(Ponto de Vista de Nick)
Eu não fui para casa depois de vê-la. Fui direto para o bar e comecei a beber. Não conseguia tirar a imagem dela da minha cabeça. Ela parecia tão... Tão frágil. Por que ela estava assim? A prisão foi tão ruim para ela?
— Me dê outro. — Pedi para a mulher que me estava servindo.
Ela se afastou, mas em vez de voltar com a bebida, voltou com o barman.
— Sr. Jones, acho que você já teve o suficiente. Quer que eu chame um táxi para o senhor? — Ele deve ter achado que eu era uma criança e que não podia pensar por mim mesmo.
Eu não sou uma criança, posso beber o quanto eu quiser.
— James, me dê minha bebida. — Disse com uma voz ameaçadora, bem, eu queria que fosse ameaçadora, mas não tenho certeza de como soou com o meu estado atual.
— Sr. Jones, o senhor está bebendo desde que chegou aqui, há três horas. Eu não acho que o senhor consiga mais.
Eu o encarei, ainda sou o herdeiro da família Jones, quem era ele para me dizer o que fazer?
— James, se você não quiser perder esse seu negócio, vai me dar o que eu quero.
Ele balançou a cabeça, como se tivesse pena de mim. Por que ele teria pena de mim? Eu tenho tudo o que poderia querer e precisar.
— Tudo bem, Sr. Jones, fique aí, eu vou pegar sua bebida.
Isso sim era mais como eu queria. Eu sou Nick Jones e consigo o que quero. O rosto dela apareceu na minha mente e meu peito apertou. Fiquei tão irritado que joguei o copo que estava segurando contra a parede, quase atingindo um homem que estava ali perto.
Por que ver ela estava me afetando tanto? Ela não é nada para mim, maldita seja!
O homem que quase atingi com o copo veio até mim, com raiva. Assim que se aproximou, meu guarda avançou, e eu me recostei na cadeira, assistindo.
Eu queria que ele começasse algo comigo, seria uma boa distração, bater em algo ou alguém só para parar de pensar naquela maldita mulher.
— Temos um problema? — Perguntou Oliver, meu guarda.
Deus! Eu odiava o nome dele, toda vez que alguém o chamava, me lembrava daquela mulher. O nome dele era parecido com o dela.
— Não, não temos um problema. — Disse o homem, retrocedendo. Ele olhou para mim, e eu sorri de canto. Isso mesmo, vai embora!
— Meu Deus, Nick! Tantas garrafas, você está tentando se matar? — Levantei a cabeça para ver Ethan parado ali. Sorri. Eu senti falta dele.
— Ethan, você está aqui. Que bom, vem, vamos beber. Faz tempo que não tomamos uma juntos.
Ele me olhou e balançou a cabeça, mas veio e se sentou ao meu lado mesmo assim.
— Onde diabos está o James e a bebida?
— Isso não tem nada a ver com o James, Nick, e você sabe disso.
Ele estava certo, mas eu não ia admitir isso.
— Então, não faz sentido ficarmos aqui se não vamos beber. — Levantei-me e tropecei em direção à porta, quase caindo.
— Oliver, por que deixou ele beber tanto? Qual é o sentido de você estar aqui, se não vai impedi-lo de fazer coisas assim? — Ethan também me repreendeu enquanto ele e Oliver me ajudavam a sair do bar. Minha mente foi para a noite em que fiquei tão bêbado que Olivia me ajudou a ir para a cama.
Estávamos celebrando nossa lua de mel, e ela me disse para me soltar. E eu fiz, estávamos no nosso quarto de hotel, então não me importei de beber demais. Pela manhã, ela me deu uma sopa para ressaca e cuidou de mim até eu melhorar.
Me desviei do aperto de Ethan e Oliver, afastando-me deles.
— Nick, para onde diabos você está indo? O carro está por aqui! — Gritou Ethan, mas ignorei, seguindo em frente, mais tropeçando do que andando. Eles devem ter me seguido, porque logo chegaram até mim e me pararam.
Lutei para sair do aperto deles novamente, mas me seguraram firme, e eu parei de lutar. Eu estava tão cansado.
— O que está acontecendo com você, cara? Por que está agindo assim?
— Meu coração, eu quero meu coração de volta. — Murmurei antes de desmaiar.

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