A Esposa Renascida e o Ex Arrependido romance Capítulo 54

Quando Lilith ouviu o telefone tocar, ela fungou, enxugou as lágrimas e sorriu ao atender a chamada.

"Derek!" Sua voz ainda estava carregada de emoção.

"Lilz, o que há de errado? Quem te atormentou? Por que você está chorando?" Derek perguntou, sua voz preenchida de preocupação.

Naquele momento, Lilith apenas queria baixar a guarda. Afinal, ela tinha Derek em quem se apoiar, alguém para quem ela poderia mostrar sua vulnerabilidade e buscar conforto.

"Derek, eu estou triste... Eu sinto vontade de chorar. Por que minha vida é tão miserável? Eu tenho parentes sem coração, e eu me apaixonei por um canalha...

"Eu quero sair deste lugar. O ar aqui parece contaminado, especialmente quando vejo aquele maldito imbecil. Só de pensar nele com a Layla, me sinto como se o próprio ar que eu respiro estivesse contaminado.

"Em meus olhos, ele não merece ser chamado de pessoa. Eu vou fazê-los lembrar do preço de suas mentiras!

"Anos atrás, quando ele ficou incapacitado e cego, Layla não o quis e fugiu com outro homem para morar no estrangeiro.

"Gastei uma fortuna para conseguir ervas medicinais raras e dediquei um ano para curá-lo. E o que recebi em troca? Seu malicioso prejuízo!

"Derek, como pude cruzar o caminho de alguém como ele?"

"Lilz, onde você está agora?" A voz de Derek estava tensa.

Os soluços de Lilith haviam diminuído e ela soltou um riso suave. “Derek, eu só queria desabafar um pouco. Eu estou bem agora. De agora em diante, serão apenas vocês para mim."

"Garota tola, não te disse? Nós somos sua família. Não importa que problemas você enfrenta, você deve nos contar imediatamente.

"Não desperdice lágrimas com essas pessoas. Você precisa acreditar em si mesma. Você já é extraordinária e brilhará intensamente, tanto para si mesma quanto para os outros.

"Pequena tola, pare de chorar. Estou voltando para casa esta noite e quero saber o que você gostaria de comer. Vou buscar para você," disse Derek, seu tom carinhoso.

Lilith sorriu, sentindo o calor se espalhar por seu coração.

Refletiu por um momento antes de responder: "Derek, você pode me trazer frango frito? E traga também alguns camarões para Astrid. Ela vai ficar conosco por um tempo."

Ouvir a voz dela se acalmar trouxe alívio para Derek.

"Entendido! Eu vou comprar tudo o que você quiser. Você deveria ir para casa e descansar cedo. Devo voltar por volta das seis. Não perca mais tempo se sentindo triste por causa do Donald — aquele canalha não merece isso", disse Derek.

"Mm! Derek, ele não vale minhas lágrimas. Eu sei! Mua! Mua!" Lilith riu enquanto desligava o telefone.

Realmente, um bom choro havia aliviado seu coração.

Lilith pegou um lenço umedecido, enxugou as lágrimas de suas bochechas e limpou os cílios pegajosos.

"Ha…" Depois de tomar uma respiração profunda, ela se sentiu visivelmente mais leve.

Levantando-se, ela desceu as escadas com um ritmo tranquilo.

Quando chegou ao final, ela esperava que seu rosto não tivesse vestígios de suas lágrimas — ela não queria que Astrid se preocupasse com ela.

Ela não notou Donald esperando ao pé da escada, seus ouvidos zumbindo com as palavras de Lilith.

Era verdade — ela o havia salvado anos atrás.

'Layla fugiu com outro homem?'

Uma luz fria brilhou nos olhos de Donald. O corredor mal iluminado lançava sombras em suas feições, obscurecendo seu contorno afiado com uma névoa sinistra.

Sua mão caiu flácida ao seu lado, apertada em um punho, seu coração batendo acelerado com uma mistura de raiva e incredulidade. 'Então, ela sabia!'

…

Lá embaixo, Eleonora já havia saído, sem saber da presença de Lilith.

À medida que procurava apressadamente por ela, avistou Lilith emergindo da porta, seus olhos vermelhos de tanto chorar.

"Mãe, eu … Eu estava simplesmente preocupada com Lilith. Afinal, ela é a sua filha biológica," gaguejou ela.

Eleonora permaneceu em silêncio, seu olhar fixo em Donald. Ele também tinha auxiliado Layla em seus esquemas contra Lilith. Como ela poderia ter interpretado mal ele?

Um repentino sentimento de isolamento a invadiu.

Ela lembrou das palavras de Lilith: Layla era a filha de George com sua amante.

Ela precisava investigar mais.

Desta vez, ela tomaria a situação em suas próprias mãos.

Eleonora encarou friamente Donald. "Donald, você sabe? Uma única mentira pode custar alguém para toda a vida."

Donald sentiu um calafrio percorrer seu corpo sob o olhar de Eleonora. Ele até começou a pensar que Eleonora nunca o reconheceria como genro.

Recordando as palavras de Lilith, ele sentiu um vazio dentro dele, uma dor tão intensa que ele mal conseguia respirar.

Ele somente havia reagido por raiva mais cedo — como Lilith poderia considerar namorar enquanto ainda estava casada?

A pessoa com quem ela estava sendo combinada era Tristan.

Vendo sua mãe se afastar, Layla se perguntou se Eleonora tinha ouvido a conversa delas.

De repente, ela sentiu uma onda de culpa e inquietação.

Layla sabia que suas mentiras haviam sido expostas e só a arrastariam ainda mais para um poço de desespero. Uma mentira exigiria outras 100 para encobri-la, potencialmente se tornando um ciclo sem fim.

Justamente quando ela mergulhava nesse tumulto, a voz gélida de Donald ecoou. "Layla, você realmente me decepciona. Você pode almoçar sozinha."

Assustada, Layla arfou e rapidamente o alcançou, seus olhos cheios de incerteza. "Donald, eu estava só brincando. Você está realmente bravo comigo?"