A Babá Perfeita romance Capítulo 41

Eu o vejo despido e... puta que pariu!

Todo o meu ar desaparece dos pulmões.

Se antes eu achava que Max era lindo, sexy e gostoso de morrer, é porque obviamente ainda não o tinha visto sem roupas. Suas longas pernas, bronzeadas e encimadas por um par de coxas musculosas, fariam qualquer mulher perder a cabeça.

Mas é o que tem entre elas que realmente chama a minha atenção.

Max me encara com a respiração suspensa. E então rasteja novamente para cima de mim, só que dessa vez com um bônus: não existe nenhum pedaço de pano impedindo o atrito entre nós agora. Sua pele se esfrega na minha em todos os lugares possíveis e eu me sinto subir em labaredas pelo quarto. Os músculos do seu peito são duros contra meus seios delicados. Suas pernas pesadas se enroscam nas minhas. Seu quadril pressiona minha virilha com aspereza.

- Você é tão linda - Max sussurra, fazendo cócegas no meu ouvido. Sua mão agarra o meu quadril, desliza pela minha coxa até segurar a parte de trás do meu joelho que ele coloca sobre o seu ombro. Em seguida, faz o mesmo com o outro e eu passo a respirar com dificuldade. - Eu quero tanto você.

Max se posiciona entre as minhas pernas. Peu peito é subitamente esmagado pelo peso e calor do seu corpo. Está tudo delicioso, tudo perfeito. Seu cabelo castanho bagunçado de tanto eu puxá-los, os olhos azuis com aquele brilho pervertido, o ligeiro rubor de excitação no seu rosto.

Sinto uma leve pressão na minha entrada molhada e sei que ele está se preparando para o ato final. Para investir contra mim duramente. Mordo o lábio inferior, com a expectativa da dor se alastrando pelo meu corpo.

- Chloe? - Max está olhando para mim com uma ruga entre as sobrancelhas. - Está tudo bem?

Eu engulo em seco, sentindo as primeiras pontadas de pânico. A falta de ar se torna um incômodo. Estou tendo uma crise de claustrofobia? Eu luto para respirar e não consigo. A posição das minhas pernas é desconfortável e eu começo a ter caimbras.

- Tudo bem, por que?

Ele levanta as sobrancelhas até a raiz do cabelo.

- Bom, para começar você está olhando para todos os lugares desse quarto, menos para mim. E... bom, se isso por si só não for um pouquinho decepcionante... seu corpo está tão duro que eu sinto como se você fosse  você desmaiar a qualquer momento.

As palavras dele são como um balde de água fria. E é só então que eu percebo que todos os músculos do meu corpo parecem ter retesado ao mesmo tempo. 

Fecho os olhos sem coragem de responder.

- Chloe? O que aconteceu - Max insiste com o olhar preocupado - Eu estou machucando você? Você desistiu? Não quer mais? O que houve?

Eu o afasto pelos ombros e Max recua com o olhar reticente. Sempre achei que esse momento seria diferente. Que não haveria medo ou insegurança, apenas minha auto confiança inabalável, mas lá estão eles, emergindo até alcançar a superfície.

- Sinto muito- digo, puxando o lençol sobre o corpo, enquanto Max se senta ao meu lado, olhando para mim como se eu fosse sair correndo e chorando a qualquer momento.  Inferno. Que situação estúpida. - Eu não sei o que aconteceu.

Ele respira fundo, parecendo refletir em silêncio antes de acenar com a cabeça.

- Não, não é nada disso - eu balbucio, com um nó se avolumando na minha garganta. - Não foi sua culpa, Max... eu... droga.

- Foi sim. Não minta, Chloe - ele discorda, tentando dissipar o rancor na própria voz com um pigarro. -  Mas não se preocupe. Não sou nenhum garoto idiota e inseguro, eu vou superar - sorri, sem jeito, olhando em direção a janela de cortinas abertas.  - Olha, o dia está clareando. Por que não vestimos nossas roupas, vamos para casa e esquecemos tudo isso?

- Esquecer? - a palavra sai engasgada. Uma injeção de fúria atravessa o meu corpo depressa e perigosamente. -  Você não está me deixando falar, seu idiota! Cala a boca. Isso não é justo.

- Pouca coisa nessa vida é justa, minha querida Chloe - ele acaricia o meu queixo com nada além das pontas dos dedos, ignorando minhas palavras ásperas. Fecho os olhos, viajando naquele toque terno e delicado. Não me lembro de já ter sido tocada assim, nunca, por nenhum homem. Com tanta reverência e suavidade. - Você é uma garota perfeita. Linda, inteligente... meu Deus, você é incrível! Conseguiu se aproximar de uma parte de mim, bem lá no fundo. Uma parte há muito tempo intocada, da qual nenhuma mulher chegava perto há anos. Você vai encontrar um cara que te mereça, algum dia. Alguém da sua idade. Quem sabe o Lance?

Seu meio sorriso provoca uma pontada dolorosa no meu coração. Max me beija, mas dessa vez é diferente. Seus lábios mal tocam nos meus. Não há nenhum desejo, fogo ou ardor. Não existe nenhuma chama. É um beijo leve e singelo de despedida, com pouco ou nenhum sentimento. E ainda assim todo sentimento do mundo... pelo menos da minha parte.

- Vamos. Precisamos nos apressar. Não quero que ninguém na mansão tire conclusões precipitadas. Seria horrível se eles pensassem que aconteceu... alguma coisa entre nós - ele diz e eu paraliso, sentindo o meu coração dilacerar.

Suas palavras não deixam dúvidas. Max não deseja qualquer ligação mais profunda comigo. Não quer se envolver. Tudo o que queria era prazer. Um prazer momentâneo, fugaz, se extinguindo com os primeiros raios de sol da manhã.

Ele é o primeiro a se levantar. Recolhe as próprias roupas e começa a se vestir ali mesmo, em silêncio, as costas voltadas para mim.

Enquanto eu... eu me enrolo no roupão, depressa, e em seguida, rastejo para o banheiro, coberta de tristeza, de dor e  humilhação.