Um bebê para o CEO italiano romance Capítulo 44

No momento em que eu vi Gabriela na sala do apartamento dela, confesso que perdi um pouco do rumo sobre o que iria fazer. Eu não deveria ficar surpreso com aquilo, já que ela tinha o mesmo efeito sobre mim. O mesmo que tinha há dois anos atrás. Eu até podia jurar que ela tinha um pouco mais. Não era pra menos, bastava vê-la pra que todos os poros do meu corpo se acendessem. Eu odiava vê-la assustada e amedrontada, como eu a vi quando Serena estava falando aquelas coisas sobre ela e o nosso filho. Eu não tinha nada contra Serena, mas não iria deixar ela e nem ninguém fazer mal a eles dois.

Ver o meu nome na certidão do meu filho foi a coisa mais incrível. Além daquilo, só mesmo a emoção que foi vê-lo pela primeira vez e saber que eu o tenho. Sabia que, agora que ele tinha o meu nome, a minha família não iria me dar o menor sossego. Mas eu estava preparado para encará-los. Tudo por Gabriela e Gio. Voltei toda minha atenção para a mulher ao meu lado. Gabriela estava tão linda e com um sorriso enorme estampando o seu rosto. Eu sentia o gosto dos lábios dela ainda tão recente depois do momento no elevador. Ela apertou a minha mão que segurava a dela, enquanto a minha outra mão se mantinha firme no volante.

— Você vai fazer mistério sobre o lugar que vamos? — Ela questionou, e eu ri, parei o carro no sinal vermelho e a encarei. Ela tinha os olhos brilhando de curiosidade, seu vestido verde musgo deixava os seus olhos ainda mais acesos. O vestido era elegante, com um caimento leve e um corte que acentuava as curvas dela. Tinha um decote fundo nas costas, que ia até o topo da sua bunda, já na frente não revelava nada. Aquilo deixava-me alucinado, e eu poderia dizer que a qualquer homem. A tática de Gabriela era me fazer ter um infarto e ela iria conseguir.

— Eu achei que já tivesse te falado sobre isso. — Me fiz de desentendido e ganhei um olhar apertado dela. Levei a sua mão à minha boca, depositando um beijo no dorso. Gabriela passou a ponta da língua em seus lábios, e eu acompanhei o movimento. Ela havia retocado o batom vermelho que usava, e tinha sido um dos principais motivos de eu ter atacado a sua boca mais cedo. Sem contar no salto, que deixava as suas pernas longas e deliciosas ainda mais perfeitas. — Nós vamos a um restaurante francês. — Falei, e ela deu-me um olhar questionador.

— Comida francesa?! Achei que fôssemos para o Tortelline. — Afirmou, e eu balancei a minha cabeça em negação. Na verdade, a minha ideia inicial era aquela. Só que eu queria desfrutar de um momento com ela sem parar para atender alguém que gostaria de bajular o dono. Sem contar que eu queria exibir aquela mulher para o mundo. Eu sou um cara possessivo, mas não ao ponto de manter Gabriela escondida, desejando que eu apenas a visse. Queria que todos a admirassem, só para, no fim, descobrirem que ela era minha. Inteiramente minha.

— Eu prometo que você vai gostar, Bella! — Falei, e ela deu-me um sorriso encantador, fazendo-me sentir o homem mais sortudo só por tê-la ali. Só de pensar em quantas vezes eu desejei aquilo, chegando a sonhar acordado. Eu não me orgulhava daquilo, mas já havia ficado com outra pensando nela. Em um curto momento de embriaguez, cheguei a vê-la. Eu não me permiti parar no momento e nem me senti arrependido depois, mesmo depois de a garota ter saído xingando até a minha terceira geração ao me ouvir confessar a verdade.

Assim que eu estacionei em frente ao Dubouis, saí do carro e dei a volta, abrindo a porta para que Gabriela pudesse descer. Adrien Dubouis era um velho conhecido de negócios. A sua família, tradicional da França, tinha negócios com a minha família. Negócios que envolviam a bendita empresa, mas nós dois fomos as frutas que caíram bem longe do pé. Cá estávamos nós, do outro lado do continente, vivendo de suas ideias e negócios próprios.

Quando o manobrista pegou as chaves da minha mão, não deixei de reparar como ele olhou Gabriela. Eu tinha imaginado que iria suportar aquele tipo de admiração para com ela; eu tentei me convencer daquilo até ver de fato como os homens ao redor olhavam para ela. Eu não queria bancar o homem das cavernas que eu nunca fui, mas acontece que eu não imaginava que o meu sentimento de posse fosse acabar surgindo. A minha ideia de um neandertal era trancar ela em um lugar onde só eu tivesse acesso.

— Você quase arrancou os dedos do manobrista. — Ela falou entre dentes, enquanto a hostess nos levava ao nosso lugar. Sinceramente, nem dei muita atenção ao que ela estava falando. Mirei cada um que olhava a minha mulher, enquanto a minha vontade era arrancar o meu terno e cobri-la. Onde é que estava o homem liberal de minutos atrás? Eu me fazia aquela pergunta silenciosamente. Na verdade, eu achei que não fosse tão difícil. Eu deveria imaginar algo do tipo, em se tratando daquela mulher e dos efeitos que ela tinha.

— Ele quase a comeu com os olhos. — Falei enquanto ajeitava a cadeira dela. Aproveitei para deixar um beijo em seu ombro, e a pele de Gabriela se arrepiou por inteiro, me fazendo soltar um pequeno sorriso de apreciação. Dei a volta, sentando no meu lugar, mas não sem olhar em volta, medindo cada um. Mas todos já tinham voltado suas atenções para o que quer que estivessem fazendo. — Além do mais, não foi para tanto. — Dei risada, e ela revirou os olhos. Eu só havia apertado a chave na mão do pobre coitado.

— Achei que você não fizesse o tipo neandertal. — Ela falou, e eu levantei a sobrancelha em direção a ela. Mal Gabriela sabia que aquilo era novo pra mim também. Olhei-a e vi a provocação de leve em seus olhos. Sorri de modo a quem estava disposto a ganhar aquilo. Só que no momento nós fomos interrompidos pela entrada das nossas bebidas. — O lugar é realmente incrível. — Admirou-se, e eu balancei a minha cabeça em concordância.

Depois da entrega das nossas bebidas, pedimos uns croissants com patê de queijo e azeitona de entrada. O prato principal foi um confit de canard com batatas e alho dourado, tudo acompanhado do melhor vinho da casa. Deixei que Gabriela escolhesse a sobremesa, já que só ela iria comer. Doces não eram muito a minha área, mas ela poderia fazer e pedir o que quisesse e, assim ela o fez. Gabriela escolheu um Crème brûlée e pareceu-me totalmente inofensivo. Até o momento em que a diaba levou a colher à boca e gemeu ao sentir o doce.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Um bebê para o CEO italiano