Um bebê para o CEO italiano romance Capítulo 82

— Eu não acredito! Era pra você ter me mandado uma mensagem no exato momento em que… — Julia estava falando ao olhar abismada para o anel em minha mão. Ela não era a única que estava com aquela expressão no rosto, e eu podia até dizer que aquilo me divertia. Helen e Chiara olhavam tudo com algo a mais no olhar, e eu sabia que cada uma tinha motivos diferentes para aquilo. Helen me considerou uma filha, e Chiara era a mãe de Lorenzo, e deveria ter esperado muito tempo por aquilo. Bem mais do que o próprio, me atrevia a dizer.

— Eu teria feito isso... Mas ver sua cara assim foi a melhor decisão. Deixar para contar só agora. — Ela bufou, e Diogo a puxou para sentar-se junto a ele novamente. Apesar daquele drama de Julia, o sorriso não saiu da minha boca e eu olhei em volta. Lorenzo estava com o nosso filho no colo, Átila estava conversando com ele e o mesmo estava acompanhado de uma bela morena. Quim e Lorena estavam presentes também, e aquilo me deixou feliz, principalmente por estarem juntos. Helen e Chiara conversaram animadamente, e eu pude jurar que planejei os detalhes do casamento.

Aquilo não poderia estar mais perfeito. Como um flash, tudo o que vivemos até aquele momento veio à minha cabeça. Momentos de indecisão, insegurança e também de alegrias e tensão. Momentos de prazer e de descobrimento. E eu não mudaria exatamente nada daquelas lembranças. Se eu mudar, talvez não estivéssemos ali naquele momento. Eu não mudaria exatamente nada, principalmente no dia em que conheci Lorenzo. Sei o que sofri e também o que ainda poderia sofrer, mas cada coisa valeria a pena com ele e nosso filho do lado.

O nosso jantar foi divertido e agradável, até o momento em que tudo começou a me deixar extremamente agradável. Era um saco aquilo, e só quem acompanhou a minha primeira gestação sabia bem do que se tratavam daqueles prazeres. Por aquele motivo, foi quase impossível esconder de Julia. Ela era a minha metade, e eu até estranharia se ela não soubesse.

— Você pode enganar a todos eles, menos a mim. — Ela falou enquanto eu passava uma água no meu rosto. Ela havia me seguido até o banheiro, o que eu achei que tinha feito sorrateiramente. Na verdade não foi tanto assim, pois ela me ouviu ouvindo.

— Do que está falando? — Questionei ao encarar os seus olhos pelo reflexo do espelho. Ela revirou os olhos, e eu me dei por vencida com um suspiro pesado — Eu ainda não fiz o teste. Mas são todos os sintomas da gravidez anterior. — Vi-a sorrir abertamente — Se mantenha calmo e não faça alarde. — Pedi, ao ver que ela arregalava os olhos por muito tempo, sabendo que ela podia explodir em gritos a qualquer segundo.

—Tá. Tudo bem. — Levantei a minha sobrancelha em direção à Julia, sabendo que a sua cara não estava nem um pouco de que estava tudo bem. Eu comi aquela euforia vinda dela — Tudo bem. — Ela entrou totalmente no banheiro, fechando a porta atrás de si. — Precisa fazer logo esse teste. E eu estou muito… muito empolgada com isso. — Falou, e eu revirei os olhos, já percebendo aquilo sem que ela precisasse falar.

— Se controle. Eu quero fazer uma surpresa pra Lorenzo. — Julia balançou a cabeça em concordância, e eu me joguei em seus braços. Novamente eu me senti como da primeira vez. Talvez um pouco mais empolgada por Lorenzo poder acompanhar aquela gestação.

No dia seguinte eu estava com o teste em minhas mãos, e a confirmação estava ali. Positivo. Eu me lembro da sensação de estar grávida de Gio, mas daquela vez algo de diferente estava crescendo em mim. Acho que era a confiança, e eu já não era mais uma mãe de primeira viagem. Realmente era aquilo. Tinha uma nova vida crescendo dentro de mim. Senti o meu sorriso se alargar ainda mais e nivelar a mão à minha barriga totalmente plana.

— Eu acho que preciso realmente contar ao seu pai de um jeito especial. — Falei enquanto mantinha a minha mão ali sob a minha barriga, a protegendo de tudo.

Fiquei um tempo ali, curtindo aquele momento. Não tinha medo em mim. Não mais, como aconteceu da primeira vez. Agora eu estava cheia de certeza e de emoção. O meu peito parecia que iria explodir a qualquer segundo. Não que aquilo fosse uma coisa ruim, tudo era só uma sensação do que tínhamos pela frente.

Quando eu saí do banheiro, não esperava ver Lorenzo ali. Eu queria surpreendê-lo. Queria fazer algo especial, só que eu não imaginei que ele também tivesse aquela ideia. Me vi totalmente sem ação ao me deparar com o que ele havia aprontado. Só não podia dizer que era exatamente ruim.