Resumo do capítulo Capítulo 8 do livro Só Teu! Volume II da Trilogia Doce Desejo. de Yana Shadow
Descubra os acontecimentos mais importantes de Capítulo 8, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance Só Teu! Volume II da Trilogia Doce Desejo.. Com a escrita envolvente de Yana Shadow, esta obra-prima do gênero Erótico continua a emocionar e surpreender a cada página.
As cores delicadas nos tons de verdes traziam uma sensação de tranquilidade e aconchego no ambiente com móveis de madeira no consultório de ginecologia e obstetrícia. Jenny olhou para uma das paredes no canto onde a luz ampliava a sensação de segurança e valorizava a decoração.
Ela ajeitou um dos quadros com aquarela em cores quentes de algumas borboletas que voavam em volta de uma gestante e se afastou para avaliar. As batidas na porta tiraram sua concentração.
― Entre! ― Ajeitou o jaleco branco.
― Com licença! ― Franziu o cenho ao mirar os olhos de Jenny. ― Precisamos conversar.
O homem com a postura intimidadora se empertigou ao atravessar a porta.
― Tenho alguns minutos antes da Nicky chegar para consulta.
A obstetra seguiu até o outro lado e acomodou-se em uma cadeira confortável de madeira com couro sintético bege.
― Sente-se! ― Jenny indicou a cadeira com a mão direita.
Alexander tirou o bilhete do bolso, abriu os dois botões do blazer azul-escuro e sentou-se. A feição se manteve sisuda enquanto refletia sobre como confrontaria a amiga.
― Se você veio perguntar alguma coisa sobre a Nicky, não vou me envolver nisso. Da última vez que eu te ajudei, a Lana me expulsou do quarto e eu dormi no sofá por uma semana. ― Jenny olhou para a tela plana do notebook e em seguida, o encarou. ― Espero que você me entenda.
Os dedos de Alexander tamborilavam sobre a mesa quadrada de madeira. Uma miríade de emoções furtou-lhe a clareza dos pensamentos. Sem dizer nada, ele esticou o braço e entregou o papel dobrado em duas partes para Jenny.
Enquanto perscrutava o rosto da médica, ele permaneceu quieto. Encostou o cotovelo no braço da cadeira e pousou o queixo ao dorso da mão direita. Alexander limitou-se a observar Jenny até que ela terminasse de ler o bilhete.
― Você sabe alguma coisa sobre isso? ― indagou quando Jenny levantou o rosto esmaecido. ― Recebi um envelope com esse bilhete há poucos minutos.
― Não, Claro que não! ― Olhou nos olhos dele. ― Estou tão surpresa quanto você.
― Quem é esse tal de Doutor Garcia?
― Ele chefiava a ala pediátrica aqui do hospital pouco antes do meu primo chegar.
― E o que ele tem a ver com os meus filhos?
― Não sei, Alexander! ― bufou. ― Eu sei que ele pediu demissão alguns dias depois que o Rodolpho... ― silenciou ao vislumbrar o olhar contrito de Alexander.
À medida que Jenny falava, Alexander tentava se livrar dos pensamentos de que o filho estaria vivo em algum lugar; entretanto, precisava descartar todas as possibilidades antes de aceitar tal ideia.
― Vou encontrar o doutor Garcia e pedi a exumação. ― respirou fundo. ― Por favor, não conte nada sobre isso a Nicole.
― Você sabe, melhor que ninguém, o que acontece quando omiti algo tão importante.
Alexander se remexeu na cadeira, ele ainda sofria as consequências avassaladoras por não ter mencionado coisas tão importantes para a esposa.
― Preciso ter certeza antes de falar com a Nicky sobre isso.
O toque fraco de algumas batidas se repetiram por três vezes seguidas, Jenny conhecia bem aquele som.
― A Nicole chegou, preciso atendê-la. ― Ficou em pé e esticou a mão para se despedir de Alexander. ― Até breve, Alexander!
Ele permaneceu sentado enquanto olhos claros estavam fitos em Jenny. As batidas se repetiram.
― Vou acompanhar a consulta, quero saber como está o bebê e ver meu filho.
A tela tinha uma espécie de coloração virtual que captava a imagem do bebê que não parava de se mexer. Jenny apertou os olhos e ficou atenta ao aparelho.
― Está tudo bem com o meu filho? ― indagou a voz aflita de Alexander.
― Você quis dizer a sua filha. ― Jenny sorriu ao revelar. ― É uma menina, olha! ― pediu.
Entusiasmado com a notícia, Alexander se aproximou da tela com o filho. Não conseguiu conter a emoção, logo seria pai de uma menina.
― Você foi promovido a irmão mais velho. ― Pegou Alex no colo e beijou a cabeça do filho.
Jenny se levantou da cadeira e pegou alguns papéis-toalha, ia entregar a Nicole, mas Alexander pegou.
― Eu ajudo!
― Certo! ― Apertou os olhos. ― E vou preparar a pasta com as imagens e o vídeo do ultrassom.
― Tia Jenny, posso te ajudar?
Os olhos pidões de Alex miravam na madrinha.
― Vem! ― Foi para o outro lado da sala com o afilhado.
A mão comprida passava o papel toalha branca pela de Nicole com delicadeza. Esboçava um sorriso todas às vezes que a filha se movia na barriga. Estava tão feliz com a novidade que por um momento esqueceu do bilhete que recebeu pouco antes da consulta de Nicole. Retirou todo gel e em seguida aproximou os lábios e beijou-lhe a barriga.
Copyright © 2.021 por Ana Paula P. Silva
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