Um bebê para o CEO italiano romance Capítulo 65

— Gabriela… — Me assustei ao ouvir o meu nome ser chamado. Aquilo estava virando um hábito. Ou queria me fazer ter um infarto. Virei, dando de cara com Rodolfo. Puxei uma longa gata e lhe ofereci um sorriso.

— Rodolfo, eu não estava… — Levei a mão ao coração, fingindo ter me assustado. Era uma forma de esconder a minha repulsa por vê-lo. Principalmente depois de um dia tão tumultuado.

— Eu estava do outro lado, esperando você sair. — Ele falou, e eu engoli um seco. Eu não o vi. Ele estava sozinho, sem os seguranças naquela vez, e aquilo o que deixou mais assustador — Eu sinto tê-la assustado. Só queria saber como ficou depois daquele dia? — Franzi o cenho, tentando descobrir do que ele estava falando, até me dar conta do que se tratou. E eu quase estraguei tudo. Lhe oferece um riso sem graça antes de começar a falar:

— Não. Eu simplesmente não consigo confiar em Lorenzo. — Afirmei, e ele se aproximou mais. Me mantive firme, com o pensamento de que aquilo era realmente necessário. — Não depois de tudo. Pode ser apenas invenção de Laura, mas não sei o motivo de ela inventar isso, afinal. Só que eu não quero me arriscar.

— Homens como o Mancini não ficam só com uma mulher, Gabriela. É uma pena, porque você vale por muitas. — Falou, e eu sustentei um sorriso para não dar espaço à minha cara de nojo. Eu tinha começado aquilo e tinha que ir até o fim. De todo o modo.

— É muita gentileza sua. Mas sei, eu acho que ele e Serena têm muito em comum. — Eu disse, e ele balançou a cabeça em concordância. Engoli a seco ao entrar naquele assunto. — Por isso eu acredito que eles têm algo, e eu não aceitei um relacionamento aberto.

— Ela não é metade do que você é. — Rodolfo disse e segurou a minha mão que estava fria. Por sorte ele não se atentou àquilo. — E o Mancini é um idiota. Comigo você seria tratado como a rainha que é. — Eu balancei a minha cabeça por não saber o que falar com aquilo. — Você ainda pode ser. É só me dizer. — Engoli a seco.

— É muito gentil da sua parte. Mas agora eu só quero focar no meu filho. — Vi uma sombra tomar os seus olhos quando eu falei do meu filho e aquilo me assustou.

- Ah sim. O filho do Mancini. — Ele falou, como se só tivesse se dado conta da existência do meu Gio naquele momento. Aquilo me irritou bem mais do que eu gostaria e eu não tive controle sobre as minhas palavras.

— O meu filho. Não esqueça que ele saiu de mim. — Fui firme, e ele segurou as mãos em rendição — Eu acho melhor eu ir andando. Obrigado por se preocupar comigo. — Falei estrategicamente, e Rodolfo me segurou quando eu tentei passar por ele.

— Eu sinto muito, Gabriela. Deixe-me levar-la para casa. — Pediu, e eu pensei em recusar, mas o meu objetivo não era aquele. Eu balancei a minha cabeça em concordância, e ele me guiou até o carro, que estava parado um pouco mais à frente.

Assim que ele parou em frente ao prédio eu desci. Ele administração até ali sem que eu lhe desse instrução nenhuma de como chegar até minha casa. Achei aquilo bastante suspeito, mas apenas deixei passar, para o bem do meu plano e da minha sanidade mental. Me despedi de Rodolfo a contragosto dele e para o meu alívio total.

Fechei a porta atrás de mim e respirei bem mais aliviada naquele momento. Eu estava na segurança do meu lar e sem a presença arrepiante de Rodolfo — e não era um arrepio bom que ele causava em mim, só que eu precisava aprender a controlar aquilo. Apesar de ser um corrupto e ter um interesse em mim e nos negócios de Lorenzo, acho que ele não era tão ruim. Mas aquilo era o que eu sentia.

— Eu não gosto de você na companhia desse Figlio de una putana. — Me assustei com as palavras de Lorenzo. A sala ainda estava escura, uma parca luz entrava pela janela. Eu podia ver apenas a sua silhueta e a raiva que a sua voz exalava.

— Lourenço. Por Deus! — Falei levando a mão ao peito. Os ouvintes votaram a se acelerar com o susto. Literalmente o desejo de todos eles era me matar do coração — e eu nem tinha trinta anos ainda! Pelo visto eu nem chegaria até lá.

— Ele tentou algo com você? Bella… Per Dío, eu não vou suportar esse seu plano por muito tempo. — Ele falou, e eu revirei os olhos em sua direção. No momento eu tinha as minhas próprias perguntas para Lorenzo.

— Onde você foi ao sair do escritório? Por que não voltou? E que diabos está fazendo aqui? — Questionei e comecei a caminhar em direção a ele, fazendo-o afastar-se para trás. — Você saiu sem uma explicação sequer e agora aparece aqui.

— Eu fui até o hotel em que Dominique está hospedado. — Ele afirmou, e eu apertei os olhos — Eu quase o joguei da janela e também adorei descobrir que nunca teve cláusula que faria a chácara ser dele. — Falou tudo de uma vez, me deixando atônita.

— Então... — Deixei as palavras no ar. Se não tinha cláusula nenhuma, os pais dele… Nossa! Era muita coisa para ser digerida em um dia apenas.

— Sim. Era apenas pressão por conta de um líquido. E todo esse tempo as terras do Nonno sob a responsabilidade daquela crápula. Eu estou irritado com os meus pais, mas ao mesmo tempo estou feliz por descobrir isso. — Mas eu senti que tinha algo a mais.

— O que mais aconteceu? Quem mais você encontrou? — Perguntei e vi ele desviar os olhos dos meus.

— Isso não tem importância, Bella. — Lorenzo disse, e eu apertei os meus olhos para ele.

— Se tem importância o fato de eu me aproximar de Rodolfo em benefício próprio, tem importância saber quem mais você encontrou. — Falei e o vi engolir a seco, me dando a certeza que eu tinha razão.  

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