Resumo do capítulo Capítulo 28 Você está louca de Um bebê para o CEO italiano
Neste capítulo de destaque do romance Romance Um bebê para o CEO italiano, Franciele Viana apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.
— Você só pode estar ficando louco! — Afirmei ao alcançar os lenços umedecidos. Fui para o lado de Gio, onde o havia colocado na cama. Ele estendeu os bracinhos para mim, mas daquela vez eu não iria pegá-lo no colo. Se eu o fizesse, era capaz até de deixar o meu pequeno cair. Senti que eu estava trêmula depois do questionamento de Lorenzo. Eu não tive nem capacidade de olhá-lo, ou iria estrangular ele. — Nada do que eu faço ou deixe de fazer diz respeito a Quim. Nem a você e nem a ninguém! — Voltei a afirmar enquanto desviava o lenço para que Gio não pegasse. Fui passar para jogar o lenço no lixo, e ele agarrou o meu braço.
— Bella, me desculpe! Eu não quis que essa pergunta parecesse insinuar nada. — Lorenzo se justificou, segurando o meu braço que estava entre ele a cômoda, onde ficavam as coisas de Gio. Por aquele motivo eu ficava ainda mais próxima a ele. — Eu… Eu não quero nenhum outro homem perto do meu filho… Nem de você! — Abri a minha boca para falar, mas as palavras pareciam estarem presas ali. O meu olhar estava preso no dele, e apenas um grito de Gio foi capaz de desviar a nossa atenção. Ele estava em pé na cama, se balançando.
— Eu nunca coloquei ninguém na minha vida até hoje. Nem pra você, que é o pai, eu confiei em contar de primeira. Você acha que eu sou o que? — Perguntei mais baixo, mas com uma fúria necessária para fazê-lo estremecer e engolir a seco.
— Você não me contou, Bella. — Ele falou e eu revirei os olhos. Ele tinha que levar tudo tão ao pé da letra? — Não se esqueça disso. Mas não vem mais ao caso, o que importa é que não é só por segurança que eu não quero outro homem perto de vocês. — Lorenzo falou, e eu engoli a seco. Meu coração estava acelerado, muito acelerado, e as minhas mãos suavam devido às suas palavras e pelo jeito como me olhava.
— Lo… Lorenzo… — Gaguejei ao senti-lo mais perto, ao sentir a sua respiração terminar na minha. Sabia o que viria a seguir, mas também sabia que não podíamos. Giovanni estava bem ali, brincando com o saquinho de lenços. — Por favor… Agora não. — Ele encostou a sua testa na minha e me liberou. Fui até o banheiro e joguei os lenços sujos no lixo, mas antes de sair eu me apoiei no mármore da pia. Meu corpo estava quente, meu coração acelerado e a minha respiração estava irregular, como se eu tivesse corrido uma maratona.
Do banheiro eu o ouvi brincando com Gio e aproveitei para ficar ali um pouco e tentar me acalmar. Olhei o meu rosto no espelho e ele estava avermelhado até a altura do meu pescoço. Abri a torneira e me joguei um pouco de água, no intuito de fazer aquela vermelhidão sumir. Enquanto olhava meu reflexo, várias perguntas surgiram na minha cabeça. A principal delas era: Que merda eu estava fazendo da minha vida? Já não bastava o que havíamos feito mais cedo? Como, em menos de vinte e quatro horas, a minha vida tinha virado aquilo? Eu precisava que Lorenzo se afastasse para que eu pudesse pensar direito.
Quando eu saí do banheiro, Lorenzo estava sentado na cama com Gio em seu colo. Meu filho brincava com a mão dele. Gio sempre foi um menino doce e nunca estranhava ninguém, e aquilo não seria diferente com o próprio pai. Precisávamos decidir como iríamos introduzir a presença de Lorenzo na vida do nosso bebê. Não iria ser tão fácil por vários fatores. Apesar de Gio ter tido um bom entrosamento com ele, tinha Diogo, que era a presença mais constante na vida do meu filho, e eu não queria bagunçar a cabecinha do meu pequeno.
— Eu acho melhor você ir embora. — Pedi a Lorenzo, e ele levantou os olhos pra mim. Por um momento passaram ceticismo por eles; logo depois, incredulidade. Lorenzo depositou um beijo na cabeça de Gio, o colocou de volta sentado na cama e, logo, meu filho voltou a se espalhar. Engoli a seco quando Lorenzo começou a caminhar para mim, dei alguns passos atrás e parei ao me bater com a mesma cômoda.
— Nós ainda temos muito o que conversar, Gabriela. — Tornou a afirmar, e eu voltei a ser Gabriela? Que homem inconstante. E o pior: Era que ele estava me deixando louca. Eu balancei a minha cabeça e tratei de me esquivar. Eu sabia muito bem o que ele queria conversar, mas eu já havia decidido que aquele não era o melhor momento — pra mim e para a minha sanidade mental. O olhei nos olhos, mas não foi uma boa ideia.
— Sim. E eu estou dizendo que vamos fazê-lo, mas não hoje. Até que tenhamos resolvido tudo, eu gostaria de que isso ficasse entre nós.
— Ora. Não se faça de sonsa. Você dever ter sido bem convincente com o idiota do Quim. — Serena falou, e eu segurei a minha raiva — Ele mandou-a diretamente para a contratação sem verificar os seus antecedentes. Mas eu posso jurar que você tem algum segredo. — Falou, me fazendo gelar. Toda a raiva que eu estava sentindo permanecia, mas o medo se instaurou em mim junto às suas palavras. Ela percebeu aquilo e deu-me um sorriso de vitória.
— E eu posso jurar que ameaço os seus planos. Sejam eles quais forem. — Foi uma tentativa de fugir da mira dela e, por incrível que pareça, aquilo deu certo. Vi o canto de seus lábios tremerem. Eu reconhecia aquilo, pois era o mesmo que acontecia comigo, só que eu nunca tive a intenção de prejudicar ou discriminar, muito menos humilhar ninguém. Já não poderia dizer o mesmo dela. — O que foi? Quer dizer que você tem planos realmente? — Abri um sorriso digno de alguém que acabara de virar o jogo. Ela balançou a cabeça em negativa, mas sem dizer mais uma palavra. Eu quase ri com aquilo.
— Você está louca! Está completamente louca. Não tem plano nenhum! — Afirmou — Está me usando para desviar o assunto! — Dei de ombros. Ela sabia bem que aquilo não era verdade, e eu não precisava provar nada. Passei pela mesma jogando um beijinho em sua direção, sentindo-me a cada passo mais confiante.
Apesar de ter feito a fina e não ter olhado para trás, eu daria tudo para ver a cara de Serena depois que a deixei. Mas infelizmente não tinha como aquilo acontecer. Se eu o fizesse, sentia que iria dar espaço para que aquilo continuasse, e aquela não era a minha vontade. Eu sabia que teria um longo dia pela frente. A contar pela forma como ele começou, eu tinha fortes impressões de como terminaria. Me assustavam os pensamentos, mas eu sabia que eu não poderia voltar atrás. Desde que botei os pés fora do apartamento hoje cedo, aliás, há dois anos atrás, aquele era um caminho sem volta e sem arrependimentos.
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