Um bebê para o CEO italiano romance Capítulo 73

Vi Gabriela passar por mim com o nosso bebê são e salvo em seus braços. Foi angustiante ver ela sofrendo sem saber do nosso filho. Foram apenas algumas horas, mas ela sofreu como se tivesse sumido por semanas. Todo mundo se dispersou depois de tudo resolvido. Bem, nem todo mundo. Segurei o braço de Paola, impedindo que ela fugisse para o seu quarto. Eu precisava deixar algumas coisas bem claras com ela.

— Lorenzo… — Ela falou ao olhar o lugar em que eu segurava com força. Não para machucar, embora fosse a minha vontade. O meu aperto em seu braço só impede que ela se afastasse sorrateiramente. — Eu já passei pelo meu júri e juiz. — Paola disse.

— Então agora você vai passar pelo seu pior pesadelo. — Avisei, fazendo ela engolir a seco. Mas eu não estava nem aí se estava a assustando... Na verdade, a minha intenção era realmente aquela. — Tem sorte de ser minha prima ou já teria ido parar na cadeia. Eu realmente cheguei a acreditar que você seria diferente de Dominique. — Falei, e os seus olhos se encheram de lágrimas. Eu não deveria me importar com aquilo, só que aquela vez ela não parecia estar dissimulada, como sempre faz.

— Eu… Não vai adiantar pedir desculpa… — Arriscou, e eu balancei a minha cabeça em concordância. Realmente, não iria adiantar de nada e nem iria tirar os momentos de tensão a que estávamos autorizados. — Eu… Se tem algo que eu posso fazer é dizer o motivo de meu pai querer tanto a chácara do Nonno. — Ela falou, me fazendo olhá-la com mais atenção. — O lugar é uma rota de contrabando de vinhos... A estrada que corta a chácara pelos vinhedos. Além do mais, ele é viciado em jogos e nunca gostou de trabalhar. As propriedades que foram deixadas para ele, o mesmo perderam no jogo. — Explicou, me deixando de boca aberta.

— Isso... Isso é muito sério. Você tem certeza disso, Paola? — Questionei e vi ela balançar a cabeça em concordância — Isso não é só mais uma estratégia de se aproximar de mim, não é? — Questionei de cenho franzido, e ela balançou a cabeça em negação.

— Eu já entendi que perdi você... Foi errado o que eu fiz hoje, então lhe dar essa informação é o mínimo. — Afirmou e começou a se afastar — Eu vou arrumar as minhas coisas. — Passou por mim e parou a poucos passos de entrar em seu quarto. — Ele tem conversado com um tal Rodri… Rodolfo! Ele prometeu ajudá-lo a conseguir a chácara. — Paola me disse, e entrei em meu quarto. Aquilo me deixou totalmente aéreo por uns bons minutos.

Realmente era só o que me faltava. Rodolfo e Dominique! Já não bastava Serena e toda a merda que vínhamos enfrentando. Era por aquilo que Dominique não me queria com posse na chácara. Acabaria com seu esquema e sua fonte de renda. Era um verdadeiro infeliz, capaz de se juntar com Rodolfo para não perder a sua vida de jogatina. Mas eu iria acabar com aquilo mais rápido do que ele poderia imaginar.

Levei Gabriela e nosso filho para casa. Naquela noite Gio não dormiu no quarto dele, pois Gabriela não queria deixar ele só, e nem eu voltei para o hotel. Ficar ali com eles era tudo o que eu queria e precisava. As coisas que Paola falou não me saíram da cabeça. Mandei uma mensagem para Átila, pouco me importando que passe das onze da noite. Pedi que ele reunisse alguns documentos importantes, que eu iria precisar logo na primeira hora da manhã seguinte. Depois de fazer aquilo, fiquei observando Gabriela e nosso filho dormir.

Na manhã seguinte resolvi preparar um café para eles. Já que eu não havia conseguido dormir, iria aproveitar o tempo preparando uma bela mesa. Sei que o irmão dela, que estava me olhando muito estranho, viria tomar um café com ela para verificar se estava tudo bem. Tinham sido palavras dele. Eu não iria contestar nada naquele momento. Até porque eu já tinha coisas demais a serem resolvidas. O que eu menos precisava no momento era mais atrito com o irmão de Gabriela ou qualquer outro alguém.

— Você não dormiu? — Me virei para ver ela parada na entrada da cozinha. Seus olhos avaliavam a tudo, e os meus olhos a avaliavam atentamente. Gabriela era a verdadeira perfeição em forma de mulher, principalmente acordando totalmente desarrumada.

— Eu não consegui dormir depois do que Paola me contornou. — Falei e vi ela arquear a sobrancelha em minha direção. — Não precisa fazer essa cara. O arrependimento de Paola serviu pra ela me contar o motivo do interesse de Dominique pela chácara. — Afirmei e vi ela franzir o cenho. Contei a ela tudo o que Paola havia me contado a respeito do pai.

— Você acredita nela? Quero dizer, não tem medo de ser uma estratégia? — Ela questionou, e eu balancei a minha cabeça. Eu tive aquele pensamento realmente e sabia que deveria tomar cuidado, mas acontece que tinha sentido no que Paola me falou.

— Eu vou me certificar disso assim que eu chegar no escritório. Eu pedi a Átila que separasse alguns documentos e eu vou ver a ligação de tudo. — Expliquei, e ela balançou a cabeça em concordância.

— Isso é muita coisa. Tudo permanece de uma só vez. — Eu concordo. Na verdade, tudo estava vindo pra cima de nós como uma verdadeira avalanche. — O que você finge fazer se for realmente verdade? — Questionou, e eu soltei um suspiro.

— Deixá-lo na miséria. Ele estava usando um lugar que era querido pelo Nonno para fazer suas falcatruas. — Afirmei e apertei as mãos em punho. — Sabe o que mais? Paola disse que Rodolfo vai ajudá-lo. — Gabriela abriu a boca em choque.

— Um troco de quê? — Questionou — Se bem que, do jeito que ele tem uma aura pesada, é bem capaz dele estar fazendo isso só para poder se divertir. — Ela falou, e eu a olhei com atenção.

— Eu acho que está na hora de você se afastar dessa canalha. — Expliquei, e ela revirou os olhos — Gabriela, podemos combatê-los de frente sem nos aproximar ou entrar no jogo torpe deles. E se algo acontecer com você? — Questionei, e vi ela engolir a seco.

— Nada vai acontecer comigo. Não precisa se preocupar. — Ela falou, e eu balancei a minha cabeça em negativa e levei a mão à testa, massageando o vinco que se comportou ali. Mulher teimosa! Iria me dar um infarto, e bem mais cedo do que eu imaginava. — Além do mais, precisamos de provas a respeito do que Rodolfo quer fazer no Veneza com a ajuda de Serena. — Ela disse ao passar por mim

— Gabriela, isso não me agrada. Será que dá pra você fazer algo coerente ao menos uma vez? — Quase gritei, e ela segurou a sobrancelha pra mim. Acho que aquilo era a resposta de Gabriela, e a mesma dizia “Não!” — Tudo bem. Mas não fique sozinha com Rodolfo. Nem de brincadeira! — Falei, me dando por vencido. Tinha medo que ele conseguisse algo a Gabriela para conseguir o que queria. Pior de tudo era que ainda tinha o nosso filho no meio.

— Eu sei me cuidar. — Afirmou, e eu não tinha dúvida quanto àquilo. Mas acontece que, se tratando de Rodolfo, todo o cuidado era pouco. E ele iria provar aquilo.

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