TYGER romance Capítulo 3

Sinto meu peito martelar na medida que caminho de volta para casa depois de ter lidado com todos os cinco animais com a ajuda dos meus amigos. Amanhã iremos descobrir quem os soltou.

Quando fomos libertados das indústrias Mercile, que sequestraram centenas de mulheres grávidas e bebês recém nascidos para servir de cobaia em seus experimentos, também foram resgatados os animais que assim como nós, foram vítimas de testes na tentativa de transformá-los em monstros selvagens modificando-os.

Tiravam DNA deles para colocar em nós na tentativa de criar uma espécie de máquina híbrida, mais resistente, com habilidades especiais, mais força e sentidos aguçados para sermos vendidos a países em guerra ou sermos escravos.

Os tigres e demais animais resgatados foram colocados em uma área de floresta fechada e adaptada com muros de metal quando ganhamos do governo nossa própria terra, para que não fossem perigosos para um espécie que não têm a habilidade de fazê-los recuar ou para algum humano.

Na medida que me aproximo de casa, minha mente se volta para a fêmea que salvei, ela estará lá quando eu voltar e é como se já pudesse esperar por gritos de horror assim que ela notar as diferenças na minha face, como a maioria dos humanos fazem.

Estranhamente parte de mim odiou que ela estivesse sozinha no meio de uma rua deserta cercada por floresta a noite sem ninguém para protegê-la, ela parece tão pequena e frágil.

Entro pela porta e o aroma floral logo prenchee meu olfato, tomo cuidado ao me aproximar, mas para minha surpresa encontro-a encolhida no sofá em modo fetal, sua respiração lenta me assegura que dorme. Chego mais perto para ver se está ferida em algum lugar, com a adrenalina de salvá-la e voltar para caçar o animal se quer pude pensar que talvez estivesse machucada.

Minhas narinas farejam um cheiro agradável vindo do seu pequeno corpo, vai além do cheiro frutado, muito doce... Porra! Ela está ovulando, bem no início mas já posso sentir. Machos espécies ficam loucos quando uma fêmea está nesse período que aprendemos ser chamado período fértil para fêmeas humanas, nós apenas chamamos de cio, mas elas parecem detestar esse termo.

Preciso me manter o mais longe dela possível.

Começo a estudar seu corpo me esforçando para me concentrar apenas no cheiro do seu shampoo. Ela é linda, não posso negar, suas feições humanas são delicadas, seus lábios cheios, nariz pequeno, talvez a fêmea humana mais bonita que eu já vi em todo meu tempo convivendo com eles.

O cheiro frutado do seu shampoo quase mascarou o cheiro de sangue que sinto em seguida baixando o olhar para sua perna, um joelho e os dois cotovelos estão feridos.

— Merda! — murmuro indo atrás do kit de primeiros socorros.

Volto para o sofá me abaixando em sua frente começando a tratar dos machucados, limpo com muito cuidado e faço curativos. Sinto-me aliviado por ela não ter acordado no processo, apenas se remexeu um pouco, deve estar muito cansada, todavia fiz o possível para meu toque ser o mais sensível.

Fêmeas humanas são sensíveis e frágeis, aprendemos sobre isso assim que ganhamos nossas terras pelo acaso de algum dos nossos machos terem interesse em se relacionar com elas.

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