A Babá romance Capítulo 8

Resumo de Capítulo VIII: A Babá

Resumo de Capítulo VIII – Uma virada em A Babá de analu

Capítulo VIII mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de A Babá, escrito por analu. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.

Manuella Vermount

*Um pouco antes do hospital *

Eu tinha tentado, por horas, ligar para o Sr. David. Eu estava em casa já sem saber o que fazer. Dona Maria ficava tentando ligar para ele também enquanto eu estava cuidando de Hannah, e nada. Tentamos colocar toalhas geladas em sua cabeça, colocar ela deitada descoberta no quarto com o ar condicionado ligado, banho frio, tirar o excesso de roupa, mas não resultava em nada. A temperatura dela não diminuía e ela não estava bem.

Já era noite e o Sr. David já deveria ter chego, decido que não vou mais esperar e vou com Hannah para o hospital.

- Dona Maria, por favor, avise ao Sr. David quando ele chegar que eu fui com Hannah para o hospital - digo cansada de esperar.

- Vá minha menina e me dê notícias.

Pego minha bolsa e corro pro carro onde Taylor já está pronto pra sair.

- Manu, minha cabexa dói muto – ela diz escondendo o rosto em minha barriga.

- Calma minha pequena, já estamos indo pro médico – a abraço mais forte.

Graças ao bom Deus não estava engarrafado e demoramos apenas 10 minutos para chegar ao hospital. Assim que chegamos, corri para a ala emergencial.

- MOÇA! ME AJUDA, ELA ESTÁ COM FEBRE DESDE DE TARDE E NÃO DIMINUI A TEMPERATURA.

- Senhorita, por favor, se acalme, me dê os documentos da criança – gelo, como eu podia ter esquecido desse pequeno detalhe?

- Eu sou a babá dela, eu não sei onde ficam. Por favor, me ajude – Taylor se junta ao meu lado para tentar me ajudar.

- Eu posso até tentar te ajudar, mas sem os documentos eu não tenho como acessar o banco de dados e os médicos não estarão permitidos a ministrar nenhuma medicação. É mais risco para ela a gente tentar fazer algo desse jeito.

Pego o telefone e ligo para o David que atende, ele finalmente resolveu dar sinal. Pedi que ele trouxesse todos os documentos de Hannah e que viesse o mais rápido o possível.

- O nome completo da menina já ajuda em algo? – Taylor tenta.

- Posso tentar - a atendente diz vendo meu estado e tentando me ajudar de alguma forma.

- Hannah Monteiro - ela começa a digitar e a procurar pelo computador – Eu preciso de, pelo menos...

- Aqui, estão aqui, agora ajude ela – Sr. David nos assusta entregando uma pastinha.

- Papai, vuxê chegou – essa foi a última coisa que minha pequena falou antes de seu corpo começar a se contorcer em meus braços.

-HANNAH!!! – digo sentando no chão, antes que ela caísse.

Nos próximos momentos vários médicos adentraram a sala vindo correndo em direção a Hannah, que se debatia em meus braços. Eu só fazia chorar desesperadamente. Taylor me puxou para trás enquanto eu me debatia para poder seguir aqueles médicos. O Sr. David foi em direção a eles, mas o médico disse:

- O senhor fica, traremos mais notícias daqui a pouco - ele impede que entremos na sala e ficamos na sala de espera.

- Droga! – ele diz sentando na cadeira.

Taylor me solta e me sento ao lado do Sr. David cobrindo o rosto com as mãos.

- Por que não me ligou mais cedo? – diz ele me encarando. Eu não acredito no que estou ouvindo.

- COMO É? EU ESTOU TE LIGANDO DESDE A HORA DO ALMOÇO E VOCÊ NÃO ATENDEU A MERDA DO CELULAR, AGORA QUER VIR COLOCAR A CULPA EM MIM? – digo irritada.

Não acredito que esse idiota vai me fazer dar um outro discurso pra ele. Ele não tem noção não?

- Tudo bem – ele diz calmo – Tudo bem, me desculpa, calma.

- Não tenho como ficar calma! Você está jogando em mim uma culpa que não é minha. Eu passei a tarde inteira te ligando e tentando fazer com que a febre dela baixasse - digo num tom de voz normal, já que as pessoas estavam começando a nos olhar estranho - Não é justo!

- Eu sei... - ele diz em um soltando o ar - Eu que estou frustrado, porque já é a segunda vez que algo de ruim acontece com ela e eu fui capaz de protegê-la.

- Isso também não foi culpa sua...

- Uma parte foi. Eu deveria ter olhado meu telefone para ver se tinha alguma ligação sua. É o seu primeiro dia e não se acostumou com a rotina. Sem contar que eu errei em não te mostrar onde estavam os documentos dela.

