Emily Gordon
Mordo o lábio observando atentamente tudo que Creek me mostra. A Reserva é um lugar bem grande que mais parece uma pequena cidade, ela me disse que Homeland é mais parecido ainda com uma e tem mais humanos que moram e trabalham lá.
O tempo está mudando, fico ciente disso quando um vento frio passa por mim fazendo arrepiar até minha espinha. Meus cabelos estão um pouco molhados por eu tê-los lavado antes de sair. Parece que alguém conseguiu uma roupa do meu tamanho e estou vestindo ela agora, é uma calça jeans e uma blusa de manga longa branca.
Olho para a direita vendo um grupo de trabalhadores "humanos" mexendo com cimentos e blocos, minha curiosidade aguça porque parecem estar a todo vapor.
— O que eles estão construindo? — indago.
— Vamos estender mais os muros, para a segurança de todos.
— Espécies não seriam mais rápido trabalhando com esses homens?
— Sim, temos alguns que se interessam em obras mas a maioria não, aqui só fazemos o que gostamos.
— Isso é legal.
— É sim, depois de tanto tempo sendo obrigados a fazer o que não queríamos, é bom ter a liberdade de escolher.
— Fico muito feliz que agora vocês sejam livres, e pensar que vocês eram mantidos presos por uma indústria tão famosa e ninguém sabia.
— Hoje somos mais fortes e pouco a pouco capturamos um por um dos que nos fizeram mau.
— Espero que eles recebam o que merecem.
— Pode apostar que sim. — ela pisca.
— E sobre essa coisa de cio, hein? Eu acho tão estranho que vocês possam sentir quase tudo. — mudo se assunto.
— Nós apenas podemos. Ainda bem que você colocou o absorvente com perfume, do contrário seria impossível passear com você sem machos rondando. — ela diz enquanto caminhamos.
— Incomoda um pouco, mas tudo bem. Eu odeio usá-los quando estou menstruada, fico um pouco assada.
— Tyger te ensinou que precisa se limpar com lenço umedecido de uma em uma hora?
— Não. — balanço a cabeça chocada — Precisa mesmo disso?
— Sim, já que ele não te disse isso, temos que voltar antes que dê uma hora desde que saímos.
— Espero que não seja um cheiro ruim. — faço uma careta.
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