Resumo de Capítulo 42 Serena – Capítulo essencial de Um bebê para o CEO italiano por Franciele Viana
O capítulo Capítulo 42 Serena é um dos momentos mais intensos da obra Um bebê para o CEO italiano, escrita por Franciele Viana. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.
Eu estava fervendo de raiva. Aquilo não podia estar acontecendo, não podia! Aquela maldita garota. Era tudo culpa dela e daquela maldita criança. Eu fiquei totalmente transtornada quando Rodolfo me falou da maldita criança. Eu sei que agi no calor da emoção e acabei enfiando os pés pela mão. Eu estava lá apenas para conversar com Átila e Lorenzo e, talvez, sondar mais a respeito do bastardo, mas eu tinha que não segurar a minha língua. Rodolfo não iria ficar nem um pouco contente quando ele soubesse daquilo.
Joguei todas as coisas da minha penteadeira no chão, a raiva borbulhava em mim como espumas de um champagne barato. O meu apartamento não era tão grande, mas eu queria um dez vezes maior do que aquele. Tentei conseguir aquilo com a minha aproximação com Lorenzo, mas o italiano era escorregadio. Há dois anos atrás ele havia fugido de mim como o diabo fugia da cruz e, quando retornou, deixou bem claro que não queria aproximação. Eu não entendia o motivo daquilo. Nunca fui de se jogar fora, mas agora estava tudo claro para mim. Era tudo por causa daquela maldita garota e o bastardo.
Acontece que Rodolfo também a queria, e ele andou querendo saber de tudo sobre a garota desde que a viu no Veneza. Eu não sabia o que a maldita tinha e também não queria saber, mas eu queria me dar bem em toda aquela história. Por pura maldição eu tinha cometido um erro e tinha que ver um jeito de reverter aquilo, para o bem da minha aposentadoria e da vida boa que eu pretendo ter. Não que o salário do Veneza não seja bom. Mas eu sempre almejo mais e farei de tudo pra conseguir chegar no topo com os meus objetivos. Tive um sobressalto ao ouvir o barulho, mas logo me recompus, sabendo do que se tratava.
— Entre. — Falei e dei passagem para que o deputado entrasse, e assim ele o fez. Seus seguranças não o acompanharam. Ao menos ali dentro eles não precisavam, mas certamente eles estavam lá embaixo. O deputado não seria tão despreparado a tal ponto, já que ele sabia que era alvo de muitas revoltas populares. Rodolfo não era um exemplo de um político bom e honesto. — Não repare a bagunça, eu estou fazendo uma pequena reforma. — Ironizei a situação quando ele começou a passar por cima dos vidros de bebidas e copos que eu havia atirado no chão.
— O que você fez? — Questionou. Achei que ele estava falando sobre os cacos no chão. Mas, quando ele se virou para mim, eu pude ver que ele estava se referindo a tudo o que aconteceu mais cedo. Claro que ele já estava sabendo daquilo, e eu nem queria saber quem lhe contara. Também não era nem um pouco da minha conta, porque tínhamos coisa mais importante a resolver. — Ficou louca? O que estava pensando? — Voltou a questionar, dando um passo em minha direção, e eu levantei o dedo, o parando.
— Nem mais um passo. Você não me mete medo, deputado. — Levantei as mãos — Eu sei que fiz merda. Mas já está feita e não tem volta. Agora só nos resta dar um jeito de que você consiga o que quer sem a minha presença por lá. — o homem levou a mão aos cabelos e soltou um suspiro exasperado. — Eu acho que Lau… — Ele se aproximou mais, com uma voz cortante, me impedindo de falar alguma coisa a mais.
— Você vai voltar para lá. — Afirmou, e eu engoli a seco. Ele só podia estar ficando louco. Eu havia saído de lá praticamente enxotada, e ele vinha com aquela história agora. Não tinha a menor possibilidade de Lorenzo voltar atrás. Eu o conhecia desde que ele começou os seus negócios no Brasil. — Se humilhe, diga que estava fora de si, faça qualquer coisa para que você volte — Ele falou, me deixando chocada. Estava louco se achava que iria me prestar àquilo.
— Você sabe que irá esperar isso sentado, não é? — Questionei, e ele soltou um suspiro cansado. Eu não iria dar aquele gostinho àqueles medíocres daquele lugar. Eu vi na cara de cada um como eles gostaram de ver a minha humilhação. Amaram me ver sendo escorraçada dali praticamente. — Eu vou ficar apenas o tempo de eles acharem alguém, e espero que não demore. — Falei de cabeça erguida, com o meu orgulho intacto.
— Não seja burra. Preciso de você lá. Você sabe muito bem que só dará certo com alguém de confiança por perto, e esse alguém é você. — Apertou as mãos em punho — Serena, eu preciso que você me ajude. Você sabe que será muito bem recompensada. Diga-me quando você quer agora, apenas para esfriar a sua cabeça e fazer o certo? — Questionou, me fazendo abrir um sorriso. Agora nós estávamos falando a mesma língua.
— Tudo certo. Faça a sua parte e escolha o apartamento. — Ele falou e não esperou uma resposta. Abriu ele mesmo a porta e sumiu das minhas vistas depois de passar por ela. Fechei a porta e me vi sozinha novamente no meu pequeno apartamento. Eu teria que armar um plano para que acreditassem no meu arrependimento.
Não iria ser fácil ter que mudar algumas coisas no meu jeito. Mas, se eu quisesse que os idiotas acreditassem em mim, teria que deixar o meu verdadeiro jeito de molho um pouco. Eram táticas antigas, e uma Serena Ribeiro que eu nunca pensei que fosse usar até o momento. A sede de dinheiro que Rodolfo alimentava em mim era o exato combustível para tudo aquilo. Ele buscava em mim a menina pobre e morta de fome, que sonhava com uma vida farta e cheia de luxo tal qual ela via na TV dos vizinhos, pois os pais eram pobres demais para ter uma televisão.
A vida era injusta e desigual, mas eu venci e, hoje, eu tinha muitas coisas que sonhei ter um dia. Só que eu queria bem mais. Como ter as coisas não era considerado pecado, o ato não me importava. Se eu tivesse que ir ao extremo para conseguir o que queria, era aquilo que eu iria fazer. Tudo para não voltar jamais à vida miserável de onde eu saí. Terminei de tomar todo o resto da bebida que havia na garrafa. Para aturar aquelas pessoas — e até a mim mesma — fingindo ser uma boa pessoa, eu precisava estar bastante embriagada. Aquela era a melhor solução que eu havia encontrado.
Alguma coisa dentro de mim me mandava ficar firme e com foco. Mas outra parte só mandava que eu bebesse para aturar os imbecis. Eu não tinha culpa de ser superior a eles e iria provar aquilo muito em breve, afinal, me chamava Serena.
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