- Vai ficar tudo bem agora - tento começar a levar a conversa para outro rumo - Ela já está sendo atendida e vai ficar tudo bem.

Uma hora se passa desde que Hannah foi socorrida e nós não tínhamos tido nenhuma notícia. Eu já estava prestes a ir pedir algumas informação, quando o médico nos chama.

- Responsáveis por Hannah Monteiro? – o médico diz chamando.

- Aqui – Sr. David diz levantando num pulo e eu levanto me posicionando logo atrás.

- Me acompanhem, por favor.

Ele nos leva para uma sala onde minha baixinha estava deitada dormindo e conectada a alguns fios. Ela parecia frágil, porém aparentava estar em um sono bem profundo.

- Bom, a Hannah teve um evento de convulsão febril. É bem comum entre crianças e não deve se repetir. É uma reação do corpo dela para tentar melhorar o que ela está sentindo. Estamos esperando o resultado do laboratório para saber com mais certeza do que se trata, mas tudo indica que está tudo bem agora.

- Doutor, ela está com febre tem um tempo. A tarde inteira a temperatura não baixou e ela já foi medicada pela manhã - digo.

- Ela já foi medicada novamente e em 30 minutos o remédio já deve fazer efeito, caso contrário teremos que utilizar o banho para dar um choque térmico mais forte. Se for necessário, precisaremos da ajuda de vocês, não é um processo muito agradável. Vou deixar vocês a vontade – ele diz saindo.

Chego perto de Hannah e faço carinho em sua cabeça.

- Desculpa por ter te acusado na sala de espera – Sr. David diz se aproximando de Hannah e eu fico meio sem graça.

- Desculpa por ter gritado com o Sr...

- Não precisa me chamar de senhor, pode me chamar de David.

- OK, tudo bem – digo levantando e andando de um lado pro outro no quarto – Será que vai precisar do banho?

- Tomara que não, já ouvi falar nisso e dizem que é hor...

- OI AMORZINHO! – uma mulher entra do nada na sala.

Ela era alta, loira e muito bonita.

- Emilly, o que você ta fazendo aqui? – então essa era a tal Emilly? Comecei a sentir a raiva subir a cabeça.

- Eu preciso falar contigo meu amor – diz ela dando um selinho nele.

- Emilly, minha filha está doente e eu não estou com cabeça para pensar em outra coisa no momento.

- Amorzinho, é muito importante. Uma amiga minha me entregou um convite para um desfile de moda e nós precisamos ir – diz dando pulinhos.

Eu não acredito no que estou ouvindo. É sério que em tal situação, essa mulher é capaz de vir querer falar sobre um desfile?! Não é a toa que Hannah odeia ela.

- Emilly, depois a gente resolve isso – David diz passando as mãos pelo cabelo claramente nervoso.

- Meu amor, eu preciso dar a respos...

- Você tem alguma noção? – deixo escapar, me arrependo logo depois.

- Como é? – ela diz como se agora notasse a minha presença.

- Eu perguntei se você tem alguma noção? – digo tomando coragem para opinar sobre o absurdo que tinha acabado de ouvir.

Isso pode dar uma merda muito grande pra mim, mas agora já foi.

- Quem você pensa que é para falar desse jeito comigo? – diz vindo em minha direção. Claro que, como sempre acontece, ela é bem mais alta do que eu.

- Eu posso não ser ninguém no seu ponto de vista ou em relação à sua posição na sociedade, mas eu tenho um mínimo de noção em alguns momentos. Se você não notou, existe uma criança no quarto – digo apontando para Hannah, que se mexeu de leve – e essa criança está doente, precisando de um mínimo sossego para ter a chance de melhorar.

- Olha aqui... - diz levantando a mão como se fosse apontar o dedo para mim.

- Olha aqui digo eu – digo fazendo ela abaixar o dedo que pretendia colocar em minha cara – Os seus problemas, no momento, são nada em comparação ao que está acontecendo. Então, por favor, se puder se retirar, seria ótimo.

- Emilly, amanhã eu te ligo – David diz me encarando sério, me encolho com receio do que poderia vir.

- DAVID! VOCÊ VAI DAR RAZÃO PARA ESSAZINHA? - diz incrédula.

Vejo minha pequena abrir os olhos e estranhar o que está a sua volta.

Ele checa tudo em Hannah e faz uma anotações antes de dar o resultado final.

- A temperatura dela continua um pouco alta, mas nada de se preocupar muito gostaria de esperar mais um pouco para ter certeza de que a medicação ira fazer o efeito por completo – olho para minha pequena receosa do que pode acontecer daqui para frente.

