Amélia
Os olhos dele estavam sobre ela o tempo todo, mesmo que Amélia afirmasse que estava bem e que não estava sentindo nada, Ícaro permanecia vigilante feito um sentinela.
Tudo isso em razão do que aconteceu na noite anterior e por causa da visita a médica obstetra esta tarde.
A doutora Castro realizou vários exames e junto deles, o primeiro ultrassom. A emoção de ver aquele pequeno ser dentro dela, era maravilhosa, e compartilhar esses sentimentos com Ícaro era melhor ainda.
Mas toda a alegria de ambos foi turvada quando a médica expôs sua preocupação. Devido a lesão que Amélia tinha no útero, havia um grande risco de aborto e complicações durante a gestação.
Um plano de parto detalhado foi elaborado pela médica atenciosa, que decidiu que a melhor estratégia era segurar o bebe até a trigésima sétima semana, quando a sobrevivência fora do útero seria tranquila.
Ícaro estava preocupado e tenso desde que saíram da consulta, e nada do que ela disse parecia acalmá-lo. Agora que estavam em casa assistindo TV, ele ainda olhava para ela como se a qualquer momento algo ruim fosse acontecer.
Acomodada em seus braços no sofá, Amélia inclinou o rosto para beijar o homem que tanto amava. Havia uma forma de aliviar essa tensão e ela não hesitaria em usar.
O repórter anunciava alguma nova medida do governo, enquanto ela montou a cintura dele. Suas mãos seguraram seu rosto.
- Eu te quero, amor.
- Está louca se pensa que vou te foder agora, pequena. – ele respondeu com um meio sorriso sacana. Ícaro segurou sua cintura com um braço e a outra mão acariciou seu rosto, pescoço, afastando seus cabelos. – Nada de sexo até completar o primeiro trimestre.
Amélia encarou seus olhos prateados, unindo as sobrancelhas de frustração.
- Como assim? Você não pode...
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