Um bebê para o CEO italiano romance Capítulo 64

— Qual o seu interesse na chácara, Dominique? — A pergunta da minha mãe causou espanto no irmão. Ele não estava esperando por aquilo, pois certamente estava crente que a minha mãe colocaria panos quentes sobre o assunto, como sempre fez até o presente momento. Na verdade, eu já tinha notado as boas mudanças da minha mãe com relação a ele desde a noite no restaurante. Dei um pequeno riso com discrição em direção a Dominique.

— Chia, era a chácara do papai. Lorenzo já tem tantas coisas a resolver. Eu investi muito ali e não seria justo abrir a mão para ele. — Ele falou com a voz branda, a mesma voz que ele usava para persuadi-la. Eu sabia que não era somente por aquele motivo, mas ele não iria contar o seu verdadeiro interesse.

— Você também tem muitas coisas a resolver, Dominique. Acho que você não está nos contando o seu verdadeiro motivo. — Minha mãe falou, me surpreendendo em não acreditar na lábia do irmão. Acho que era, de fato, a primeira vez. — As terras são de Lorenzo. Se Giuseppe e eu pedi essa pressão a ele foi por querer um neto acima de tudo, mas o lugar nunca iria para você. — Olhei a minha mãe em choque.

— O… O que? — Dominique e eu questionamos juntos, já que a informação recebeu a ambos totalmente de surpresa. Claro que cada um com o seu misto de sentimentos. Eu estava feliz por aquilo, por meus pais não serem o pilar da futilidade e do interesse como eu pensava, e irritado por aquela artimanha baixa para conseguir um neto. Dava para ver a raiva nos olhos de Dominique. A invisível também estava ali presente, e eu vi ele recuar com cautela. Aquilo me assustou de um jeito bem ruim.

— Eu sinto muito por tudo isso, mas essa é a verdade. — Ela falou, enquanto eu ainda olhava embasbacado — Dominique, não é uma questão de investimento. Podemos te devolver o seu dinheiro. Aquele lugar para ser do Lorenzo era um desejo do papai. — Completou se virando para Dominique, que estava muito calado. O passo a seguir foi ele virando as costas e saindo do quarto batendo a porta atrás de si.

— Isso foi jogo sujo, dona Chiara. — Falei para a minha mãe depois de nos vermos a sós. Ela se virou para mim, pois até o momento estava com os olhos fixos na porta por onde o irmão havia passado. — Eu não sei se estou com raiva ou feliz com isso. — Declarei, ganhando a compreensão completa dela.

— Eu tinha que fazer alguma coisa. Estou velha ficando, você não tinha intenção de nos dar um neto. Eu convenci Giuseppe disso tudo e não me arrependo de nada! — Afirmou. Então todo aquele jeito dela era fingimento? Era sórdido aquilo, mas eu não deveria me surpreender mais com a minha mãe.

— Vocês passaram dos limites. Mas se tem uma coisa boa nisso, é Dominique não ficar com a chácara do Nonno. — Falei e vi ela balançar a cabeça levemente em concordância.

Saí do quarto em que a minha mãe estava hospedada, depois dela me prometer que tentaria descobrir o verdadeiro motivo para Dominique estar querendo uma chácara. Eu só esperava que ela realmente o fizesse e não se deixasse influenciar pela conversa descabida dele. Ela já estava se mostrando bem mais firme com relação ao irmão, e aquilo era bom não só para mim, mas para ela também.

Eu não gostava da influência dele, principalmente por não gostar de sua índole. Nunca vi Dominique com ideias boas ou com interesse real em algo. Tudo para ele era o meio de conseguir algo ainda maior. A vida aos olhos dele só girava em torno de dinheiro, status e poder. Nunca tive uma boa relação com ele, e até Paola ele conseguiu contagiar com aquilo. Eu não tinha mágoa dela. Já tive. Só que hoje eu tinha era pena.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Um bebê para o CEO italiano