- Não vai precisar do tal banho? – David diz pegando no braço de Hannah.

- Não, é uma medida muito extrema que só seria utilizada caso a temperatura dela continuasse a aumentar, porém como a temperatura diminuiu Não vejo mais a necessidade.

- E que horas posso levá-la para casa?

- Se tudo continuar como está e ela diminuir mais um pouco a temperatura ainda hoje libero ela.

- Mas o que foi que aconteceu doutor? Por que ela ficou desse jeito? - digo esrtranhando. Se estava tudo bem, por que o corpo dela reagiu desse jeito?

- O exame mostra que a imunidade dela estava um pouco baixa. Então, ela pode ter se infectado com alguma bactéria oportunista, devido a algum facilitador. Sabem me dizer se houve alguma alteração drástica de dieta ou de comportamento nela nesses últimos dias?

- Ela estava tendo uma grande dificuldade para se alimentar nessa última semana - David responde - Algumas coisas aconteceram e acabaram impactando muito no comportamento dela - ele olha discretamente para mim - Será que isso foi a causa?

Hannah tinha fugido de casa, passou um bom tempo na rua atrás de umas caixas de papelão sujas. Sem contar que tinha passado a última semana sem comer direito. O ambiente perfeito para uma doença tinha sido formado em seu organismo.

- Pode ter sido isso sim. Vamos fazer mais alguns teste para garantir que vai ficar tudo bem - ele anota algo no prontuário e sai do quarto.

Me viro para Hannah e fico a encarando enquanto dorme. Tão nova e já passou por tanto...

- Você não respondeu a minha pergunta – Sr. David diz atrás de mim tirando meus pensamentos do rumo.

- Am... Qual foi a sua pergunta mesmo? – digo me fazendo de desentendida.

- Eu perguntei se a senhorita estava em algum relacionamento – diz colocando as mãos em minha cintura.

- Ehr... – por que eu estava nervosa mesmo? – Eu posso até não estar, mas você tá – digo tirando as suas mãos de lá e me afastando.

David Monteiro

Já estava mais calmo em relação a minha filha. Saber que ela provavelmente sairia daqui ainda hoje me deixava muito mais aliviado.

A bronca que Manuella deu em Emilly foi com razão, mas eu não poderia deixá-la achando que ela poderia falar daquele jeito com as pessoas e sair impune. Tudo bem que eu não gostei nada de ter repreendido ela, porém foi necessário. Como estaria a minha reputação se eu simplesmente deixasse meus empregados saírem falando como quisessem com meus conhecidos?

Aproveitei o tempo que estaríamos ali para entrevistá-la e para conhece-la melhor, já que não tive essa oportunidade, mas se eu conseguisse parar de encarar aquela boca seria muito mais fácil. Não sei como não tinha reparado antes,mas a Manuella era realmente uma mulher muito bonita, tinha um corpo que não era exagerado e com curvas, uma pele que parecia de porcelana, olhos lindos que me prendiam de uma forma que só Deus sabe.

Percebi a sua embolação para não responder a minha pergunta, mas deixei o médico sair para retomar o assunto. Vi que ela tinha ficado bem nervosa.

- Ehr... Eu posso até não estar, mas você tá – diz tirando minhas mãos de sua cintura e se afastando.

- Emilly não é nada minha - me explico me aproximando.

- Não é o que parece.

- É meio complicado explicar.

- Você não precisa se explicar para mim, sou só a babá de sua filha.

Acabou que nenhum dos dois falou mais nada no tempo restante, o médico voltou para fazer o restante dos exames.

- Papai, quano a gente vai podê i pa casa? Eu não goto de ficá aqui - Hannah diz emburrada quando voltou de mais um exame.

- Princesa, os médicos precisam terminar de fazer os exames, não quero que você fique doente de novo.

- Pode deixar que a espera acabou Hannah - o médico diz entrando na sala - Parece que está tudo bem e foi só um pequeno susto mesmo, a filha de vocês vai ficar bem.

- Ah eu não sou mãe dela, sou só a babá - Manuella o corrige.

- Sério? - ele pergunta e ela assente - Vocês são parecidas. Ela tem os olhos do pai, mas tem uma pequena semelhança aí. Deve ser só impressão minha mesmo. Enfim, estão liberados. Mocinha coma direito e saudável, não quero ver você de novo aqui tão cedo - ele diz sorrindo para Hannah.

Manuella ajuda Hannah a trocar a sua roupa, enquanto eu vou na recepção assinar os papéis pendentes. Encontro as duas me esperando do lado de fora do quarto e vamos para casa.

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