Ícaro
A recepção privativa do terceiro andar estava silenciosa, apesar de estar ocupada. Entrou acenando para os presentes.
- Eu posso entrar agora? – Samanta se levantou, impaciente.
Ela estava esperando a horas para poder ver Amélia, mas por enquanto o médico não queria que ninguém falasse o que aconteceu na noite do ataque. Por isso, Ícaro ficou com ela por um tempo, tentando distraí-la do assunto.
- Sim, vai lá. – quando ela passou por ele, segurou seu pulso fino. – Não se esqueça, bico fechado.
- É claro. – concordou, se afastando em direção a saída.
Alberto estava de pé perto da janela, com uma expressão fria e vazia. Ele foi o primeiro a chegar no hospital quando Amélia deu entrada na emergência.
Sabia que ele estava ali por Samanta, e ela realmente precisou do apoio de seu irmão, ela desabou ao saber o que aconteceu.
Ícaro esfregou os olhos ressecados e cansados. Estava sem dormir a cinco dias, desde que tentaram matar sua mulher. Andando de um lado para o outro, ele olhou para Alberto mais uma vez.
- Alguma notícia? Estou esperando o dia todo. – perguntou rudemente.
- Nada. Ainda não sabemos onde ela está.
- E o desgraçado? Pegaram ele?
- Sim... – Alberto fixou os olhos em seu irmão, com uma expressão estranha, como se quisesse sorrir. – Mas o covarde se matou quando viu que seria pego.
- Porra! – exclamou, socando a parede com raiva. – Aquela piranha vai me pagar!
Vitório estava calado, evitando o olhar insistente de Lucila que continuava a encará-lo com os olhos molhados. Ele estava trabalhando através do tablet, e não tinha opinado sobre nada desde que chegou ao hospital.
Lucila tocou a mão de Ícaro, chamando sua atenção. Se voltou para ela.
“Vocês acham que isso foi obra da Astrid?”
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