Capítulo 04
Jaime Gandy.
Oliver chegou ao hospital e o vi falando algo com a minha mãe, na certa tentando acalmá-la. Nanda foi atendida no hospital, e o bebê está bem. Mas o médico disse que ela tem que ficar em repouso. Ela passou a noite sedada, e eu fiquei ao seu lado. Amélia apareceu para visitá-la e disse que cuidaria da minha mãe que estava nervosa com tudo que estava acontecendo. Apenas ouvir o que ela disse, eu não tirei os olhos de Nanda. Pensei como foi um baque para ela, ouvir que o marido tinha transado com Isis, logo Isis, alguém que ela gostou tanto e tinha carinho. Minha barriga estava sangrando e por isso, o médico fez um curativo, mas não estava me importando com nada nesse momento. Sentia-me anestesiado, como se fosse incapaz de sentir qualquer sentimento bom, como se a raiva tivesse tomado conta da minha alma.
Conrad estava inconsciente neste mesmo hospital, e fiquei tentado a entrar no seu quarto e desligar os aparelhos. Passei a noite em claro, olhando para Nanda e pensando o que faria com Isis. Quando acordei na manhã seguinte, foi com o choro baixinho de Nanda. Levantei-me na mesma hora.
- Está sentido dor? – Perguntei preocupado. Ela fungou e balançando a cabeça me abraçou. Chorou nos meus braços e começou a se lamentar. A dor que sentimos não é física. Pensei comigo mesmo.
- O que eles fizeram com a gente... – Chorou e foi difícil conter as lágrimas e a dor que sentir nesse momento. Nanda descobriu da pior forma a porcaria de marido que ela escolheu.
Conversei com minha mãe no hospital e ela estava muito abalada, pois tinha carinho por Conrad, mesmo sabendo que ele não prestava. Ela me falou que uma vez viu Isis e ele conversando em frente ao meu quarto, e isso só fez aumentar a minha raiva, e dúvidas!
Nanda teve alta à noite, e Amélia falou que cuidaria delas. Deixei-as em casa, mas nem entrei na mesma, tinha a noção que precisava tomar banho e trocar de roupa. Precisava tomar as rédeas da minha vida, e acabar de uma vez por todas com o sentimento que tenho por Isis, e para isso vou fazer o que for preciso, para retirá-la de uma vez da minha vida. Seria muito mais fácil se pudesse me livrar de uma vez por todas dela, mas não posso me esquecer de que sua vida corre risco por minha causa, por isso, estou disposto a investir o que for preciso na prisão de Fernando para poder me livrar dela para sempre.
Ao chegar à casa de campo, vejo seu corpo deitado na rede. Meu coração bateu feito louco contra o peito. A vontade de tocá-la, tê-la nos meus braços fez meu corpo doer. Acariciei seus cabelos e sussurrei, porque fez isso comigo, Isis? Meu corpo inteiro reagiu ao seu, mas antes que fraquejasse fui para o quarto com uma garrafa e um copo de uísque. Eu não ia voltar atrás, precisava descobrir se o que aconteceu entre ela e Conrad foi antes de nos conhecermos. Tenho que descobrir se eles não me traíram na minha própria casa, juro por deus, que se eles fizeram isso eu mato os dois. Bebi um gole de uísque e respirei fundo, pois pensar nessas coisas só fazia aumentar a minha raiva. Conrad ainda está vivo, infelizmente. Apenas ficou inconsciente, mas vou fazer da vida dele um inferno tão grande, que ele vai desejar a morte.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: SUBMETIDA - CONTINUAÇÃO DE LASCIVA
Ah, descobri a continuação e amei. Parabéns pelo romance excelente. Que bom que teve conclusão. Adorei e recomendo....