TYGER romance Capítulo 24

— Sim, mas foi bem leve, não machucou.

— Existe algumas razões para isso, as principais são: manter o domínio sobre a fêmea durante o sexo ou acasalar.

— Acasalar?

— É o mesmo que o casamento humano, só que para sempre, não existe divórcio, o macho é da fêmea somente dela e vice-versa.

— Interessante.

A ideia não realmente me chateia, mas não posso esquecer que Tyger não quer isso, talvez ele apenas tenha estado muito excitado e perdeu o controle.

A ideia de vê-lo agora na luz do dia depois da nossa noite maravilhosa de sexo me deixa um tanto acanhada, não sei nem o que falar quando o vir.

Depois de alguns minutos consegui empurrar torradas com requeijão e café com leite garganta a baixo. Creek não me deixou lavar as poucas louças que sujamos mesmo eu insistindo para fazer. Entediada, vou para o sofá e ligo a tv para ver as notícias do dia, o noticiário mostra previsão do tempo e informa que uma frente fria está se aproximando.

Minhas mãos estão suadas e estou ansiosa para ver Tyger, queria tanto que ele estivesse aqui.

Troco de canal procurando por algo interessante para assistir, meus olhos se arregalam quando vejo meu pai no noticiário segurando uma foto minha nas mãos dando uma entrevista para o jornal dizendo coisas terríveis.

"Encontrei a mala dela com todas suas coisas dentro, numa estrada deserta perto da Reserva daqueles animais, isso deixa óbvio que eles a pegaram."

Raiva transpira em mim neste momento.

— Mas que merda, meu pai só pode estar maluco! — exclamo com indignação.

— Emily, fique calma. — Creek põe a mão em meu ombro.

— Ele só pode ter se juntado ao grupo de ódio anti-espécies.

— É e especificamente os que nos acusam de ter animais selvagens presos e alimentá-los com humanos.

— Isso é a coisa mais estúpida que esses idiotas poderiam inventar! Eu preciso ir até lá. Não sei o que meu pai está fazendo aí, ele nem gosta de mim, me expulsou de casa sem pensar nas consequências e se eu tivesse mesmo morta engolida por um animal, ele seria o único culpado. — minhas mãos tremem, estou furiosa.

Vou até o quarto e pego na bolsa uma blusa e uma calça do meu tamanho, visto rapidamente, calço meu chinelo e volto para a sala.

— Eu vou sair. Será que você poderia me acompanhar até a saída menos movimentada?

— Não acho que essa seja uma boa ideia, se alguém ver você saindo daqui sozinha sem proteção, irão atacá-la por ter estado aqui.

— Pelo caminho que Tyger me trouxe, não tem ninguém, não há possibilidade de me verem. Por favor Creek, eu não posso deixar que meu pai faça essas acusações contra os espécies, nunca. — imploro com as duas mãos juntas.

— Vamos avisar Tyger, ele vai ficar muito irritado se souber que te pus em perigo.

— Não tem perigo algum. Eu vou até a casa do meu pai, ninguém vai saber que eu estive aqui de fato.

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