O entregador parou por cerca de um a dois minutos na porta, em seguida entrou. Usava boné e aparentava ser bem jovem, com algumas tatuagens no pescoço.
Ícaro analisou bem o comportamento suspeito do homem, esperando pelo próximo movimento.
Entretanto, ele entrou e saiu do quarto, três minutos depois. O entregador não pegou o elevador, se dirigiu às escadas, e parecia com pressa.
Estava prestes a segui-lo quando Alberto chegou.
- Vamos acabar com isso logo. – ele disse assim que se aproximou.
Alguma coisa estava muito errada. Ícaro continuava olhando para o corredor que levava às escadas de incêndio. Seus instintos alertavam sobre aquele cara.
- Tem alguém com você? – ele perguntou.
- Não, meu está cuidando dos dois suspeitos que foram pegos no condomínio. – Alberto verificou o celular.
Ele era tão obcecado por controle que monitorava tudo através de suas câmeras. As imagens mostravam um barracão iluminado com dois indivíduos amarrados em uma porra de estaca, um contra o outro.
Um calafrio percorreu seu corpo. Seu irmão não era alguém que deveria ser provocado.
- Por que? – perguntou Alberto.
- Um entregador esteve aqui, desceu pelas escadas. Devia ser verificado, era muito suspeito.
- Agora não é possível. Procuro por ele depois. – ele caminhou em direção ao quarto da mulher. – Vai entrar ou não?
- Estou aqui para isso, não?
Ambos se entreolharam, antes de bater na porta. Aquele olhar dizia tudo. Alberto estava ali com um único propósito; observar e concluir.
Ao entrar no quarto, perceberam que a mulher não estava na cama. Ícaro correu até o banheiro, um cheiro forte de sangue provinha daquela direção.
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