Um bebê para o CEO italiano romance Capítulo 15

Quando chegou o final de semana, aproveitei para fazer um piquenique com o meu filho, Julia e Diogo. Era um momento nosso, e mais em família impossível. Meu filho estava cada dia mais atento e grande. O meu coração se apertava com a possibilidade de que daqui um tempo, ele não seria mais um bebê que precisaria de mim para tudo. Por outro lado, eu tinha que aproveitar cada momento, por e pelo Gio. Balancei a minha cabeça para expulsar aqueles pensamentos. Não era hora e nem lugar para aquilo.

Enquanto eu tentava fazer o meu bebê comer algumas frutas, que ele só estava usando para brincar, Diogo e Julia estavam abraçados olhando o laguinho e alguns cachorros que corriam em volta, com a supervisão de seus tutores, naturalmente. O clima estava muito agradável, mas dentro de mim habitava uma sensação estranha. Não era por nada que eu sabia ou que poderia explicar, e aquilo era o que me deixou ainda mais preocupada. Talvez apenas fosse coisa da minha cabeça. O cansaço da semana, de ter ajudado Lorena com tudo.

Foi uma coisa bem simples. Ele chegou na sexta feira pela tarde. Quim foi buscá-lo no aeroporto, e depois ele iria direto para a Tortelline, onde seria recepcionado por todos. Eu estava um pouco eufórico por conhecê-lo, mas eles ficaram demorando, e eu recebi uma mensagem de Helen dizendo que Gio estava ardendo em febre. Eu tive que sair às pressas do lugar, quase sem ter tempo para me explicar, mas acontece que o meu filho era bem mais importante. Na verdade, eu só iria saber se ainda teria o meu emprego na segunda-feira, mas eu estava torcendo para que tivesse. Caso contrário as coisas ficariam difíceis para mim.

— Eu tenho uma notícia. — Diogo falou enquanto estava na mesa de jantar. Gio já estava dormindo, havia chegado bem cansadinho. Enquanto subíamos de elevador, ele aproveitou para cochilar. Foi um verdadeiro pecado acordá-lo apenas para dar banho nele, mas o meu pequeno não reclamou, tomou banho e comeu as verdurinhas antes de dormir. — Acho que é uma notícia que vai agradar a gregos e troianos. — Ele falou, e Julia e eu nos olhamos desconfiadas e com uma certa dose de ansiedade.

— Tudo bem. Pode falar de uma vez. — Pedi, já ficando impaciente, enquanto ele olhava para nós duas com uma cara indecifrável, e aquilo me deixou muito irritada. — Diogo, eu juro por Deus que, se você não falar nada, eu vou arrancar as palavras da sua boca. — Eu disse enquanto pegava mais um pouco do risoto, que estava uma delícia. Vi ele rir em desafio, e Julia revirou os olhos para a nossa guerra interna e escabida. Sempre foi assim, e era bom estar daquele jeito com o meu irmão. Como Helen disse: Tudo aconteceria no seu próprio tempo.

— A única que está me fazendo atrasar no que tenho a dizer é você. — Ele falou, me fazendo revirar os olhos. Parei a colher antes que chegasse à minha boca quando ele voltou a falar. — Eu comprei o apartamento da cobertura. — Soltou de uma vez, fazendo Julia e eu o olharmos de olhos arregalados. A cobertura era imensa e estava vazia há um bom tempo. Agora ele vinha com essa notícia, logo depois de eu ter falado que queria me mudar.

— Isso é sério? — Julia perguntou primeiro, enquanto eu ainda olhava com desconfiança para Diogo. Ele riu e balançou a cabeça em confirmação. Foi um momento em que nós três ficamos a nos enfrentar sem saber o que dizer a partir dali, até Diogo mesmo quebrar o silêncio, proferindo as palavras que me deixaram em choque.

— O fato é que eu acho que você não precisa mais procurar um lugar pra morar, Gabi. — Ele falou, me fazendo apertar os olhos em desconfiança, e Julia abriu um largo sorriso. Eu poderia imaginar como ela havia gostado dessa ideia. Confesso que nunca me passou pela cabeça a possibilidade de achar um apartamento aqui mesmo no prédio. Não que eu precisasse de apartamento bem longe só para provar a minha independência, mas por todos já estarem ocupados, exceto a cobertura. Mas o preço não era possível com o dinheiro que eu tinha, a menos que eu vendesse um rim.

— Que… história é essa? — Perguntei, ainda dentro do meu estado de choque total. Era exatamente aquele jeito que eu estava desde que ele começou a falar, mas eu tinha uma impressão de que ainda poderia ficar pior.

— Gabi, eu sei que está na hora de você morar sozinha, eu só não aceitei que seja tão longe de mim. Nós só temos um ao outro, lembra? — ele questionou, me fazendo engolir a seco — Sempre… Eu e você. E esse apartamento, que sempre foi nosso, agora pode ser só seu. — ele falou — Além do mais, te poupa de todo o trabalho de procurar, da mudança e afins. — Concluiu, me fazendo voltar a mim com as suas palavras.

— Eu não... Eu achei que… Na verdade eu… — As palavras esperaram a falhar na minha garganta — Diogo… — falei em forma de protesto quando as lágrimas choraram a rolar sem controle pelo meu rosto. Senti os braços de Julia em volta dos meus ombros. Nem tinha percebido que ela havia se aproximado. Acho que a emoção era de ambos naquele momento, enquanto Diogo ajudava a tudo. O cretino planejou tudo, e nem Julia sabia de nada. Se ele não fosse o meu irmão, eu o mataria. Primeiro por ele ter me feito achar que estava magoado com a minha decisão; depois por dar essa notícia assim, sem nem uma preparação antes.

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