Tyger
Rosno quando desligo o telefone mas em seguida toca novamente, atendo já sabendo de quem se trata.
— Tyger. — respondo a chamada.
— A equipe de relações públicas nos informou sobre o que estão dizendo sobre sua convidada na televisão. — Bestial, um dos membros do conselho e que vive na Reserva fala calmo.
— Sim. Mas não vai mudar nada, essa é uma dentre as tantas acusações ridículas que fazem contra nós.
— Ela está com você por vontade própria?
— Mas é claro que sim porra! — grunho.
— É só uma confirmação. Vamos tentar resolver do nosso jeito: ignorando. Como tudo que falam de grave sobre nós é chegado ao conselho, resolvi te ligar para saber melhor sobre isso.
— Ela está aqui por vontade própria, está até mesmo querendo ir até o pai e aos jornalistas desmentir a história.
— Talvez precisemos que ela faça isso se as coisas ficarem pior.
— Só não quero que isso a ponha em perigo. — advirto.
— Não arriscamos a segurança de nenhuma fêmea, você sabe disso. Se acontecer, será com todo reforço.
— Ok. Tenho que ir para ela agora. Mantenha-me informado. — desligo.
Respiro fundo afim de controlar meus nervos antes de vê-la. Emily simplesmente não se encaixa na minha vida. Agora mesmo tenho que ir até ela para impedir que saia da Reserva e faça alguma besteira. Eu trabalho muitas vezes com a força-tarefa humana na captura de criminosos da Mercile e no resgate de espécies encontrados. Me questiono agora: e quando eu não estiver aqui?
Eu poderia tentar me convencer que o que tivemos foi apenas sexo mas nunca foi e nunca será só isso com ela. Quando a tenho em meus braços sinto que se encaixa perfeitamente de um forma que não se encaixa na minha vida, o que é muito confuso.
Me permiti compartilhar sexo com uma fêmea humana mesmo no fundo sabendo que era um risco muito grande porque eu poderia me apegar. O pensamento de que algo ruim possa acontecer com ela e eu não esteja lá, me atormentada.
Estaciono o jipe em frente ao dormitório das fêmeas com uma freada brusca e com passos apressados subo até o apartamento onde ela está. Abro a porta encontrando-a de pé andando de um lado para o outro brincando nervosa com as mãos. Meu coração acelera quando a vejo.
— Oi. — diz quando me vê e corre para meus braços.
Engulo em seco mas ergo os braços para acariciar suas costas. Ela é pequena em meu abraço, isso só faz com que meu instinto protetor em relação a ela fique mais forte.
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