Por mais que resistisse, Nicole estava rendida ao encanto na voz rouca e aveludada. Era como se estivesse sob o efeito de um encanto poderoso.
A boca passeou pela base do pescoço até segurar o lóbulo da orelha por entre os dentes. O corpo dele a desejava, necessitava daquela conexão para sentir que Nicole ainda pertencia a ele.
― Por favor, Alexander! ― Saiu do transe e escapou dos braços dele. ― Não insista! ― Deu-lhe as costas
Afastando o corpo, ele deu um passo atrás e virou para o lado, precisava disfarçar a ereção causada pelos beijos.
Entre suspiros e tentando recuperar o fôlego, Nicole foi até a geladeira, pegou um cubo de gelo e passou pelo pescoço.
Embora Alexander fosse conservador à moda antiga, com Nicole, não havia reservas ou pudores. Amava provocá-la. Tinha o prazer de seduzir e conquistar.
Após tomar um gole do café, ele observou a silhueta do corpo da bela mulher à sua frente. O gelo deslizava da parte da frente do pescoço até a nuca, deixando a pele molhada.
Aquela cena mexia com a libido. Ele colocou a xícara sob o balcão da pia e passou a língua na parte molhada pelo gelo ao se aproximar de Nicole. Roçou o desejo duro e viril contra as costas dela.
— Eu preciso de você!
Sussurrou a voz rouca com convicção e pousou as mãos firmes na cintura dela.
— Eu quero amar você! — O tom de voz aveludado a hipnotizava, existia alguma magia que fazia todo o corpo arrepiar. — Eu quero você.
— Não! — Nicole esgueirou. — O Alex vai chegar daqui a pouco.
Deu alguns passos até a sala e pegou o celular que estava em cima da estante de madeira em mogno.
― Nicky, você quer jantar comigo hoje à noite?
― Não posso! ― murmurou, pouco convincente. ― Eu vou fazer uma faxina nesta casa.
― Você não vai morar nesta casa com os meus filhos. ― O olhar sombrio a encarou. ― Vamos para a casa que eu comprei.
Nicole estava cansada daquela discussão, foi até a varanda e não retrucou. Apreciou o tom alaranjado que cortava o céu enquanto o sol mergulhava no Oeste. Os pensamentos ainda estavam inquietos.
― Alexander, eu sei que você quer nos proteger. Mas desse jeito não vai funcionar.
Ela tomou coragem e o fitou quando ele atravessou a porta.
― Eu quero o melhor para os nossos filhos. Olha este lugar? ― Levantou as mãos para a casa com a fachada branca com a pintura lascada. ― Não posso deixar vocês aqui.
Nicole respirou fundo e fechou os olhos, mentalmente contou de um a dez e abriu os olhos quando ele silenciou.
― Uma das coisas que eu aprendi, depois que o Alex nasceu, é que a nossa presença não pode ser compensada por bens materiais. Eu também quero o melhor para os meus filhos, mas eu fiz o que pude para cuidar dele e educá-lo.
― Eu me orgulho disso, você é uma ótima mãe! ― Colocou a mão na pele entre o ombro e o pescoço. ― Não me prive de assumir o meu lugar nesta família.
O peso daquela decisão era imensurável, um arrepio atravessou-lhe a espinha só de pensar em voltar a morar naquela mansão.
― Você sempre será o pai dos nossos filhos, mas de hoje em diante, nós somos apenas amigos.
O barulho da buzina de um carro preto que estacionava em frente a calçada quebrou a tensão. Ricardo saiu do carro e abriu a porta para Alex.
― Ok, doutor! Mais alguma coisa?
― Isso é tudo!
As pupilas dilataram e o coração ficou mais acelerado conforme Alexander lia cada linha do bilhete, o rosto ficou pálido quando levou a mão à boca e parou em frente à porta do elevador
Doutor Bittencourt,
Há alguns anos guardo um segredo que tira a minha paz e o meu sono. Faz alguns dias que meu neto nasceu e eu não suporto mais essa culpa que me aflige.
Preciso falar com você sobre o seu filho Rodolpho, ele está vivo!
Assim que puder, me ligue.
Sinceramente, Doutor Arthur Ramirez.
― Vai descer? ― David segurou a porta e olhou para Alexander.
― Obrigado! — Entrou no elevador e acionou o botão.
Alexander guardou o bilhete no bolso, não queria tocar no assunto. A leitura daquele bilhete deixou sua mente atordoada.
― Espero que não esteja chateado por expor as minhas ideias. ― David derrubou o muro erguido pelo silêncio. ― Quero contribuir para o desenvolvimento da empresa.
― Obrigado, doutor Kim! ― O olhar glacial o encarou antes de sair do elevador. ― Tenha uma boa tarde!
Alexander se apressou e seguiu para a sala de Jenny. Precisava conversar com a obstetra antes que Nicole chegasse para a consulta.
Copyright © 2.021 por Ana Paula P. Silva
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