A Esposa Renascida e o Ex Arrependido romance Capítulo 165

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Sylvia sorriu e deu um tapinha no ombro de Lilith. Seu toque era quente e tranquilizador, assim como sua voz.

Dando um passo para trás, ela deixou seu olhar demorar em Lilith, notando como sua amiga havia perdido muito peso. Ainda assim, apesar de tudo, ela parecia genuinamente feliz.

Pela primeira vez em muito tempo, os olhos de Lilith não guardavam vestígios de tristeza. Seu olhar estava tão brilhante quanto no dia em que Sylvia a conheceu.

"Lilith," disse Sylvia suavemente, seu tom firme. "Eu sempre soube que um dia você acordaria, assim como eu fiz, e pararia de permitir que te intimidassem."

Os olhos de Lilith avermelharam, suas emoções borbulhando sob a superfície.

Para Sylvia, havia sido uma questão de cortar suas perdas a tempo. Mas para Lilith, essa percepção só veio após suportar uma espécie de morte metafórica.

"Sim, Sylvia," ela respondeu com uma determinação silenciosa. "Eu deixei os Johnstons e estou me divorciando de Donald. Nunca mais vou voltar para eles e nunca mais vou amar ele."

Ela não havia planejado vir nesta noite, mas com Tristan inesperadamente ocupado, decidiu visitar Sylvia.

O sorriso de Sylvia se aprofundou. "Bom. Ir embora é a melhor decisão. Você é excepcional, Lilith. Não deixe ninguém ofuscar seu brilho. Se for se entregar a um homem, ao menos tenha certeza de que ele vale a pena."

Seu olhar se voltou para o horizonte, onde o sol poente encontrava o oceano.

Calma e serena, ela começou a relembrar. "Sabe, eu comecei a gostar do Jasper quando tinha 12 anos.

"No ensino fundamental, eu o perseguia incansavelmente, tornando-me a maior piada do nosso círculo social. Fiz todas as coisas tolas imagináveis, apenas para perceber que alguns corações nunca podem ser aquecidos.

"Alguns meses atrás, o incidente maquinado finalmente me fez desistir dele. Você uma vez me perguntou por que eu fui embora tão decididamente quando eu o amava tanto."

Ela se virou para Lilith, seu rosto sério. "Naquela época, eu queria te dizer isso: ver o quanto você era boa para Donald me lembrou da minha tola devoção a Jasper.

"Pessoas como nós, que não se amam e vivem inseguras, nunca encontrarão a felicidade.

"Naquela noite, o amor avassalador que senti por Jasper esmoreceu como uma maré que recua. Parei de amá-lo. Parei de me apegar a ele.

"Me apeguei a ele por mais de uma década. As pessoas riam de mim, me chamando de tola apaixonada.

"Mas eu não estava perseguindo ele - estava perseguindo a minha versão de felicidade. Os boatos não importavam; eu apenas os ignorava.

"Ele sempre procurava Vera, uma mulher que eu considerava indigna do seu amor. Mas continuei acreditando que ele eventualmente voltaria para mim.

"Como uma paixão de infância poderia competir com alguém que chegou como uma tempestade fatal? Seu coração sempre esteve com Vera."

O pôr do sol se refletiu nos olhos de Sylvia, uma mistura de alívio e aceitação.

Lilith compreendeu agora.

Com um sorriso suave, ela olhou para o mar. "Sylvia, obrigada. Eu finalmente percebi que desapegar não é tão difícil quanto parece. A única coisa que tornava isso difícil era eu mesma."

Sylvia viu a clareza na expressão de sua amiga e sorriu sabiamente.

Abaixando a cabeça, ela olhou para a sua barriga redonda e riu. "Eu sabia que você viria, mas você precisa prometer que vai manter isso em segredo.

"O bebê vai nascer em breve. Há um hospital nesta bela ilha, e planejo dar à luz aqui. Eu não quero que os Johnstons saibam sobre esta criança.

"Seu irmão não gosta de mim e provavelmente não se importaria com este bebê também. Seria melhor se eles nunca descobrissem."

Ela estava carregando um filho. O médico, um antigo colega de classe dela, não escondeu a verdade.

Lilith compreendeu sua dor. "Sylvia, eu tampouco vou contar a Jasper."

Ela nem mesmo tinha contado a ele sobre o acidente.

Era algo que ela já quis compartilhar uma vez, mas agora ela sabia que não era o que Sylvia queria.

Apesar do seu ódio por Jasper, Sylvia ainda desejava a segurança e o bem-estar dele.

Essa era a forma como ela amava alguém—ela podia parar de amar e odiar, mas nunca lhes desejava mal.