(Ponto de Vista de Olivia)
Eu estava sentada na cela escura da prisão, pensando no meu bebê e como ele iria sobreviver em um lugar como aquele. Eu já não me importava comigo mesma - podiam me manter ali o tempo que quisessem - mas meu bebê por outro lado não merecia aquilo. Ele não merecia nascer em uma prisão ou sofrer por causa dos meus pecados.
Era apenas o segundo dia da minha prisão, e a polícia estava cumprindo a palavra de Nick, não me deixando sair. Mas eu achava que estavam indo longe demais, já que não me forneceram comida desde que cheguei.
Seria ideal que meu estômago permanecesse vazio. Os enjoos matinais já haviam começado, mas, apesar disso, a fome persistia - mesmo sabendo que qualquer coisa que eu comesse não tardaria a voltar.
— Meu bebê querido. — Disse, acariciando minha barriga. — Lamento que você tenha que passar por isso. Não queria que sua chegada ao mundo fosse assim. Mas eu prometo, vou te proteger. Seu pai jamais saberá da sua existência, e nunca mais poderá nos machucar. Ele já causou sofrimento demais.
A porta da cela se abriu. Eu me levantei quando o melhor amigo de Nick, Ethan, apareceu.
— Olivia, de verdade, eu sinto muito por não ter estado aqui antes. Só agora descobri o que aconteceu, e dei uma boa bronca no Nick, mas ele não cedeu. Ele nem mesmo me mostrou as provas que diz ter contra você e se recusa a retirar as acusações e te tirar daqui.
Sorri tristemente.
— Está tudo bem, Ethan. Só de você estar aqui já me sinto aliviada. Preciso da sua ajuda.
Ele suspirou, com o olhar carregado de pena.
— Não tenha pena de mim. — Disse. — Eu vou ficar bem. Só preciso que você me ajude com uma coisa, mas não conte ao Nick.
Ele franziu a testa.
— Olivia, ele só me deixou te ver hoje. Depois disso, não vai me deixar voltar.
— Então vamos fazer esse momento valer a pena. — Disse, assentindo. — Estou grávida. Ainda é cedo, mas tenho medo de perder meu bebê neste lugar. Por favor, me ajude.
Os olhos dele se arregalaram, surpresos.
— Olivia... O Nick não sabe, certo?
Eu balancei a cabeça.
— Aquele idiota! Como pude me tornar amigo de alguém tão cego? Aquela mulher que você insiste em chamar de amiga o manipula como quer, e ele simplesmente não enxerga! — Ele começou a andar de um lado para o outro, inquieto, mas não tínhamos tempo para sua raiva.
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