Um bebê para o CEO italiano romance Capítulo 43

— Isso aconteceu realmente? — Julia questionou, chocada depois de eu lhe contar tudo o que havia acontecido. Estávamos no meu apartamento, e eu estava trocando Gio enquanto ela me dava assistência, e meu bebê se movia como se quisesse fugir dali. Sorri para ele, que fez uma cara de bravo, tal qual o seu pai fazia. — Isso tudo é demais para digerir, mas não posso dizer que não seja totalmente emocionante. Fico com inveja de quem trabalha nesse lugar e tem acesso a todo esse nível de emoção. — Revirei os meus olhos para ela.

— Eu posso te dar uma emoção agora mesmo. — Passei para ela a fralda, uma verdadeira bomba atômica de fedentina. Ela só queria saber da parte boa, que era pegar o meu filho limpo e cheiroso. Pois que lidasse com aquilo. Ela fez uma cara de nojo e ganhou uma gargalhada minha e de Gio, que me acompanhou, mesmo sem ter ideia de nada do que acontecia. Eu não poderia julgá-lo. — O que me diz? Não gostou? — Questionei fingindo inocência, e ela se afastou sorrateiramente.

— Você tem um jeito tão agradável de cortar um clima. Justo quando eu me permiti ficar chocada com a história. — Balancei a minha cabeça e tirei o meu bebê totalmente limpo e cheiroso da cama. Ele, com seus passos incertos, foi até os seus brinquedos e, para ele, era o paraíso. Nem poderia imaginar que ao redor estava instaurado o completo caos. — Nossa. O que a mãe anda dando para ele comer? — Questionou ao voltar para perto da fralda. Segurei o meu riso para as caretas que ela fazia.

— Não seja dramática. Isso nem combina com você. — Falei, e ela revirou os olhos — Sabe que uma coisa que está me deixando totalmente intrigada? — Ela virou-se para mim com curiosidade. — A proximidade de Serena com o deputado. Eu não gosto nadinha dos dois, mas os dois juntos me deixam arrepiada, e não de um jeito bom.

— Eles que não se atrevam a mexer com você ou com o Gio. Eu não respondo por mim. — Julia falou, e eu levantei a minha sobrancelha em direção a ela. — E também parece que o Lorenzo é capaz de defender vocês. — Disse parecendo envergonhada e ganhou um riso meu — Admito. Ele não é o cara que eu pensei que fosse, e me sinto uma idiota por julgá-lo de modo precipitado. — Balancei a cabeça, pois aquilo já era passado.

— Acho que ele já superou isso. Caso não fizesse, teria uma vida inteira para isso. — Foi a vez dela levantar a sobrancelha com as minhas palavras. Fui até o lugar onde havia guardado a nova certidão de Gio e a entreguei a ela, que olhou o papel em mãos, chocada e emocionada ao mesmo tempo. — Agora o meu, o nosso filho é Giovanni Nolasco Mancini. — Falei, e ela desviou o olhar para mim. Julia sabia que aquilo era importante para mim e para o meu filho.

— Eu fico tão feliz, Gabi. Acho que agora vocês poderão ser felizes juntos e… — Parou de delirar ao ver que eu a olhava atentamente. Julia era bem pé no chão, mas naquele momento ela estava parecendo Lorena com suas divagações. — Eu acho que exagerei um pouco. Um pedaço de papel não é a segurança de felicidade. — Agora era a Julia que eu conhecia e eu gostava. Às vezes. Tinha vez que ela não ajudava em nada com seu pessimismo.

No momento em que eu ia falar algo, o meu celular vibrou com um alerta de nova mensagem. Era Lorenzo. Na verdade, era um convite para uma noite romântica. Senti que o ar faltava aos pulmões ao ler a mensagem. Ele tinha razão ao dizer que nós fugíamos ao convencional, pois nós estávamos praticamente começando depois de Gio. Bem, eu não poderia querer um relacionamento convencional e monótono. Não quando eu tinha o meu deus italiano e um fruto da nossa mais louca e avassaladora paixão. Julia leu a mensagem assim que eu passei o celular para ela. Se ela ainda tivesse algo contra Lorenzo, iria cair por terra naquele exato momento, no segundo que constatasse como o homem não era só lindo, quente e milionário. Lorenzo era fofo, e aquilo ficou bem evidente.

Julia pegou como uma missão de vida me ajudar a escolher algo maravilhoso para a noite, que prometia ser ainda mais maravilhosa. Eu não podia me opor a isso, ou nós duas entraríamos em uma guerra sem data para terminar. Eu não errei em deixar que Julia me ajudasse a escolher um vestido. Um que caía perfeitamente bem no meu corpo, deixando as curvas que eu havia ganhado mais em evidência. Curvas que eu amava, pois elas e as estrias me lembravam do tempo em que o meu pequeno ainda estava dentro de mim.

