A Babá Perfeita romance Capítulo 40

Max se aproxima, calmamente. Hipnotizada, eu assisto a sua íris azul escurecer, carregada de uma excitação febril.

Meu peito sobe e desce em antecipação. Meu estômago queima de desejo. Quero estender minhas mãos e agarrar seu cabelo, ligeiramente comprido na nuca, mas tudo o que faço é fechar os olhos. Sentir enquanto esfrega os lábios macios contra os meus, curvado para mim.

- Receio que talvez essa não seja a melhor solução para nós - respira, ruidosamente, dentro da minha boca. Eu arqueio a coluna para trás, entreabrindo os lábios em busca de um contato maior. - Mas parece que o meu corpo resolveu esquecer qual o motivo para não entrar no seu bem agora.

Uma das suas mãos se enrosca no meu pescoço. A outra vai parar no meu rosto. Sua língua acaricia o contorno da minha boca, que se abre mais, faminta. Max enfia a língua devagarinho e eu estremeço. Dou a minha em troca e ele geme, satisfeito. Sua respiração irregular revela sua tortura. Mas ele parece preso ao jogo que ele mesmo criou. Como se fosse o caçador e, ao mesmo tempo, sua presa.

Da minha parte, no entanto, tudo o que eu quero é alívio.

Eu me inclino na direção dele. Me moldo ao seu corpo, aprofundando o beijo ao meter a língua mais fundo dentro daquele boca quente e carnuda. Elas se cruzam, entrelaçam, se reconhecem. Buscam aliviar nosso incômodo, dar vazão ao desejo que vem nos atormentando há semanas. Espalmo uma das mãos no seu peito, encontrando pele, carne e músculos duros. Suspiro baixinho. O seu corpo é uma tentação... eu deslizo a mão para baixo, esfregando a palma pelo seu peitoral rígido, descendo na direção do abdômen. A musculatura de Max se contrai. Me pergunto se seus batimentos cardíacos estarão tão descontrolados quanto os meus.

Ele grunhe qualquer coisa dentro dos meus lábios, mas eu o silencio, mordendo o seu lábio inferior com mais força.

A mão que estava em meu pescoço se enterra em meu cabelo. Eu solto um longo gemido, quando ele me puxa para trás, descolando nossos lábios. Olha para mim com  intensidade. Parece hesitante entre o certo e o errado. A fim de destruir qualquer complicação dentro dele, eu escorrego mais a mão até o cós da sua calça e um pouco mais para baixo, agarrando sua ereção.

Max engole em seco. A carne entre suas pernas enrijece mais ainda. Sua mão acaricia meu rosto e o polegar se enfia dentro da minha boca. Eu o chupo suavemente, vendo o olhar dele mudar. Sua expressão se torna mais brutal, agressiva. É como um animal enjaulado e meu corpo, de repente, se sente na obrigação de libertá-lo de qualquer amarra.

Eu levo as mãos até o cadarço do roupão. Devagar, desfaço o nó sem tirar os olhos dele.  Por isso, vejo quando passa a língua pelos lábios, ardendo tanto quanto eu. Eu deixo o roupão escorregar pelos ombros e meus seios se revelam por baixo  do tecido felpudo. As pupilas dele se dilatam. Sorrio por dentro.

Um frio me envolve, arrepiando os mamilos e deixando eles duros. A boca de Max se abre ainda mais e eu noto que ele está por um fio. Decidida a tentá-lo um pouco mais, eu me levanto, deixando o roupão deslizar para o chão. Fico na sua frente. Bem diante dos seus olhos e completamente nua, enquanto ele ainda está usando as malditas calças, o zíper a ponto de estourar.

Max abre as pernas e eu o obedeço, me acomodando entre elas. Ficamos a centímetros um do outro. Sua respiração irregular golpeia minha barriga, arrepiando a minha pele. Eu envolvo seus cabelos com os dedos. Puxo de leve, ouvindo seu gemido selvagem. Os olhos dele se erguem para mim com um convite silencioso.

Eu me sento em seu colo, as pernas voltadas para o meio das suas.  Uma de suas mãos sobe pela minha coxa, na parte interna, até bem perto da virilha. Uma mão grande e forte, com dedos longos. Eu me contraio, sentindo arrepios por toda a parte, dezenas deles. E uma contração dolorosa na musculatura entre as minhas pernas.

Com a outra mão, Max encosta a ponta dos dedos nas minhas costas e desce devagar, arrepiando os pelos por todo o caminho até a base da minha coluna. Mordo minha boca e me contraio, quando seus dedos chegam ao osso acima da minha bunda. 

Ele ergue os olhos para os meus, impregnados de luxúria. Eu não digo nada e um dedo escorrega pela abertura entre as minhas nádega. Abro a boca, sugando todo o ar para dentro dos pulmões. A pressão no orifício é leve, mas constante, e mexe com todas as minhas terminações nervosas.

Max repete o gesto, agora com movimentos circulares. Sempre que eu penso que estou acostumando, ele muda a força ou a velocidade. Sem nunca penetrar, apenas me provoca, me instiga, me levando ao limite. Eu engulo ao ponto de acabar com o estoque de saliva em minha boca. O que ele quer com isso? Saber até onde eu fui com Lance, meu namorado imaginário, ou com qualquer outro homem? Quer testar meus limites? 

Minha cabeça gira. Meu corpo se retesa e amolece, intercaladamente, até que eu me vejo empinando a bunda para trás. Estou horrorizada. Excitada, desesperada e horrorizada. Quero mais do que ele está me dando. E quero todas as coisas que ele ainda nem me prometeu. Meu ânus relaxa. Max enterra o rosto no meu pescoço. Sua respiração sai morna contra a minha pele em chamas. Minha boca parece mais molhada e pastosa do que o normal. Meu corpo queima, inflama. Há partes de mim pedindo para ser tocadas, outras literalmente implorando. Minha vagina se torce, ensopada e desejosa de atenção.

Sua boca abandona o meu pescoço. Desce pelo meu colo, deixando um rastro de beijos molhados. Os lábios soam suaves e punitivos ao mesmo tempo. Macios enquanto os dentes arranham e raspam a minha pele. Eu agarro seu cabelo, empurrando sua cabeça mais para baixo. Atiro as costas para trás. Enterro sua cabeça em um seio macio, cujo bico empinado suplica carinho.

 Mas Max me surpreende. Segura minhas duas mãos, prendendo meus pulsos atrás das costas. Sua outra mão segura meu pescoço. Sua expressão angustiada reflete a minha. Ele beira a loucura. O tesão acumulado entre nós chegou ao ponto de romper suas reservas. Ele parece preocupado e procura nos meus olhos qualquer vestígio de arrependimento. Quer que eu diga a ele que pare. Mas não, nem por um decreto.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: A Babá Perfeita