A Babá Perfeita romance Capítulo 39

Resumo de Provocação: A Babá Perfeita

Resumo de Provocação – A Babá Perfeita por Rebecca Santiago

Em Provocação, um capítulo marcante do aclamado romance de Erótico A Babá Perfeita, escrito por Rebecca Santiago, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de A Babá Perfeita.

Deixo o banheiro, prendendo o roupão em volta do corpo. 

Pelo menos isso naquela porcaria de hotel... era o único, mas eu não creio que Max vá se importar em vestir suas próprias roupas.

O caso é que eu me sentiria imunda se fosse obrigada a dormir com as mesmas que estiveram comigo na casa de Dixxie. As roupas que testemunharam Mallory me mordendo como uma serpente cruel e venenosa. De alguma forma, elas parecem sujas além do que seria possível.

Talvez eu precise encontrar um jeito de me livrar delas. Quem sabe, queimá-las?

Max está deitado de costas na cama, o controle esquecido ao seu lado no colchão. Seus olhos se movem da tv para mim e um sorriso preguiçoso se insinua em seus lábios.

Ele anda sorrindo muito. Isso faz a louca que habita em mim procurar uma razão lógica para o fato.

Não preciso pensar muito. Logo, a única a ideia que me parece plausível dispara para fora da minha boca sem o menor filtro.

- Você fez isso de propósito?

Ele pisca algumas vezes.

- Fiz o que?

- Fingiu que o carro estava com defeito e me trouxe para esse hotel barato.

A expressão de surpresa em seus olhos se dissolve em um brilho divertido.

Eu aperto os lábios um contra o outro, já arrependida. Não só errei no julgamento, como entreguei a ele ainda mais munição.

- O que eu iria querer fazer com você nesse hotel barato? Me diga, Chloe - Max provoca com um sorriso de orelha a orelha.

A camisa preta colada no corpo. O cabelo, ligeiramente comprido, espalhado pelo travesseiro barato. A forma como a calça jeans se molda as suas coxas musculosas... tudo isso eu poderia abstrair. Fingir demência. Mas aquele sorriso travesso, cheio de si, faz o sangue fluir direto para um pontinho pequeno e sensível entre as minhas pernas. 

Meu pescoço começa a pinicar. De repente, não sei mais onde enfiar as mãos. Tento no bolso do roupão, mas parece uma ideia ridícula, então acabo cruzando os braços.

Os segundos se alongam, levando com eles minha estimada auto confiança.

- Só sei que você está delirando se acha que vai acontecer alguma coisa nessa cama - eu digo, com uma expressão de desprezo.

Max levanta as sobrancelhas tão alto quanto humanamente possível.

- Se eu bem me lembro, estava prestes a acontecer alguma coisa lá mesmo no carro - lembra, para o meu desgosto. - Mas não se preocupe. A única intenção que eu tenho é dormir, Srta Henderson. Estou cansado... exausto. E acho que você também está.

- Ah - eu engulo em seco, escondendo minha decepção. - Ótimo. Eu fico com a cama, é claro. Você pode se ajeitar no chão com o travesseiro e o cobertor.

Max me encara como se eu fosse a Cruela De Vil, estrangulando os 101 dálmatas diante dos seus olhos.

- É o que? Você quer mesmo que eu durma nesse chão duro?

- Ah, não seja dramático!

- Chloe, isso é sério? - ele parece assustado de verdade agora. Se eu não soubesse como é um ator talentoso, até sentiria pena. - Você vai ter coragem de me mandar fazer isso?

- Eu já tive - sorrio, dando de ombros e bocejando com ironia. - Boa noite, Sr Lancaster. Tenha bons sonhos.

***

Eu cumpro minha palavra e deixo Max se acomodar no chão ao lado da cama, assim que ele sai do banheiro.

De certa forma, aquele pequeno triunfo sobre ele me ajuda a recuperar um pouquinho da dignidade perdida. Mas por outro lado... eu nunca soube o que é sentir uma cama tão grande e vazia, até ter um homem ridiculamente lindo dormindo tão perto dela.

E reclamando.

- Está tudo bem aí? - eu repito a pergunta que me fez minutos antes. Dessa vez sou eu quem estou sorrindo, mesmo que ele não possa ver.

- Ótimo - Max grunhe. E depois de um minuto de silêncio em luto pela sua coluna, acrescenta: - Sabe, eu não sabia que você era tão mesquinha assim.

- E eu não sabia que você era tão velho.

- Velho?

A vontade de rir sacode o meu corpo, mas eu me controlo.

- É, você resmunga. Isso é coisa de velho, com certeza - eu posso sentir o seu ódio todo direcionado a mim e aproveito para jogar mais um pouco de veneno. - Sabe, você me lembra um pouco o meu avô...

Meu estômago se aperta e eu quase caio dura, quando Max aparece na cama ao meu lado. Grande, másculo, de um jeito que é quase obsceno.

- Pode me falar melhor agora. Por que mesmo eu pareço com o seu avô? - ele pergunta, uma única sobrancelha levantada enquanto se ajeita com o travesseiro ao meu lado na cama.

- Tudo rolar? - ele repete com o mesmo ar cético, mas eu percebo que, em seus olhos, há um indício de dúvida - Isso é sério?

- É claro - eu suspiro, chateada. - Lance foi o único homem que eu... que eu amei, acho. Mas éramos muito jovens quando começamos a namorar e toda a pressão do meu pai...

- Pressão? - Max está apoiado sobre um cotovelo ao meu lado, me encarando com uma expressão de interesse genuína, enquanto eu disserto a respeito do meu namorado imaginário.

Eu me deito ao lado dele, ficando na mesma posição para encará-lo.

Os olhos de Max analisam o meu rosto minuciosamente. Olhos, nariz. Boca. Eles se prendem aos meus lábios, enquanto Max passa a língua pelos dele com um desejo refreado.

O desejo borbulha dentro de mim, enquanto eu me perco naquela íris azul pálida. Primeiro lento em fogo baixo. Max levanta um dedo, correndo ele, devagar, pela abertura do meu roupão. Minha barriga se contrai e o desejo se estica, a beira de explodir. 

O roupão escorrega, expondo o meu ombro. Os olhos de Max são atraídos pelo trecho de pele descoberta. 

Ele expira longa e dolorosamente.

- Você estava dizendo que...?

- Que o que? - eu balbucio, um pouco tonta.

- O seu namorado...

- Certo, o... o... 

Um sorriso lento e arrogante se insinua no seu rosto. Mas os seus olhos continuam fazendo o caminho do ombro até o seio direito escondido pelo roupão.

- Esqueceu o nome do seu namorado, Srta Henderson?

- E eu acho que você esqueceu quem eu sou e onde estamos, Sr Lancaster - meus sentidos parecem a flor da pele.

Max ergue os olhos para os meus. Um calor me invade e eu me perco de todo o resto.

- De jeito nenhum. Você é uma mulher e eu sou um homem - ele rasteja para mais perto de mim na cama, fazendo o colchão balançar. A brisa morna do seu hálito toca o meu rosto. Ele prende uma mecha do meu cabelo entre os dedos. Eu respiro pela boca com dificuldade. Quando fala novamente, sua voz faz o músculo entre as minhas pernas se contrair. - E estamos em um quarto de hotel. Você não está usando nada além do roupão?

Suas palavras deveriam me deixar indignada. Mas meu corpo é surdo, cego e estúpido. Tudo o que eu sinto, outra vez, é aquele latejar violento entre as pernas.

- Não vai me responder - não é uma pergunta, mas uma afirmação. - Mas eu posso descobrir.

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