Ponto de Vista de Olivia
Quando saí, minhas mãos tremiam e eu não conseguia parar de chorar. Sempre achei que a mãe do Nick fosse a pessoa mais doce do mundo, mas ela era apenas uma assassina disfarçada de dona de casa. Não podia acreditar que a mulher em quem eu confiava tinha se revelado isso. Ela me ameaçou por algo que eu não fiz. Por que ela não ia atrás do irmão mafioso dela e me deixava em paz?
Eu nunca pedi para ele matar ninguém ou fazer qualquer coisa por mim. Caramba! Eu nem sabia que esse homem existia e já estava sendo culpada pelos pecados dele. Meu Deus, o que eu fiz para merecer uma vida assim? Tudo que eu sempre quis era ser feliz com meu marido, formar uma família e viver em paz.
Quando meus esforços iniciais falharam, meu único desejo era construir uma vida para mim e para o meu filho. Contudo, essa aspiração parecia inalcançável, pois os problemas persistiam em me seguir, não importa aonde eu fosse. Comecei a questionar se a mãe de Nick não estaria certa: talvez eu fosse, de fato, uma maldição.
Enxuguei as lágrimas e, com as mãos trêmulas, peguei meu celular e chamei um táxi. Fiquei ali esperando com a mente em turbilhão. Tudo estava acontecendo tão rápido; voltei à mensagem que recebi e li novamente. Será que tinha sido ele quem me mandou?
Será que ele estava me alertando sobre a família Jones? Se esse fosse o caso, já era tarde demais, ele não deveria ter permitido que eu me envolvesse com eles desde o início. Mas ele estava ocupado demais sendo um soldadinho obediente para o pai mafioso dele e não se importava com o que acontecia comigo.
— Meu Deus! — Eu detestava aquele homem, embora sequer o conhecesse. A sua volta havia tornado a minha vida ainda mais insuportável. Quando o táxi chegou, entrei. Assim que o motorista partiu, meu telefone tocou. Era Marcus. Atendi, mas o choro era incontrolável.
— Olivia, o que houve? O que aconteceu? Fala comigo. — Eu não conseguia falar, o nó na minha garganta só aumentava, ameaçando cortar minha respiração. — Olivia, por favor. Me diz onde você está que eu vou te buscar. Fui ao hospital quando vi sua chamada perdida e me disseram que você tinha recebido alta. Você está em casa?
Eu ainda não conseguia falar, só chorava. Entreguei o telefone para o motorista do táxi, que colocou no viva-voz e falou com Marcus. Ele informou onde estávamos e que eu estava chorando sem conseguir falar. Marcus passou um endereço diferente para me levar.
Ao chegarmos, olhei pela janela e vi um prédio comercial desconhecido. Marcus estava ao lado do carro dele e, ao ver o táxi, apressou-se em abrir a porta para mim, ajudando-me a sair. Ele me envolveu em seus braços, e ali me senti segura, como se fosse o meu lugar, protegida de qualquer mal.
— Vá para o carro, já vou te encontrar. — Disse ele. Deixei-o conversando com o taxista e entrei no carro dele. Já não chorava mais, apenas me sentia exausta. Marcus retornou e sentou-se ao meu lado no banco de trás.



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