— Uau! Dio mio! Queste bellissime! — Lorenzo falou assim que eu cheguei na sala. Diogo havia aberto a porta para ele. Os dois me olhavam embasbacados, mas ambos tinham ideias bem diferentes do que fazer comigo. Lorenzo também estava maravilhoso dentro de um dos seus ternos sob medida. A verdadeira personificação da beleza masculina e, naquela noite, seria todo e completamente meu. — É a visão mais perfeita e preciosa que eu já tive. — Ele falou, e vi Diogo balançar a cabeça também. Caminhei até Lorenzo, cortando a distância.

— Ciao. — Falei, e ele abriu um sorriso e respondeu um “Ciao, Bella!” — Você está incrível! — Eu disse, e ele beijou a minha mão, segurando-a entre as suas. O ambiente parecia ter apenas eu e ele, devido ao jeito que nos olhávamos e à tensão sexual presente. Tudo aquilo era compartilhado apenas por nós dois. Tivemos que sair daquele transe com o pigarrear de Diogo e um gritinho de Gio.

— Obrigado por ficarem com o Gio. — Olhei pra Diogo e Julia — Eu acho que não vamos demorar? — Falei incerta e, pelo olhar de Lorenzo, vi que chegaríamos cedo — do dia seguinte.

— Por Deus, Gabriela! Eu ainda não estou pronto para ver e ouvir certos tipos de coisa. — Diogo falou de modo dramático, arrancando risadas de todos os presentes. — Agora sumam da minha frente! — Então eu fui até ele, o abraçando por trás, porque o dramático até o último tinha virado as costas. Senti que ele amoleceu com os meus braços em volta dele.

— Eu te amo. Mas às vezes você é um pé no meu saco! — Falei e ouvi um riso baixo vindo dele.

— Olha só quem fala! — Resmungou, arrancando mais risos de todos. Olhei para Julia, e ela deu-me uma piscadela de que iria ficar tudo bem, e daquilo eu não tinha dúvidas. — Se divirtam! — Falou ao se virar para mim e segurar o meu queixo, fazendo-me olhá-lo — Você está tão linda. Nem parece que algum tempo atrás eu estava trocando as suas fraldas. — Fiz uma careta com as suas palavras e me afastei dele.

— Totalmente desnecessária a sua fala. — Falei, e ele riu. Senti as mãos de Lorenzo em volta de mim, me guiando pra fora do apartamento. Eu não iria ver o meu bebê, pois tinha medo que ele acordasse. Tinha sido um sacrifício fazê-lo dormir. — Até mais. — Me despedi, e seguimos em direção à nossa noite.

Quando entramos no elevador, as minhas costas foram parar na parede de metal e logo a boca de Lorenzo estava colada na minha. Seus lábios pressionando os meus e pedindo passagem a todo custo. Sua língua logo estava buscando a minha vida de maneira esfomeada, e suas mãos me apertavam. Naquele momento eu nem temia que fosse ficar toda amassada. O calor dos braços dele e os seus lábios nos meus eram tudo o que eu mais queria e me importava no momento.

— Quis… fazer isso desde que a vi assim… tão linda e minha. — Ele falou, com a testa recostada à minha. Nossas respirações lutando para se acalmarem. Meu coração estava a ponto de sair pela minha boca, e eu poderia jurar que com ele não era nem um pouco diferente. — Tem noção de quanto é linda? — Sua pergunta, feita de forma sôfrega, me fez arfar e arder mais em desejo.

— Lorenzo… Não deveríamos nos concentrar no jantar? — Questionei, e ele bufou. Eu quase ri, mas acontece que eu estava em estado de combustão em demasia para poder conseguir sequer rir no momento.

— Cazzo! Que se foda o jantar se eu não puder beijá-la! — Tudo bem. No quesito fofura ele havia caído um décimo no meu conceito, pois aquilo não foi nem um pouco fofo. Lorenzo era quente demais, sensual e delicioso demais para ainda ter que ser fofo. Não custava nada desejar que ele o fosse. Mas só de pensar o que ele fazia comigo na cama e não necessariamente nela, eu preferia a versão safada dele.

— Você pode beijar. Mas eu quero tudo da noite maravilhosa que me prometeu. — Falei, e ele se afastou, nos recompondo.

— Tem razão, Bella. Você merece tudo, e eu lhe darei. Mas a noite terminará com você gemendo o meu nome. — Eu não tinha a menor dúvida daquilo.

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