Um bebê para o CEO italiano romance Capítulo 48

— Quero saber o motivo de eu ter ficado sabendo por Lorena que o meu filho estava passando mal. — Lorenzo falou no meu ouvido, enquanto eu estava recostada a ele. Eu não seria capaz de nada no momento. Não até Diogo me falar que estava tudo bem com o meu filho. Até mesmo a raiva que eu estava sentindo por ele ter acreditado em Serena, naquele momento não tinha a menor importância. Senti ele me apertar mais contra si quando percebeu que de mim não teria nada, mas eu sabia que aquele assunto estava muito longe de ser finalizado.

Segundos, minutos se passaram, só que para mim era como se fossem horas que eu estava ali, sem nenhum tipo de notícia. Já estava a ponto de invadir a sala que o meu irmão estava com ele e uma enfermeira, quando o vi saindo de lá sozinho. Me soltei de Lorenzo e fui correndo em sua direção. Acho que o meu olhar aflito e questionador falou por mim no momento em que eu frente a ele, quase abrindo a sua boca e puxando as palavras dali. O silêncio e a expectativa que se formou foram agonizantes. Senti as mãos de Lorenzo, daquela vez em forma de apoio, e eu confesso que respirei mais confiante.

— Diogo, pelo amor de Deus. Se você não falar nada, eu vou enlouquecer. — Vi ele rir, um sorriso era coisa boa. Se estava sorrindo era porque estava tudo bem com Gio, ou iria ficar. Eu tinha fé nos dois. — Se você não falar nada, juro que não te considerarei mais meu irmão. — Falei um pouco fora de mim, tomada pela agonia, e ele revirou os olhos.

— Gabriela, se você tivesse deixado, acho que ele já teria dito. — Helen falou, e ouvi um riso de Lorenzo e lancei um olhar de reprovação em direção aos dois.

— Está tudo bem com Gio. Só um começo de virose, e uma pequena inflamação na garganta, mas eu já ministrei algumas gotinhas de remédio pra ele. — Diogo explicou, fazendo-me soltar um suspiro de alívio. — Por que não me ligou antes, Gabriela? — Diogo perguntou, e eu quis esganar ele, por achar que eu teria tempo de ligar para ele ou qualquer outro alguém com o meu filho passando mal. Ele estava totalmente fora de si.

— Você acha mesmo que eu iria sair ligando para todo mundo? A primeira coisa que eu fiz foi ir até a casa de Helen e correr até a clínica. — Falei. Talvez um pouco alto demais para o lugar e senti a mão de Lorenzo me segurando no lugar. Eu nem percebi que andava furiosa em direção ao meu irmão. E ele se afastava, à medida que eu dava mais um passo até ele.

— Tudo bem. Foi uma pergunta idiota. — Ele falou levantando as mãos em rendição — O importante é que está tudo bem com o pequeno. — O clima amenizou novamente — Helen, ele vomitou? — Diogo perguntou, e vi Helen balançar a cabeça em negativa. — Ótimo. Ele já vai poder sair em alguns minutos. Vai ficar sonolento por causa do remédio.

Diogo voltou para a sala onde tinha deixado Gio com a enfermeira, os braços de Lorenzo voltaram a me puxar pra ele, e eu me permiti relaxar daquela vez com um verdadeiro alívio. Não demorou muito pra que eu tivesse um Gio totalmente sonolento em meus braços. Depois de algumas recomendações de Diogo, nós estávamos voltando para casa. Gio estava dormindo como se nada tivesse acontecido. Estava quente por conta da febre, mas eu sabia que ele iria melhorar. Meu sentido de mãe não me enganava.

Assim que chegamos no prédio, Helen foi pra casa com a certeza de que tudo ficaria bem. Lorenzo e eu fomos para o meu apartamento, e eu levei Gio para o quarto. Ele nem sequer se moveu. Continuava a dormir com a sua respiração ritmada. Eu fiquei ali por um tempo, sabendo que, no momento que eu voltasse para a sala, teria uma longa conversa com Lorenzo. Puxei uma longa respiração ao fazer o caminho até lá. Ele não estava ali, fui encontrá-lo na cozinha preparando alguma coisa em meu fogão.

— Sei que não comeu nada hoje. Resolvi fazer um omelete de claras com gergelim para você. — Ele falou sem virar-se para mim, mantendo a sua concentração no que estava fazendo. Resolvi não falar nada e nem contestar, apenas sentei e fiquei ali, o observando. Ele se mexia pela cozinha com desenvoltura e facilidade em preparar qualquer coisa. Logo ele colocou um prato na minha frente, e só me dei conta que estava morrendo de fome quando senti o cheiro maravilhoso da omelete.

— Está uma delícia. — Falei ao mastigar o primeiro pedaço, e ele deu-me um riso enquanto mantinha-se recostado a pia, com os braços cruzados e me observando. Assim que eu terminei ele retirou o prato e sentou-se à minha frente, me senti uma adolescente na sala do diretor. Em outro momento aquilo até desencadearia uma fantasia em mim, só que o momento era de seriedade.

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